𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒, universo literário [EM REVISÃO]

𝐀𝐙𝐑𝐈𝐄𝐋, acotar

𝐏𝐄𝐃𝐈𝐃𝐎 𝐏𝐎𝐑 @konan1978 @MariaEduardaOlive620 @CROWWARNER @LadyS4turn @Isabelaa_Lunaa 

Minhas mãos tremem com o nervosismo, estava prestes a fazer algo que mudaria minha vida totalmente. Encaro Azriel ao longe, o moreno voltou de uma missão recentemente e ficaria em Velaris por um tempo, então essa era minha chance de ter uma conversa franca com ele. Caminhei em passos lentos em sua direção, ele se virou antes mesmo de eu estar perto, sorri para ele que sorriu em resposta.

— Senti sua falta — comecei, Azriel me abraçou. — Preciso falar com você, é importante. — Ele assentiu.

Conheci Azriel por Mor, que nos apresentou há alguns anos. Tudo aconteceu no Rita's , foi uma noite divertida e foi naquele dia que uma grande amizade começou. No início foi um pouco difícil, já que o moreno não costuma falar muito, mas depois consegui penetrar aquela camada protetora que ele mantém sobre si mesmo. Me atrevo a dizer que suas sombras se tornaram minhas amigas primeiro que ele, já que elas nunca perdiam a oportunidade de acariciar meu cabelo ou rosto quando estávamos próximos.

— Eu... — minha voz ficou presa, queria pedir, mas sentia medo da resposta que receberia. — Eu quero sua ajuda.

— Claro — concordou rapidamente. — Do que precisa?

— Quero começar a treinar e quero que você me ajude com isso. — Pedi, minha voz se tornou um sussurro no final da frase.

— Alguém te atacou? O que aconteceu? — O tom da voz era preocupado. — Se alguém tocou em você...

— Não — interrompi. Respiro fundo antes de continuar. — Eu não consigo esquecer aquele dia. — Ele sabia do que eu estava falando. — E eu não quero mais me sentir daquele jeito, impotente e inútil. Não quero ter que precisar de alguém para me salvar sempre que outra pessoa tentar fazer alguma coisa contra mim, entende? Então, por favor, me ajude com isso.

Há três anos atrás, depois que saí do Rita's, fui atacada quando estava prestes a entrar em casa. Um bêbado me agarrou e me jogou contra uma parede, senti uma dor insuportável depois de cair no chão, mas o estranho não parou. Ele me segurou pelo pescoço e tentou me asfixiar, fiquei com o pescoço marcado por semanas. Ainda tenho pesadelos com esse dia. Felizmente Azriel estava lá para me salvar. Descobri que ele tinha ido atrás de mim para entregar a bolsa que eu tinha esquecido na discoteca. Tudo aconteceu tão rápido... em um momento estava sendo enforcada e no outro várias sombras se apossaram do corpo do meu atacante, lançando-o para longe de mim. Nunca esquecerei.

— Tudo bem — acaricia meu rosto. — Vou te ajudar com isso, mas já vou deixar avisado que sou um professor muito exigente.

— Obrigada — envolvi o moreno em um abraço.

— Vamos começar então — se distanciou um pouco.

— Agora?

— Sim — diz, pude sentir a empolgação em sua voz.

Caminhamos até minha casa, lá tinha um bom espaço e seria muito útil. Conversamos durante todo o caminho, Azriel me contou sobre a última missão em que esteve, mas apenas superficialmente, evitando os detalhes mais perturbadores. Quando cheguei em casa fui direto para o quarto colocar roupas mais confortáveis e apropriadas para as aulas.

— Vamos começar com a defesa pessoal, depois que se acostumar com a luta corpo a corpo vou te ensinar a usar algumas armas, vamos começar com armas menores e então partiremos para armas maiores, como espadas e arcos. — Fez um pausa. — Por enquanto, será apenas o básico. Vou te mostrar alguns golpes e você vai repeti-los, observarei sua postura e cada movimento que fizer.