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Daryl:

Enquanto preparava suas coisas para sair, Daryl viu Connie se aproximando. Ficou olhando ela.
Incrivelmente, ele até que gostava dela, era forte, independente e não tinha medo de lutar por sua familia e seus amigos. E era esperta.
Connie sorriu e pegou o seu caderno, começando a escrever.
- "Vai sair?"
Daryl assentiu. - Alexandria, temos de avisar o Rick.
Connie assentiu. - "Sozinho?"
Daryl sorriu e negou com a cabeça. - Com a Neela.
Connie abriu a boca e assentiu, sorrindo.
- "Gosto dela, é uma boa pessoa. Mas ela ama o cara errado, né? O inimigo?"
Daryl pegou o caderno e escreveu. - " Negan era o inimigo, á 6 anos atrás, agora está lutando para a Neela sobreviver."
Connie pegou o caderno de volta e assentiu.
- "Nossa. Tomem cuidado."
- Pode deixar. - Depois Daryl olhou ela e teve uma ideia. - Escuta. Será que dá para você me fazer uma coisa?
Connie assentiu, franzindo o cenho.
- Poderia alimentar o Dog? Até eu regressar?
A mulher sorriu, guardou o caderno e se afastou, chamando Dog com as mãos.
O cachorro, deitado junto de Daryl, levantou e seguiu ela alegremente.
Mais na frente, Connie olhou Daryl por cima do ombro e ergueu a mão.
O caipira sorriu e acenou de volta, pegando depois a besta e saindo de Hilltop.
Neela já estava do outro lado, olhando em frente, a floresta.
- Vamos?
Neela assentiu e depois, enquanto andavam, sorriu torto.
- Então... Você e a Connie...
Daryl revirou os olhos. - Cala a boca. Não tem nada entre mim e ela. Connie ficou de olho no Dog.
Neela riu. - Sei. Aposto que ela também vai manter o dono do Dog debaixo de olho.
- Quer parar?
Os dois riram, andando pela floresta, em direção a Alexandria. Iriam demorar um dia, a pé, mas sempre era melhor do que chamar a atenção dos Sussurradores com a moto.
Neela olhou em frente e depos suspirou. Daryl percebeu que algo estava remoendo na cabeça dela. Conhecia aquela garota bem demais. Aliás, ela chamara a atenção dele desde o primeiro dia, mas não de forma romântica, nada disso, era como se ela fosse diferente e Daryl tivesse um sentimento de proteção enorme com ela.
- Você está bem?
Ela o olhou. - Sim.
- Conheço você.
Neela suspirou. - Não sei. Minha mente me diz que gostar o Negan é errado, mas meu coração diz que é certo... Agora ele está do lado dos Sussurradores, e vai lutar contra nós... de novo. Não sei que pensar.
Daryl assentiu, mordendo o lábio.
- Acharemos um jeito.
Ela assentiu. - Ele foi a pior pessoa que achámos e eu gosto dele. Deveria odiar, ele matou minha irmã. - Neela olhou Daryl. - Nenhum dos outros era como o Negan...
Daryl assentiu, ajeitando a besta no ombro. - É... Mas seu coração escolheu ele, não entendo, não aprovo, mas que fazer?
Neela segurou o seu braço e encostou a cabeça no seu ombro.

Anos antes...

Neela:

Estava sentada, direita, olhando a porta e fingindo que não tinha um cara metido a imbecil ali comigo, bem como o irmão do Daryl.
A porta abriu e um homem entrou. Era alto, cabelo escuro e olhos claros. Me pareceu muito pouco confiável.
Sorriu. - Então, alguém me explica isso?
Merle o olhou. - Achei ela na floresta, deu uma luta danada.
O homem, esse tal de Governador, sentou na cadeira em frente a mim.
- Você conhece ela? Porque estou vendo algo no seu olhar, Merle.
Merle respirou fundo. - Conheço sim, senhor. Ela pertencia ao meu grupo inicial.
- Aquele onde seu irmão estava?
Franzi o cenho. Porque ele estava tão interessado no Daryl? Todos os alarmes começaram a tocar na minha mente, só esperava que Daryl não fosse idiota ao ponto de vir me procurar.
Merle assentiu.
- E o que me pode dizer sobre ela? Vale a pena?
Merle me olhou, de pé, junto da cadeira do homem.
- O nome dela é Neela, Neela Dragomir e é a melhor amiga do meu irmão. É forte, não tem medo de lutar e defender seu povo e tem um feitio danado. Não desiste. Pertencia á SWAT. E é Romena. Nunca vi nada como ela, senhor.
Estreitei os olhos. Merle sempre insistia que eu era Russa, e tinhamos brigas enormes por causa disso. Agora ele acertara.
O Governador me olhou e assentiu. - Gosto dela. - Depois colocou as mãos sobre a mesa. - Não precisa estar nervosa ou com medo, querida. E seus amigos?
Me inclinei na frente, encarando ele e senti Merle ficar atento.
- Nos separámos, meses antes. Eu não tive medo quando vi, em criança, dezenas de soldados e tanques de guerra passando em frente da minha casa, na distância de um toque da minha mão. Então me fala, porque teria medo de você?
O Governador riu e Merle prendeu a respiração.
- Gostei dela! - Disse o homem e levantou. - Merle, ela fica responsabilidade sua. - Me olhou. - Bem vinda a Woodbury, agente Dragomir. - E saiu da sala.
Merle segurou o meu braço, que eu sacudi. - Vem.
Segui ele, saindo para a noite quente, e andando pela avenida.
Olhei em redor. Como aquele homem tinha tudo aquilo?
Depois olhei Merle. - Porquê o interesse no Daryl?
Merle me olhou. - Ele está longe, mesmo?
Dei de ombros.
Merle suspirou. - Ele ficou curioso e agora insiste em achar ele.
Nunca que eu iria dizer que Daryl e os outro estavam a poucos quilómetros de distância, na prisão. Mas eu tinha de impedir que eles achassem minha família.
- Você poderia me deixar ir embora.
Merle riu. - Para quê? Para ser morto pela manhã? Querida, você não conhece esse homem.
- Eu nunca diria que você estava envolvido na minha fuga.
Merle riu. - Nossa, já entendi porque o Daryl gostou de você. Você é doida.
Franzi o cenho. - Ele está vivo, Merle.
Merle parou de andar e ficou me olhando.
- Está?
Assenti. - Está.
Merle assentiu e recomeçou a andar, me indicando a casa onde eu iria ficar. Mas depois segurou meu braço.
- Não conta para o Governador.
Suspirei e assenti.

Heart By HeartWhere stories live. Discover now