❝ ᴛʜᴇ sᴇᴠᴇɴ ɴᴀᴛɪᴏɴs: ᴠᴏʟʀʏ ᴡᴀʀ + ᴋᴛʜ ❞

✝ 𝖋 𝖎 𝖋 𝖙 𝖞 𝖘 𝖎 𝖝 ✝

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Era uma manhã sombria e melancólica. Finalmente chegara o dia que Yuri seria velada por todos os seres de Volry, em respeito a sua memória como a forasteira humana e como a reencarnação da heroína que salvou todos milênios atrás.

Taehyung encarava o corpo gélido e pálido da menina, que repousava na cama e na mesma posição. A expressão do rapaz era fria e séria, mas por dentro, seu coração chorava e sangrava por conta do luto.

Mesmo morta, a Jo estava bela. Com um lindo vestido longo e branco, o buquê de rosas vermelhas entre suas mãos e os lábios da mesma tonalidade realçava toda a sua beleza. Ainda era inacreditável que tudo isso estava de fato acontecendo, e ele não conseguia compreender.

Qual caminho eles teriam feito para chegar até este destino? O que teriam feito de errado para uma vida ter sido ceifada no final?

Tantas perguntas, nenhuma resposta.

Desviando seu olhar, o levou para a palma da mão direita ao ver o colar de pássaro no centro. Aquilo que os uniu estava ali, com ele, trazendo lembranças do primeiro momento que se conheceram. Soltou uma risada curta e fraca ao vislumbrar a memória passar pela cabeça, como um filme.

— Eu me apaixonei por uma doida que me deu um tapa na cara e me chamou de pervertido.- A melancolia o preencheu, como se fosse água.

Ainda conseguia ser triste e deprimente lembrar de tudo que ambos passaram. Todas as risadas, todos os abraços, todas as carícias e todos os beijos.

— A vida é tão frágil e insignificante. Como você pôde ter morrido tão repentinamente?- Encarou o cadáver, tentando entender.— Eu não sei como chegamos á esse ponto, Yuri, mas... está na hora de dizer adeus.

Ainda estava dolorido. A dor ainda era intensa, e a ferida ainda estava muito fresca para ser fechada com tanta frieza e insensibilidade. Taehyung tentava suprimir seus sentimentos, mas eles falavam mais alto do que deveriam e todos o sufocavam.

Até mesmo o amor.

Ouviu três batidas na porta, mas não respondeu. Lentamente, ela se abriu e duas figuras adentraram no cômodo.

— Te achamos, TaeTae.- A voz de Jiwoo conseguiu lhe tirar de seus devaneios, mas o vampiro-bruxo nem sequer fez algum ruído.

— Filho?- Quando se deu conta, a mão de seu pai repousou em seu ombro esquerdo, e isso o fez encarar o mais velho.— Está tudo bem?

— Sim... está tudo bem...- Responde, respirando fundo.— Está tudo maravilhosamente bem.- Disse, sarcástico.

— Tae...- Sentiu sua irmã se agarrar em seu braço direito, com a voz chorosa.

— Por que isso aconteceu?- Questionou, sofrendo.— Por quê?

— Morceguinho, há certas coisas da vida que não há respostas.- Taewoo fala.— A morte é uma delas, e algumas pessoas tem o azar de cruzar com ela.

— Como a mamãe?- Assentiu, sabendo que seu filho não prestara atenção em seu aceno.— Pai, por que dói tanto? Por que... eu me sinto tão confuso e sufocado?

— Porque você perdeu a pessoa que mais amava.- Ambos se olharam, e ali, um momento de pai e filho que enfrentaram o mesmo sofrimento.— Você perdeu Yuri e quem te conhece bem sabe o quão apaixonado era por ela.