PROMISE 2 • jjk + pjm

11 ~ Empurra e Puxa.

Traumas.

São explicáveis.

Milhares de pessoas todos os dias encontram suas respostas por meio de terapias, apoio familiar, ciclo de amigos, passando por uma situação que desperte um gatilho que nem mesmo tinha consciência que era um ou até mesmo em uma noite de insônia com os pensamentos à mil encarando o teto.

Diversas outras formas podem ser citadas. O ponto é: Traumas são explicados por seus gatilhos e por suas consequências. Mas para quem está de fora da situação, ele se torna pequeno e quase, digo, quase inexplicável.

Uma unha quebrada pode ser insignificante para um, assim como pode ser também o fim do bom humor para outros.

Então, uma situação pode ser uma tempestade para um e essa mesma situação pode ser como um tsunami em tampinha de remédio para outros.

Entendido isso, falemos agora sobre Park Jimin.

Uma vez um homem prepotente, acreditando fielmente que o mundo estava abaixo dos seus pés e as pessoas nas palmas de suas mãos miúdas. Como o barulho de uma ficha caindo ou como o som de uma madeira sendo quebrada em duas partes, sessenta e cinco homens surgiram para mostrar que a vida não era tão fácil assim.

Por mais que nada tenha sido fácil em toda a sua vida, desde o abandono maternal, o interesse covarde paternal, a estadia em um orfanato complicado, a adoção na casa dos Min's onde aprendeu que não era porque suas mãos eram pequenas que não poderia segurar uma arma, que não era porque vomitava que não podia assistir gargantas sendo cortadas ou até mesmo cortá-las sozinho.

Tudo feito uma bola de neve, até mesmo o primeiro término com Jeon Jungkook onde jamais pensou que fosse tão frágil quanto se mostrou.

Engolir, sorrir e deixar para lá.

Jimin fez tanto isso que em três anos dentro de uma cela o que ele tentou engolir rasgou a sua garganta, quando ele tentou sorrir, lágrimas desceram e quando tentou deixar para lá, o pesadelo de vida o puxava de volta arrastado.

Traumas dentro da cabeça do italiano que jamais foram ditos em voz alta, que na verdade jamais serão ditos os seus 100%, porque ninguém consegue falar da sua dor com tanta clareza e força, sempre sobra aquela parte, a pesada, a dolorosa demais que te envergonha dizer, que você guarda dentro do seu peito às treze chaves.

Jimin também tem essa parte.

Poxa, Park Jimin não vê o quanto está machucando o seu namorado?! O homem que beijaria os seus pés, que o daria o mundo, se esse fosse o seu desejo?! Ele não vê que está dificultando a vida ainda mais?!
Ele vê, bobo nunca foi, tonto muito menos. Os olhos castanhos desse italiano tudo nota, mas a parte escondida dele à treze chaves e todas as outras que ainda não conseguiu engolir o choro e a humilhação para dividir sua dor, o faz recuar.

Jimin depois de três anos no inferno quer seu espaço pessoal, quer que suas vontades sejam respeitadas e que somente quando quiser, seja tocado até mesmo nas mãos. Ele quer primeiro entender o que está acontecendo dentro de si, ele primeiro quer crescer nem que seja sozinho todo dia um passo, para então confiar cegamente nas pessoas que ele sabe que o amam, mas que somente o amor não é prova o suficiente. Primeiro ele precisa acreditar ser merecedor disso.

E vai acontecer da maneira mais linda, real, detalhada e calma possível.

Quem viver, verá.