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Me aconchego nos braços do Le e começo a assistir. É um filme bem de terror, odeio tomar susto. Um dia eu tava em casa, e meu pai me assustou, eu quase taquei um gato de porcelana nele.

Eu sou medrosa, me julguem.

Tive que quase arrastar ele pra vir ver filme, mas o cara é tão boiolinha por mim que de começo nem queria, disse que tinha que ir pro studio e sei lá o que, mas ai como eu não sou boba nem nada disse pra ele que eu ia dar pra ele hoje.

Tadinho.

Bom, o filme ta tranquilo ainda. Eu acho que eu peguei no sono em algum momento.

Ouço um barulho de algo caindo na cozinha.Levanto minha cabeça do peito do Le e olho pra porta que vai pra cozinha.

—Amor...—Murmuro pra ele, nem acorda.—Acorda seu merda.—Falo um pouco mais alto e ele resmunga algo que eu não entendi.

—Que foi?—Fala de olhos fechados.

—Tem alguma coisa na cozinha.—Falo olhando pra porta que vai pra cozinha.—Será que é o Batman?—Ele ri sem abrir os olhos.

—Vai la ver.—Dou um soco no seu ombro.—Ai.—Reclama passando a mão onde eu bati.

—Vem comigo.—Ele abre os olhos e bufa.

—Chata.—Me levanto de cima dele e logo se levanta também.

—Insuportável.—Falo dando soquinhos nas suas costas enquanto ele caminha na minha frente.

—Para,carai.—Segura meus pulsos e eu ri baixinho.

—Te amo, tá?—Faço biquinho e ele sorri, me dá um selinho rápido.

Fomos pra cozinha em passos de bailarina.

—Ai meu cu!—Tampo a boca me assustando com uma lagartixa.

Parecia um jacaré.

—Caralho, que merda.—Ele ri se encostando na bancada.—Cade a emoção? Achei que era o demônio.—Fala decepcionado cruzando os braços.

Passo por de baixo do seus braços, abraço sua cintura encostando nossos narizes.

—Sabia que eu te amo?—Ele sussurra contra meus lábios.—Tu é incrível e eu tenho muita sorte de ter você.—Sorri.

—A gente vai se casar ainda.—Mordo seu lábio inferior e ele começa a me beijar lentamente.

Porra,toda vez que nos beijamos parece a primeira vez. O que a gente tem parece até de outras vidas.

Separamos o beijo. Abraço ele com força e deito minha cabeça no seu ombro. Sinto suas mãos acariciarem minha barriga sem nenhum tecido, já que estou de cropped.

—Tomou pílula ontem?—Pergunta do nada.

—Sim, tomei.—Suspiro.—Mas nunca se sabe.—Ele ri contra a minha bochecha e beija a mesma.

Eu menti pra ele? Não.

O que vocês queriam? Que eu mentisse pro meu homem? Ta doido! Quero perder meu amor por nada nesse mundo.

MaktubOnde as histórias ganham vida. Descobre agora