⁺¹⁸𝐑𝐔𝐇𝐍 𝐃𝐀𝐍𝐀𝐀𝐍, ccity

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𝐏𝐄𝐃𝐈𝐃𝐎 𝐏𝐎𝐑 @miihhhhhh_ @JubsPBR

Jogo Ruhn no sofá da sala do meu apartamento e vou até o banheiro em busca do kit de primeiros socorros. Esse babaca só me causava problemas e dores de cabeça duradouras. Volto para a sala carregando uma maletinha com coisas essenciais e me sento na mesinha de centro, ficando de frente para ele. Agarro a barra da regata preta e começo a cortá-la com uma tesoura, algumas gotas de suor escorriam pelo pescoço dele enquanto a roupa era removida.

— O que deu em você, em? — Grito.

— Ou, ou, ou. — Aponta um dedo para mim. — Eu é que deveria estar irritado aqui, até porque fui eu que levei um tiro, sua desequilibrada.

— Quem mandou ficar na minha frente? E não se atreva a apontar esse dedo para mim.— Dou um tapa na mão dele e continuo limpando o ferimento no abdômen. — O que estava fazendo lá, em? Aquele lugar é completamente deserto, é onde eu treino minha pontaria, ninguém vai lá, exceto você, pelo visto.

— Eu fui lá porque... porque... não importa, não te devo satisfações. E para sua informação, aquele lugar é público.

— Deve ter ido lá para tentar me dar outra facada, não é? — Rio sem humor.

— Será que algum dia você vai esquecer desse infeliz acidente? E, além disso, eu já te salvei uma vez, deveria me agradecer ao invés de resmungar o tempo todo.

— Acidente coisa nenhuma, você tentou me matar. — Levanto a blusa, mostrando a cicatriz perto do umbigo. — E ainda me deixou essa marca horrível de presente.

— As coisas mudaram, supera isso, não deveria carregar esse ódio no seu coração, eu me livrei do meu ódio, podia tentar fazer o mesmo, lindinha. — Pisca para mim.

Enfio o dedo no ferimento, vendo-o gemer alto. Alguns segundos depois meus dedos saem do pequeno buraco, trazendo o projétil consigo. Lanço o pequeno objeto para o lado e pego algumas gazes, limpando a lesão novamente. Ruhn apenas me encarava em silêncio.

— Eu deveria deixar você agonizando.

— Eu amo sua maldade, sabia? É tão sexy. — Interrompe.

Reviro os olhos e desvio o olhar, pegando mais uma gaze para colocar sobre o ferimento, também passo uma bandagem elástica, dando três voltas pela cintura dele para manter a gaze no lugar. E, por fim, colo um pedaço de esparadrapo para que a bandagem não solte. O corpo de Ruhn é magnífico, podia me perder nele facilmente. As tatuagens e os piercings o deixavam ainda mais atraente.

— Já terminou de me admirar, lindinha? — Ruhn zomba assim que me nota encarando demais.

— Da próxima vez eu te mato.

— Não... não é capaz. — Riu. — Até porque, se você me matar, vai perder o entretenimento que eu te proporciono.

— Que seria?

— Qual é, eu sei que você é louca por mim. — Se estica no meu sofá de couro preto.

— É mesmo? E quem te disse isso? As vozes da sua cabeça?

Ruhn apenas me ignora e se levanta, indo até o mini bar no canto da sala e se servindo com uma das bebidas mais caras. A noite já tinha tomado o céu há algumas horas, levei tempo demais para cuidar do ferimento dele e as pausas para as provocações também acabaram me atrasando. O tatuado se serviu com mais bebida e aquilo foi a última gota necessária para o meu estresse transbordar.

— Se já terminou, pode ir embora.

— Você é tão desagradável, é por isso que só tem uma amiga. — Se senta novamente, dessa vez em uma das cadeiras do mini bar.

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒, universo literário [EM REVISÃO]Where stories live. Discover now