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Tinha acabado de acordar com a camisa do meu namorado. Eu havia engordado significativamente desde que comecei a regular minha medicação e tal.

Tinhamos voltado pro Rio de Janeiro recentemente e nossa rotina corrida voltou, eu estava lotada de trabalho pra fazer assim como Lennon.

Foram ótimos os dias que passamos em Buenos Aires, meus apis amaram o Le e querem vê-lo logo novamente.

Tava terminando de ler meu livro enquanto tomava um café pra começar bem o dia. Eu amo ler, mas as vezes eu sou obrigada a deixar de lado.

Fecho meu livro e pego minha xicara, vejo a Luiza mr encarando.

—Que?

—Vamo sair?—Pede.

—Pra onde?

—Rolê, usa droga e beber.—Fala.

Reviro os olhos terminando meu café. Me levanto pra levar minha xicara na cozinha.

—Vamo?—Insiste.

—Olha, eu tenho namorado e muito serviço pra fazer.—Falo a olhando.

—Grossa.—Dá as costas saindo.

Bufo irritada com ela.

—Minha vida não é festa cara!—Falo na porta da cozinha a vendo sentada na mesa de jantar.

—Vai se foder! Acha que a nossa é baderna então?!—Fala brava.

—Sim?—Respondo óbvia.

Ela se levanta furiosa.

—Fodase Micaela! Cansei dessa porra ja!—Esbraveja.—Pega tuas merda e some do meu apartamento!—Olho pra ela sem entender porra nenhum.—Tu é arrogante, mesquinha e extremamente soberba, aqui tu não se cria! Some daqui agora!—Aponta pra porta.

—Porra Luiza e a Ka sabe dessa tua decisão de merda?—Pergunto.

—Fodase Ka, fodase toda essa merda!—Passa por mim esbarrando de propósito.—Chega.

Passo a mão pelo rosto. Olho as horas e vejo que ainda era cedo. Vou em direção do meu quarto.

—Tira tuas tralhas já daqui ou eu meto na rua.—Fala da cozinha.

—Vai se foder, doente do caralho!—Grito brava.

Ah que se foda, ja não queria mais morar com essas doentes. Vai dar trabalho pegar minhas coisas, mas faz parte. Vai ser difícil fazer as coisas com o meu pé fodido desse jeito.

Luiza e Ka não são boas amizades, se o universo me afastou delas, é por que não me merecem, ponto finais são necessários sempre.

(...)

—Total deu 300 reais.—Falo pra moça que eu acabei de tatuar.

Me olha assustada.

—Tenho 200 só.—Ri dela.—Como pago os outros 100?—Pergunta pretenciosa.

—Aceito dinheiro apenas.—Falo impaciente.—Olha, se você não me pagar o valor cheio, eu vou chamar a polícia.

Ela bufa e pega o celular. Aperto o botão que fica no caixa pra trancar a porta, pra caso ela queira sair sem pagar.

—Meu namorado ta vindo ai pra pagar o resto.—Rola os olhos mascando aquele chiclé feito um cavalo.

—Certo.

Pego meu celular e mando mensagem pro meu namorado. Coloco de volta na bancada e vou ao computador procurar um colchão inflável pra mim dormir aqui no estudio mesmo. Ta meio caro.

Ai você meu caro leitor se pergunta "Ah mas e o L7?", não vou pedir favor pra ele, vou ficar aqui por enquanto.

Olho pra porta e vejo o cara, destranco e ele entra.

—A gente vai conversar bem de perto em casa, mulher!—Fala o homem alterado.

Joga o dinheiro no balcão.

—Obrigado pela preferência.—Sorri falsa.

Eles saem juntos. Bufo irritada relaxando meus ombros, brasileiros!

MaktubWhere stories live. Discover now