Love,Sex,Dreams | Dreamnotfoud

13

eu poderia localizá-lo a quilômetros de distância.

ninguém mais anda assim. ninguém mais poderia ter mãos tão pálidas e delicadas e dedos longos. ninguém mais poderia ficar tão bem em látex e orelhas de coelho.

"George?"

ele mal pode me ouvir sobre o som da música bombando, mas é o suficiente para chamar sua atenção pelo menos.

"Clay!"

um enorme sorriso aparece em seu rosto ao me ver. faz meu coração pular um pouco. Estou prestes a mergulhar para um abraço quando lembro que não posso fazer isso aqui.

"não poderia resistir a mim, hein?" ele brinca, deslizando as mãos ao longo de seus quadris.

"cale-se!" Eu rio, fazendo-o rir comigo.

as luzes piscantes do clube atingiram seu rosto lindo de todos os ângulos certos. vermelhos, rosas, roxos. ele está quase brilhando na presença deles. quem permitiu que ele fosse tão bonito?

"Tudo bem, venha comigo", ele gorjeia, agarrando minha mão para me levar embora.

passamos por todos os outros clientes com bebidas e contas nas mãos, completamente preocupados com os dançarinos próximos. as mulheres estão todas usando orelhas de coelho como George. deve ser o tema desta noite.

eu sei para onde ele está me trazendo quando passamos pelo bar e pelas poltronas de couro. isso me dá muitos flashbacks daquela noite surreal, quando ele me chupou no corredor dos funcionários e dormiu comigo apenas algumas horas depois. eu tento o meu melhor para suprimir as imagens dele tão bonito com meu pau na boca.

"Como você está hoje?" Ele pensa.

"eu-não sei honestamente", eu respondo, sinceramente.

"quer falar sobre isso?"

ele lança olhares ao redor da sala, provavelmente procurando por um gerente ou seu chefe. quando ele considera apropriado, ele destranca a porta preta e rapidamente me puxa para dentro com ele. tal quebra de regras.

"bem, você não é meu terapeuta..."

"mas eu sou um ótimo ouvinte."

seus olhos parecem brilhar um pouco quando encontram os meus. logo percebo minha mão que ainda está entrelaçada com a dele.

"você é outra coisa, george", brinco.

"eu sou?"

ele bate os cílios, sorrindo enquanto sutilmente balança os quadris.

"nem tente isso comigo."

"Ah, vamos lá, eu sei que você gosta", ele ri, "mas que seja, apenas me siga, eu não quero que ninguém nos encontre aqui."

acompanho-o até um banheiro de funcionários vago, a porta já entreaberta. no fundo, um pedaço de madeira foi quebrado, como se alguém o tivesse chutado em um acesso de raiva. george distraidamente a abre totalmente com o salto afiado de seu sapato.

assim que entramos, ele pega a alça de metal para fechá-la atrás de nós. Eu me encolho com o som alto que faz quando se fecha, quase preocupado que alguém de autoridade vai ouvir e querer investigar.

por dentro, o banheiro parece pertencer a qualquer restaurante de fast food, embora um pouco mais limpo. não tenho mais tempo para olhar ao redor antes de george girar, pegando minhas duas mãos e brincando alegremente com elas.

"Bem-vindo a este buraco infernal glamoroso!" ele exclama, "este é o lugar onde eu sempre costumava ficar chapado antes da hora de fechar."

seus sapatos batem no chão sólido enquanto ele pula para cima e para baixo, excitado como um cachorrinho. é quase como se ele quisesse se exibir para mim, se gabar de suas conquistas. eu acho adorável.