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Micaela

A gente passou uma noite incrível juntos. Não foi só sobre o sexo maravilhoso que ele me proporcionou e sim de como ele me tratou, me senti confortável sabe?

Acordei nua sob os lençóis brancos de uma cama que não era a minha, com certeza. Me apoio com os cotovelos e vejo o quarto enorme trabalhado no branco e azul bem claro.

Sinto o aroma de café perfumando o ar. Me envolve pra que eu levante, pego uma camiseta jogada no chão e visto vendo que ficava enorme em mim. Prendo meu cabelo em um coque, ele tava bem embaraçado.

Vou andando e acho minha calcinha no chão, ri comigo mesma e a visto. Saio do quarto e vou para a sala que ja era ampla pra cozinha, aonde ele estava.

—Lseven.—Me olha e sorri, vou em sua direção.

—Bom dia, minha gatona.—Segura minha cintura e me beija.

—O que você ta fazendo?—Olho decifrando o negócio em cima do fogão.

—Misto quente.—Olho pra ele.—Pão com queijo e presunto.

—Ah sim.—Ri fraco.

Me afasto e sirvo um pouco de café pra mim, tava forte como eu gosto. Passa por mim e bate na minha bunda, ri dele.

Me sento a mesa e coloco um pé na cadeira.

Ele coloca um do tal do misto quente dele pra mim e um pra ele. Tava quente, literalmente. Caralho rimei.

—E ai, dormiu bem?—Pergunta.

—Muito.—Falo sorrindo com os olhos.—Seu apartamento é muito bonito.—Falo dando uma olhada pra sala enorme.

—Valeu.—Ele ri de boca cheia, ri dele.

Comi o pão lá estranho, até que gostei. Ficamos conversando e tomando nosso café. Ele é uma pessoa facinante, cheio de historias interessantes pra contar.

Eram exatas 9:30 já. Não ia trabalhar hoje, tava de luto pela minha saude mental.

—Quer ir comigo numa gravação de clipe?—Pergunta.

—Não tenho minhas roupas.—Falo óbvia.

—Te levo em casa.—Dou de ombros.—Você quer ir?

—Sim!—Falo impaciente e ele ri.

—Calma cara.—Ri dele.

....

Depois de ficar se enrolando um pouco ele me levou em casa e eu coloquei uma short preto e uma camisa de banda, pra dar charme coloquei um all star preto e um casaco em jeans mais clarinho.

Chegamos aonde iam gravar o tal de poesia acustica 11, ja ouvi a primeira musica desse projeto, até que é bom.

—Quem é a gatona, Lenno?—Pergunta uma mulher bonita.

—Micaela.—Falo por mim e ela sorri.

—Essa é Cynthia.—Assinto sorrindo simpatica.

Ele me apresenta para o resto das pessoas, mas não me rotula em nenhum momento. Eles se arrumam em seus lugares, Cynthia se maquiava e um carinha mandou L7 não olhar pra ela, acredito que seja marido dela.

—Tenho olhos so pra ela.—Aponta com a cabeça pra mim.

Os três me olham, eu ri envergonhada.

A produção se organizou pra começarem a gravar. Troquei mensagens com minhas amigas que invejaram eu estar no set de poesia 11.

—Ae.—Aquele carinha que falava com L7 e Cynthia me chama.

—Micaela.—Ele ri fraco.

—Froid. Vai ter resenha la na casa do Ryan, tão convidando você.—Assinto sem entender.

—Resenha?—Me olha estranho.—Não sou brasileira pra entender giria.

Ele ri de mim.

—Festa social.

—Ta bom.—Me olha estranho.—Que?

—Seca hein.—Dou de ombros.

—Não somos amigos.

—Ah para.—Faz manha, dou risada dele.

Gostei dos amigos do Lennon, eles são diferentes.

MaktubWhere stories live. Discover now