- Fim

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POV. LEVI

Sábado - 3 dias depois

Hoje é o nosso show da carreira. Alguns produtores costumam vir aqui atrás de talentos. É tipo um festival fechado de música e com muitas pessoas presentes.

O nosso plano é o seguinte: cantar uma música conhecida e depois uma nossa. A que fez sucesso na internet. Como somos um pouco conhecidos agora, terá grandes chances.

Mesmo brigado com a minha mãe, ela apareceu aqui e não deixou de trazer o meu pai. Colocou na cabeça que devo ter pais presentes. Só que eu já tenho vinte anos, isso não faz muita diferença agora.

— Por que você parece mais nervosa que a própria banda? — Pergunto para a Lou que está atrás do palco conosco.

— Porque o meu namorado vai tocar. — Responde sorrindo.

— É? E quem seria esse sortudo?

— Bem... — Aponta para mim, as bochechas tomando um rosado fofo. — Você.

— É mesmo! Nossa.... Eu sou sortudo. — Sorrio, beijando os seus lábios.

Ela se afasta com o anunciador chamando o nosso nome, segura uma bolsa laranja e pequena na mão que combina com a saia longa que está usando e apenas indica para eu subir junto com o restante da banda.

— Boa sorte, meu amor.

Fecho os olhos e balanço a cabeça com um sorriso rasgando meu rosto.

— Por favor repita isso.

— Boa sorte?

Maneio a cabeça negando.

— Meu... amor?

Confirmo e ela abre um sorriso.

Sinto um frio na barriga com a quantidade de pessoas. Vejo na multidão rostos familiares: Jonas, Emilly, minha mãe, meu pai, e.... a minha namorada. Todos em um grupo só na plateia em baixo. Reparo também nos olhares que a minha mãe lança para a Lou e no meu pai tentando controlar a situação.

A bateria do Travor dá início e depois o teclado do Murphy. Depois nossos instrumentos estão todos unidos.

A Sarah é quem começa a música.

Vejo todos curtindo, balançando os braços. Percebo a Lou sorrindo, seus olhos marejados, noto suas mãos se retorcendo de ansiedade.

Sinto uma enorme paixão por todas as pessoas escutando a nossa música e o nosso talento. Eu não consigo superar isso, não consigo segurar a minha emoção. É um sentimento inexplicável.

A nossa segunda música acaba e um corpo pequeno sobe no palco.

Olhos curiosos caem sobre ela. E os meus também.

— O que está fazendo? — Cochicho para a Lou.

Ela pega o microfone da minha mão.

Está tensa.

— Boa noite — Fala com a voz trêmula — Eu... — tira de dentro da bolsa uma caixinha vermelha. — Amo um cara a mais ou menos três anos, eu acho, não sei bem quando eu comecei. Ele era um perseguidor e... — Olha para mim, segura firme o microfone como se ele fosse escapar — Me apaixonei perdidamente por ele desde o primeiro sorriso.

Faz uma pausa.

Meu coração está saltando no meu peito como um louco lunático.

Assisto ela me olhando com os olhos cheios de lágrimas, sorrindo e falando seu discurso:

Antes de você dizer adeusOnde histórias criam vida. Descubra agora