Capítulo 18

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O chão do quarto estava coberto por imagens, quase nem dava mais para ver o carpete, os únicos espaços vazios eram onde os rapazes estavam sentados. Os três estavam em uma roda enquanto repassavam as fotos que tiraram do esconderijo entre si, fazendo uma pilha das já analisadas de um lado – que não continha nem metade ainda – mas eles estavam determinados e não conseguiriam parar enquanto não vissem todo material que coletaram. Com o tempo, eles perderam completamente a noção da hora, toda sua concentração estava naquelas imagens.

Após mais um tempo, Minseok esticou os braços e decidiu que precisavam repassar tudo que tinham visto antes de continuar. Não podiam deixar passar nada, por isso deixou que Luhan os ajudasse, assim seria mais rápido e o loiro estava empenhado na tarefa para tentar não entrar em pânico pelo sumiço de Sehun.

— Tudo foi colocado de forma aleatória. – começou colocando as mãos sobre o queixo – Ele não colou como uma linha do tempo, mas de forma que só o mesmo entendesse.

O detetive sabia que não seria tão fácil, mas estava começando a ficar nervoso pelo fato de não ter conseguido nada naquelas horas. O assassino não os entregaria algo de bandeja, obviamente, que gostaria de vê-los desesperados para montar seu quebra-cabeça.

— São dezenas de imagens. – suspirou Jongdae observando o chão – Estamos levando todo esse tempo somente para olhar cada uma, depois ainda teremos que montar de forma que faça sentido. – franziu a testa – Tem recortes que não se encaixam aqui.

— Eu notei. – comentou Luhan – Páginas de livros que os textos não correspondem a nada. Tenho certeza que achei um trecho de Romeu e Julieta.

Minseok ergueu o olhar para cima pensando no que o loiro ao lado acabara de dizer.

— Justamente uma parte onde há apenas declarações de amor. – disse o mais velho – Talvez... – voltou seu olhar para as fotos no chão.

— Pode não ter sentido aleatoriamente, mas se juntar com outras... – continuou Jongdae começando a pegar todas as fotos que continham páginas de livros.

— Mas não há marcações nos textos. – comentou Minseok ajudando o moreno – Será mais difícil do que imaginei.

Empilharam todas as imagens no centro da roda e observaram frustrados o tamanho de possibilidades de combinações que continham ali. Teriam que colocar página por página ao lado e isso seria extremamente trabalhoso e cansativo.

— E se o assassino matar alguém enquanto estamos aqui? – indagou Luhan sentindo seu peito apertando – E se o plano dele for nos atrasar? – olhou desesperado para os outros.

— Não creio que seja isso. – respondeu Jongdae – Nesse caso, ele não teria indiciado o xerife. Se houver outro assassinato com o suposto "culpado" na cadeia, então ele seria liberado.

— E não teria sentido tê-lo mandando para a prisão por apenas algumas horas. – completou Minseok – O assassino quer que o encontremos. Por isso nos levou até o esconderijo. Seu "ato final" somos nós.

— Ele devia nos mandar encontrá-lo em algum lugar. – murmurou Luhan suspirando frustrado – Realmente odeio todo esse mistério.

— Isso é como um teste. – disse Jongdae enquanto pegava uma imagem nas mãos – Ele quer ver se realmente somos dignos de conhecê-lo. – franziu a testa tentando conter seu nervosismo.

— Isso é doentio. – suspirou Luhan.

Jongdae sentiu um peso enorme após Luhan ter dito aquilo. O loiro ainda não tinha sido avisado que o culpado realmente poderia ser um deles, e quando disse aquilo, o moreno teve vontade de chorar ao imaginar a possibilidade de descobrir que o autor de tudo poderia ser um de seus amigos. O quanto doeria a Luhan se ele descobrisse que era Sehun... Isso ficou na mente de Jongdae durante um tempo, mas decidiu evitar tais pensamentos e focar-se nos enigmas.

Scream [xiuchen]Where stories live. Discover now