19

3K 172 2
                                    

L7

A

cordei com a cama vazia depois da festa de ontem. Passo a  mão nos olhos e observo o quarto todo. Cade a Micaela?

Me levanto e vou no banheiro peocurar ela. Saio pra sala e nada, apenas o cabelin dormindo no meu sofá e um monte de bagunça pelo ap. Ignoro e pego meu celular, ligo pra ela.

Cai na caixa postal. Suspiro, coço a cabeça e tomo um remedio.

Logo volta a memória da noite passada. Brigamos e ela saiu bolada daqui, porra.

—Qual foi irmão?—Olho pro cabelinho que tava com cara de cansado.

—Micaela.—Ele ri.

—O que deu agora?—Dou de ombros.

Vejo mensagens das amigas dela no meu celular, me pediam aonde a maluca tava. Coço a cabeça.

—Vamo procura a doida.—Se joga no sofá.

—B.o é teu.—Cobre a cara.

Reviro os olhos. Pego minhas chaves e saio em direção ao elevador. Minha cabeça tava latejando de dor. To cheio de medo de ter acontecido algo ruim com ela. Doida sempre faz merda quando fica com raiva. Espero que não esteja longe, mó calor pra ficar andando.

Passo pela portaria e saio pra calçada. Olho em volta e vou andando. Vejo algo em uma casa na outra quadra, acelero o passo e vejo que era alguém nos mato da frente.

Chego perto e vejo Micaela deita olhando pro nada, mas quando eu paro ela me olha e ri.

—Me ajuda?—Estica o braço.

Suspiro rindo de lado e seguro sua mão a ajudando a levantar.

—Como tu foi parar aqui?—Dá de ombros e ri.

—Eu tava brava com você e chapada.—Ela tenta dar um passo mas reclama de dor.

Que b.o pra minha vida essa mina.

(...)

Dei um banho na Mica e coloquei ela pra dormir. Eu ainda to pra entender o que deu na cabeça dela pra dormir no mato, mas beleza.

—Vai morar aqui?—Pergunto pro Victor.

Ele ri se sentando com uma tijela de sucrilhos, abusado demais.

—Tu me ama poh!—Balanço a cabeça rindo.—Oh irmão falando sério. A Bianca tava no show ontem, meteu mó socão na Mi.

Olho pra ele indignado.

Bianca é minha ex, a gente era meta pra uma galera ae. Na frente das camera a gente era bonito e tals, mas por trás ela me tratava que nem um nada, saia com os amigo e eu não podia sair com os meus. Enfim acabou com ela quase me esfaqueando, mas a polícia chegou antes disso. Oh glória.

—Poh irmão...—Fico sem o que dizer.—E a Mi reagiu?

—Muralha disse que ela arranco o mega da outra.—Ele ri de lado.

Agora entendi por que tinha sangue na roupa dela. Mas não vi machucado, quando ela tiver sóbria a gente conversa.

Fico mal em não conseguir proteger ela dessa parada, parece que não to fazendo meu papel de namorado do jeito certo.

Amanhã a gente vai pra Foz do Iguaçu, pra um show e eu quero levar ela pra ver os pais, quer que me conheça. To nervoso com isso, medo deles não gosta de mim, sei lá.

Cabelo ficou mais um pouco e logo partiu pra um show. Esse mano é meu irmão de outra mãe, gosto muito desse muleque.

Fui ver filme no quarto enquanto a Mi dormia. Tava na maior preguiça e tinha show mais tarde pra minah alegria.

—Amor...—Ouço a vozinha manhosa dela.

—O que?—Me olha com os olhinhos de sono.

—Meu pé ta doendo muito.—Reclama.

—Quer que eu te levo no hospital?—Faz bico e se esconde na coberta.

Ela é tão fofinha de birra.

—Ta.—Responde.—Só pra ir no seu show.

Ela sorri e eu também. Não consigo não sorrir quando vejo seu rostinho.

MaktubWhere stories live. Discover now