Capítulo 28

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~ Diana Prince ~

Tiro, só isso que eu consegui ouvir e senti um peso em cima de mim, era o Bruce, ele foi caindo lentamente com os olhos presos em meu rosto, cai de joelhos junto com ele, eu só sabia chorar e chamar por ele. Olhei para porta e estava sendo invadida por policiais, uns estavam em cima do Steve, e outros vieram até a mim. 

- Tá tudo bem, Senhorita Prince? - o PM pergunta olho para ele desesperada

- O Bruce, ele levou um tiro, chamem uma ambulância.. - Sinto minha visão escurecer e desmaio. 

Acordei num quarto de hospital, agitada querendo, vejo minha mãe dormindo na cadeira ao lado da minha cama, chamo por ela umas 3x até que ela desperta no susto. 

- Filha! - ela se levanta afobada - Tá sentindo alguma coisa? - o rosto dela estava abatido, olho e nego mesmo sentindo dor

- Onde está o Bruce? O que aconteceu? 

- Se acalme, você não pode se exaltar, filha!

- Quero saber do Bruce, mãe! - ela estava me enrolando e na minha mente só vinha o pior. Será que eu perdi ele? - Mãe, me fala.. o Bruce.. ele.. - soluço - morreu? 

- Por Deus, Diana! Não. 

- Então me fala, mãe!

- Ele está na UTI de observação, passou por uma cirurgia demorada e delicada para remover a bala, mas ocorreu tudo bem. - senti o alivio percorrer minha espinha

- Ele se jogou na minha frente, mãe. Aquele tiro era para mim, ele me protegeu, colocou a vida dele em risco para salvar a minha.. Ele acha mesmo que eu viveria bem num mundo em que ele não existisse? 

- Diana, ele provou ontem que te ama.. - interrompo ela

- Ontem? A quanto tempo eu estou aqui? 

- Mais de 24h, filha. Vocês dois chegaram mau aqui, em estado grave, ele foi direto para o centro cirúrgico, e você chegou desacordada, desidratada, fraca, toda cortada, sangrando muito, seu rosto estava irreconhecível, meu amor - ela começa a chorar - eu pensei que tinha te perdido, Diana, meu Deus, que inferno eu vivi esses dias. 

- Mamãe.. eu tô aqui agora.. - ela me abraça com cuidado. - e as meninas? como estão? 

- Melhor, elas tiveram febre, mas o Bruce disse que era emocional, assim que contamos que você tinha sido encontrada, a febre começou a ceder.  Clark levou elas para o Shopping e depois vem para cá no horário de visitas. 

- Mãe, me diz.. o Bruce, ele..

- Diana, ele tá se recuperando, a médica ainda não disse nada, só que ele está estável. - no mesmo instante a médica entra. 

- Olá, Diana, que bom que acordou.. Sou a Dra. Carol, estou cuidando de você e do Bruce. Bom, você chegou aqui extremamente debilitada, com escoriações, cortes alguns mesmo profundos, mas já cuidamos disso, você está tomando soro nessas ultimas 24h para se alimentar, se hidratar. Você vai ficar de observação, porque uma das suas costelas deslocou, colocamos no lugar, mas precisamos te observar por um tempo e cuidar dos locais que precisou suturar. 

- Certo, e o Bruce? 

- Bom, ele tá na UTI para recuperar da cirurgia, que foi bem delicada, amanhã pela manhã, vamos tentar retirar os aparelhos, e começar a diminuir a sedação, observar como ele vai reagir e esperar ele acordar, mas ele tá estável.  E você vamos te observar por mais 3 dias, se você reagir bem, e eu ver melhora no seu quadro clinico, eu te dou alta. 

Cinco dias, pois é, ainda estou nesse inferno de hospital, Bruce ainda não acordou, mas já retiraram os sedativos e já está no quarto, minhas filhas voltaram para o colégio, já que ficaram quase uma semana sem ir, por motivos que vocês já sabem, eu não tive alta como previso, tive alguns desmaios sequenciais e tive que fazer alguns exames, ressonâncias, passei por um neuro, e por fim peguei os resultados, os desmaios eram consequências das pancadas repetidas que levei no rosto, mas estava tudo "normal", retirei os pontos do braço, e fiquei só com os do supercilio que ainda não tinha cicatrizado, e para minha alegria, a Carol entrou e me deu alta, eu só queria sair dali e ver o Bruce. 

Quando cheguei na recepção encontrei, os avós das minhas filhas, os tios, Lois e Clark, que assumiram um relacionamento e a minha mãe, eles me abraçaram, perguntaram como eu estava. 

- Quero ver o Bruce. - falo emburrada

- Eu sei filha, mas tem que esperar o horário de visita. 

- Mas eu estou aqui, sou paciente também.. 

- Não, você era. Recebeu alta, é visita agora. - minha mãe fala me fazendo ficar mais emburrada ainda. 

- Cadê as meninas? - pergunto percebendo que estavam todos no hospital menos elas.

- Estão no colégio, tinha aula de natação hoje.  - Clark fala - olha, a Dra. Carol está vindo. - ela chega afoita

- Diana, venha comigo. - ela fala afobada

- O que houve? - pergunto sem entender

- Ele acordou e ninguém consegue acalmar ele, não deixa nem encostar para dar um calmante. 

Saímos correndo pelo imenso corredor, entrei no quarto indicado pela médica, ele estava completamente agitado, se debatia muito na cama, os enfermeiros me olham, e olham para Carol, como se dissesse: " serio? nós não conseguimos, acha que ela vai?" , Carol pede que se afastem, eles obedecem e saem, ele continuava agitado, a respiração alterada pela movimentação que ele fazia, me aproximo e ele estava de olhos fechados, toco a mão dele e ele puxa no susto. 

- Bruce.. olha pra mim.. Sou eu, Diana.. - peço quase como uma suplica - Por favor, amor, olha pra mim.. - eu estava desesperada, queria que ele me olhasse, mas ele parecia assustado demais pra isso, olho para Carol - Carool..

- Continue tentando, ele pode estar achando que é um delírio, ele está assustado com tudo isso. 

- Bruce, querido.. olha para mim, sou eu, a mãe das suas filhas. Lili e Isa estão com saudades de você, e eu também, olha para mim. - Vejo ele piscando os olhos e em seguida ele vira o rosto para mim, ele estava sério, o medo dele não me reconhecer gritou. Será que ele sabe quem sou? Eu estava desesperada por dentro, mas segurei a mão dele.. - Bruce.. - falo já chorando

- Diana! - ele fala rouco e sorri. 

The NightWhere stories live. Discover now