Neela Dragomir é uma sobrevivente do grupo de Atlanta, uma garota cheia de vida, que protege os seus sem olhar para trás, que não tem medo de lutar e enfrentar o pior dos inimigos... Até que conhece Negan, o homem que matou a sua irmã e a quem ela j...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Andei debaixo do sol quente, com a mochila presa em um ombro e a máscara do zumbi segura na outra mão. Olhei o chão enquanto andava, pensando. Como Negan ficou para trás? Eu tinha de tirar ele de lá. Ele fora legal comigo, e nem parecia aquele homem horrível que nos ameaçou e matou minha irmã. Negan me protegera, sempre. Até quando eu machucara meu tornozelo. E ele ficara para trás, junto daqueles idiotas, por mim. Passei a mão pelo cabelo, tirando alguns fios do rosto, e erguendo a cabeça. Hilltop se erguia lá na frente. Sorri enquanto me aproximava. Parei na frente e olhei o vigia, fechando um olho. Ergui a mão. - E aí? Pode abrir? Ele me sorriu. - Bem vinda de volta, Neela. Levantei o dedo e entrei. Tudo o que eu menos precisava era um vigia me paquerando, e aquele adorava fazer isso. - Romênia! Olhei DJ e acenei. - Oi. - Continuei andando e vi Daryl surgindo da casa grande, junto com Jesus. O caipira me olhou, pego de surpresa, e depois correu para mim, me abraçando e erguendo do chão. Apertei ele nos meus braços. Estava cheia de saudades. - Neela! - Me colocou no chão e se afastou um pouco. - O Negan? O que houve? Suspirei. - É... precisamos falar.
- O quê?! - Daryl se afastou da janela. - Quer que eu acredite que ele fez isso?! Ficou para trás para dar uma chance a você de fugir? - Ergueu as mãos. - Isso era exatamente o que o Rick não queria! Era isso que tentávamos evitar! - Daryl. - Disse Jesus. - Ele deu uma chance da Neela sobreviver. - Ah tá. Agora virou o bonzinho. Franzi o cenho. - Ele me ajudou. Eu me machuquei e ele me ajudou! Eu bati nele, deixei ele sangrando e ele nunca ergueu a mão para mim. Ele nem nunca ergueu a voz, sequer! Ele me protegia sempre! Daryl franziu o cenho. - Você... está defendendo ele? Ficou com ele? - O quê? Não! - Porque ele matou a Laiane, lembra? - Nunca vou esquecer, Daryl. - Pois não parece. Daryl saiu a casa, batendo com a porta e eu suspirei. Odiava discutir com ele. - Isso é um jogo ou o Negan realmente fez isso por você? Porque não parece coisa dele. - Disse Jesus. Olhei ele. - Eu sei! Mas fez! Porque ninguém acredita em mim? Jesus sorriu. - É o Negan. Assenti mordendo o lábio. - Ele não é mais o vilão. - Neela, caras como ele não mudam. - Jesus... Ele ergueu as mãos. - Tá, tudo bem, temos outros problemas. Franzi o cenho. - Que problemas? Ele me olhou. - Temos a filha da Alpha e o outro problema, terá de perguntar para o Daryl. - Têm a filha da Alpha?
Desci as escadas da cave e vi uma garota sentada dentro de uma das celas, parecendo assustada. Daryl desceu comigo e a garota o olhou, se encolhendo. Me aproximei e ela abriu muito os olhos. - Você... Ergui o queixo. - Porque sua mãe anda atrás de mim? Daryl se aproximou. - O quê? - Olhou a garota. - Isso é verdade? A menina deu de ombros, assustada. - É. Ela queria a loirinha, a garota que matou vários dos nossos. Daryl me olhou mas eu mantive meu olhar na garota. - Onde ela está? - Em todo o lado. Escuta, você não quer se colocar no caminho dela. Se esconde, some, deixa ela te esquecer. Franzi o cenho. - Porque faria isso? Ela negou com a cabeça. - Você não conhece minha mãe. Assenti. - E ela não me conhece. Saí da cave, dando as costas para ela e Daryl. Assim que saí, respirei fundo e fechei os olhos. Aquilo tinha de acabar. Eu tinha de regressar, trazer o Negan e acabar com essa Alpha, fosse ela quem fosse. Senti uma mão no meu braço e olhei, vendo Daryl. - Aquilo é verdade? Assenti. - Eu falei, lembra? Mas você não acreditou em mim. Negan ficou para trás para tentar levar eles para outro lado, para eu fugir. A Alpha quer a minha cabeça. Daryl assentiu, parecendo pensar. - Isso não vai acontecer. Ela deve vir pela garota, estamos esperando, mas ela não vai encostar em você. Nunca. Sorri. - É... talvez. - Tem outra coisa. - Falou ele. Percebi algo no tom sa sua voz e franzi o cenho. Daryl nunca falava assim, só quando era algo grave. - Que coisa? O que aconteceu? Daryl fez sinal para que eu seguisse ele e andou na minha frente. Ajustei meu passo com o dele. - Vamos esquecer essa coisa do Negan por dois minutos, tá? - Pediu. - Tem uma coisa que eu quero que veja. Franzi o cenho mas assenti. Parámos e Daryl ergueu o dedo, indicando algo na frente, mas quando olhei não vi nada, nada além de um garoto sentado nas escadas, rodando uma faca nas mãos. - Quer que eu veja um garoto? Aliás, quem é ele? Nunca vi por aqui. Daryl me olhou e suspirou. - É o Tyler. É... Ele é meu filho. Me senti como se ele tivesse socado minha barriga. Olhei o garoto e calculei mentalmente e nada batia certo. - Espera. - Ergui as mãos. - O quê?! Como... ele... Que idade ele tem? - Seis. Abri muito os olhos. - Seis?! Daryl assentiu. - Eu conheci a mãe dele na floresta, era a dona do Dog. Eu... eu em sabia da existência dele. Neguei com a cabeça. - Calma! Espera. Você conheceu uma estranha e fez um filho nela? Você? Que é fechado e distante e nunca de aproxima de ninguém? Cadê a mãe? Daryl respirou fundo. - Neela... Eu ri. - Eu só estava tentando entender. - Ela morreu. Um cara trouxe ele para cá. Depois um pensamento bateu na minha mente, e eu olhei ele. - Eu tenho um sobrinho! Daryl revirou os olhos. - Não vai bancar a tia maluca, vai? Ele nem confia em mim, ainda. Olhei o garoto e sorri, olhando Daryl e ergui um dedo. - Não esquece que eu pretendo acabar com os das peles, mas agora eu vou falar com ele. - Neela, não. Volta aqui. Sorri e mostrei a lingua a ele. Avancei até chegar nas escadas e parei na frente do garoto. Ele ergueu a cabeça e aquele olhar azul era tão idêntico ao do Daryl que quase morri. - Oi, sou a Neela. - Estiquei a mão. - Irmã do Daryl. - Indiquei o caipira. O garoto suspirou e apertou a minha mão. - Sou o Tyler. Indiquei as escadas. - Posso? Ele assentiu e eu sentei do seu lado. - Então... Você é filho do Daryl? Tyler deu de ombros. - Minha mãe sempre disse que sim. Eu ri. - Você é a cara dele, sabia? Ele riu. - Ele é um pouco assustador. Ri de novo. - É mesmo, mas é muito legal. - Indiquei a faca. - Sabe usar? Ele assentiu. - Isso, uma arma, um arco e uma besta. - Nossa, garoto, aprendeu tudo isso? - Minha mãe me ensinou. Toquei na sua cabeça. - Vai ficar tudo bem. - Sorri. - Você vai gostar daqui e vai gostar do Daryl. Levantei e me aproximei do caipira, que nos olhava, afastado. - Ele é muito fofo. - Quer parar? - Daryl me olhou. - Eu nem sei o que fazer e nem por onde começar. Toquei no seu ombro. - Eu te ajudo. Eu adoro criança. Daryl me olhou. - É... já deu para perceber.