Ligação🩺

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Jimin 

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Jimin 

Jake estava me deixando cada vez mais doido, eu nunca vi uma criança de oito anos tão difícil, eu não estava entendendo o que estava acontecendo com ele para ser uma criança tão abusada, mas deixei de pensar nesses problemas assim que entrei em meu carro, eu tinha uma viagem longa para fazer até a cidade seguinte, teria uma retirada de um tumor, benigno, mas localizado em um lugar de difícil acesso, por isso solicitaram a mim, por isso estão pagando caro por mim.

Queria estar dizendo que dirigi calmamente até lá, mas por culpa de Jake acabei pegando o pior horário para pegar a estrada, estava cheia de carros, pessoas indo trabalhar e eu como sempre impaciente porque odiava atrasos. Cheguei uma hora atrasado, não tive tempo para me apresentar para a equipe, ou de ver quais eram as regras do hospital, apenas entrei no pré-operatório observando o meu mais novo paciente ali.

— Jeong Su, homem de 45 anos, com um tumor benigno dificultando sua fala. — Tumores cerebrais eram raramente considerados benignos, porque mesmo tendo cura poderiam causar efeitos irreversíveis em certas áreas do corpo, o homem a minha frente apresentado por um dos residentes do hospital me parecia bastante saudável, e aparentava ser mais novo, contudo, ele nem ao menos se esforçou para falar.

— Boa tarde senhor Jeong, eu sou o doutor Park Jimin e fui chamado para realizar essa cirurgia delicada do senhor, mas quero que fique calmo, antes mesmo de perceber já teremos terminado. — Me apresento para tranquilizá-lo e deixo um sorriso de canto. — A cirurgia será feita com você acordado, não sentirá nada, mas eu preciso que esteja consciente para que eu teste sua fala, está tudo bem? Alguma pergunta? — eu tinha consciência de que ele não falava, mas tinha quase certeza de que ele não falava em libras então deduzi que o 'tablet' apoiado ao lado de sua cama fosse a maneira que ele usava para se comunicar, ele não tinha dúvidas, constatei isso com as sinais que fez com a cabeça. — Certo, então nos vemos daqui a pouco. — Me curvo em respeito e me retiro da sala, deixando que os responsáveis tivessem espaço para trabalhar.

Já pronto para a cirurgia eu aguardava meu paciente, ele estava com medo, era claro, realizar uma cirurgia acordado não é algo que todos vão levar na tranquilidade. Tumores benignos significam que eles não irão crescer novamente quando são retirados, eles têm margens. Comecei a cirurgia alguns minutos depois, o processo até chegar no local onde estava o tumor foi rápido, na medida em que a neurologia permitia, eu estava calmo e de bom humor apresar de ter um filho de oito anos entrando na adolescência precoce.

Tudo estava acontecendo como deveria, ao longo da cirurgia eu conversava com ele notando que sua fala voltava à medida que eu ia retirando o tumor, mas que teria que tirá-lo perfeitamente ou ele podia nunca mais falar na vida, estava quase no final da cirurgia quando meu celular começou a tocar desesperadamente. Um dos assistentes olhou a chamada vendo que era da escola de Jake, meu coração se apertou, Jake era um ótimo aluno, introvertido, mas muito inteligente e nunca recebi uma reclamação dele, então minha cabeça pensou logo que ele poderia estar passando mal, era o único motivo certo? Errado.

Quando atendi aquele maldito telefone era a diretora do colégio dizendo que Jake perdeu o controle e desrespeitou um professor na sala de aula e que eu deveria buscá-lo imediatamente, tentei explicar que estava em cirurgia, mas eu odiava aquela diretora, parece que ela não entendia que eu não tenho tempo para reunião de pais, ou seja, lá o que for, mas de qualquer forma eu teria que buscá-lo.

Pedi para chamarem um outro cirurgião para terminar a cirurgia e continuei a operação até ele chegar, me desculpei, mas tranquilizei o dono do tumor, faltava apenas a cauterização e ele já podia se considerar um vencedor porque a partir disso ele só morreria se o cirurgião que veio depois enfiar o bisturi no meio do cérebro dele. 

FIQUE AO MEU LADO - jikook mpregWhere stories live. Discover now