Capítulo 16

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Os raios de sol diminuíam conforme a tarde daquele dia ia chegando ao fim. Não era preciso ninguém dizer uma palavra, apenas em seus olhares podiam perceber o tamanho do desespero que sentiam por dentro por estarem lutando contra o relógio. Embora estivessem de carro, ainda possuíam as respirações ofegantes pela ansiedade e por estarem a muito tempo percorrendo a cidade de canto a canto em busca dos amigos. Não havia nenhum sinal de Chanyeol nem de Baekhyun, era como se eles literalmente tivessem desaparecido da terra. As teorias de Minseok era que ambos tinham conseguido fugir da cidade e provavelmente estariam bem longe agora, mas Jongdae tinha certeza que nenhum dos dois sabia dirigir ou possuía um carro, então seria impossível eles terem fugido, já que a cidade não tinha rodoviária e meios de se locomover sem um veículo. Tiveram a teoria de que, talvez, eles pudessem ter roubado um carro, mas na delegacia não havia nenhuma queixa sobre isso, então a busca se tornava cada vez mais difícil. Jongdae acreditava que eles continuavam na cidade, mas o mistério era onde. Pensou que pudessem estar no subterrâneo, mas não sabia se tinha uma entrada assim pela cidade, uma para verificar o esgoto, talvez, mas precisariam de um mapa muito detalhado e para isso precisariam perguntar ao xerife onde existiam tais mapas. E o xerife era a última pessoa com quem eles queriam falar no momento.

O alerta de Jongin perambulava em suas mentes e resolveram não desfiá-lo. Por mais que acreditassem que ele definitivamente não seria o assassino, ainda sabiam que era um homem muito perigoso, e Jongin não os alertaria sobre qualquer um, não quando conviveu com um dos piores homens que a cidade conheceu. Mas precisavam muito daquele mapa e, para isso, precisavam chegar ao xerife de alguma forma.

— Não temos escolha. – suspirou Minseok – Claro, podemos pedir ao seu pai para roubar os mapas. – sugeriu erguendo uma sobrancelha para Jongdae.

— Não precisamos envolver meu pai nisso. – ele sabia que era a única chance deles, mas sua preocupação falava mais alto. Não queria perder seu pai também, ainda mais depois do mesmo o ter aceitado e defendido tanto.

— Ele é um bom policial, Jongdae. – Minseok segurou a mão do moreno que estava sentado no banco do passageiro ao seu lado – Não vai ter problemas. – seu olhar era confiante e fez o outro pensar a respeito.

O mais novo permaneceu pensativo por alguns momentos até que soltou um suspiro derrotado e assentiu. Por mais que se preocupasse, sabia que seu pai se sentiria ofendido se não confiasse nas suas habilidades como policial, e além do mais, ele também era adulto e teria que admitir que ele sabia se cuidar melhor do que ninguém. Seu pai tinha trabalhado em uma das piores cidades antes de morar no interior e conseguiu lidar com todos aqueles bandidos enormes sozinho e sem arranhões.

— Mas só pediremos isso, tudo bem? – encarou Minseok com atenção e o mesmo concordou com a cabeça.

Jongdae apanhou seu celular do bolso e ficou encarando o aparelho por alguns segundos.

— E se o assassino consegue ouvir nossas ligações? – refletiu dando uma olhada para Minseok e Luhan, que estava sentado no banco de trás prestando atenção em cada palavra deles.

— Ele provavelmente consegue. – deduziu o mais velho – Talvez tenha até câmeras nas suas casas.

Luhan e Jongdae se entreolharam assustados. Tinha cogitado a possibilidade diversas vezes, mas Chanyeol disse nunca ter encontrado nada nos celulares e nem na casa, então acabaram esquecendo. Mas agora a dúvida surgia novamente, talvez o assassino tenha feito algo que passaria despercebido mesmo até para um conhecedor. Afinal, como ele parecia saber de tudo? Era como se os vigiasse de perto e isso era ainda mais assustador.

— Então não devemos usar os celulares, certo? – disse o loiro pronto para atirar seu aparelho para fora do carro.

— Talvez. – suspirou o detetive – Mas também podemos usar ao nosso favor. – colocou os dedos sobre o queixo, pensativo.

Scream [xiuchen]Where stories live. Discover now