Maktub

23

Ta até que dando certo morar no meu estúdio, tem tudo que eu preciso, inclusive paz. Tirei hoje a bota ortopédica, finalmente.

Eu e o Lennon temos uma festa de uns amigos nossos em comum, não estava com um bom precentimento sobre, mas vou igual por que ele quer muito. Estava bem arrumada, com um vestido preto que me deixava com corpão. Gosto assim.

Bom, agora aqui estou eu tentando me inturmar com as meninas. É complicado pois elas falam apenas de sexo, roupas e festa, é chato.

—Agora eu vou contar a história da minha primeira menstruação.—Beatriz fala toda emocionada.

Ela tinha 1,50 de altura, parecia um anão com cabelo do Willy Wonka.

Ja estava enjoada de ficar ali com elas, a cada palavra parecia que eu teria um derrame cerebral ou algo do tipo.

—Ouviram? Tem alguém me chamando.—Ne levanto.—Vou ter que ir, fofas.—Sorri forçado pro grupo de Barbies sem cérebros seguidoras do satan.

Me afasto delas. Começo a andar atrás de alguém que pareça interessante, enquanto o bostinha do meu namorado bebe com os amigos.

Esbarro em alguém sem querer. Olho pra cara do ser humano, sorri ao ver que era meu neném.

—Finalmente.—Falo e ele ri.

—Festa de paty.—Faz careta e eu ri.—Deve ter guaraná no lugar do whisky.—Dou um tapa no seu ombro rindo.

—Errado não ta.—Falo e dou a ele o meu copo com água tônica. Incrível como ele gosta dessa bagaça que tem gosto de dipirona.

Ficamos ali conversando e cantando algumas musicas enquanto eu saia da água tônica e ia pra vodka com energético.

Logo minha paz é interrompida ao ver a Paquita do capeta *Beatriz nos chamando pra sentar com elas.

—Amor, a Beatriz está nos chamando.—Ele sorri de canto.

—Fecho.

Abraça minha cintura de lado e fomos andando pra rodinha de barbies prost-. Bea me olha de longe com as sombrancelhas juntas, fala algo pras outras e sorri.

—Cuidado com as paquitas do capeta.—Sussurro pra ele que ri.—Amigas!—Prolongo a palavra em um tom falso.—Esse é meu namorado, L7nnon.

—Uou.—Fala Maria o olhando de cima a baixo.

—Realmente não quebrou expectativas,ele é muito gato.—A Barbie do capeta fala.

—Graças a Deus é meu.—Abraço ele de lado disfarçando meu ciúmes.—Parem de aumentar o ego dele, obrigado.—Aperta minha bunda.

Elas ficaram jogando piadinhas pro L7 que nem ligava muito, eu só estava rindo das palhacinhas.

Cabelinho veio até mim pra fugir de uma menina, tadinho.

L7nnon

Quando tem 5 paty se jogando pra tu com a tua namorada do lado, que por acaso é "amiga" delas, tu pensa que suicídio é a solução.

Dai o Victor chegou e me abandonou ali com as cobras.

—Peguei pra você.—A tal Fernanda me entrega um copo com uma bebida vermelha.

Nem tinha visto essa garota quando viemos pra cá.

—Valeu.—Falo e dou um gole, fraquinha até.

Fiquei no celular bebendo aquele drink, não queria nem olhar pros lado.

Do nada, do nada mesmo, me bateu uma brisa loca. O som ficou abafado e meus olhos ficaram mó pesado, porra ta acontecendo?

A Fernanda sentou no meu colo, tento afastar ela mas a disgraça insiste em ficar.

—Eu namoro, porra.—Falo tentando ter força pra empurrar ela, mas era falho.

—Ela não se importa se você pular a cerca por uma noite.—Começa a beijar meu pescoço.

—Sai meu...—Murmuro quase apagando.

Me fodi lindamente, parabéns pra mim CARALHO.