26. acolhimento

897 133 16
                                    

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.


Meu peito se aperta em puro medo.

Eu estou correndo no meio da escuridão em direção a algo ou alguém. A chuva molha todo o meu corpo, minhas roupas grudam em minha pele e dão aquela sensação de aperto exagerado, mas nada disso é capaz de me parar. Eu estou focada em apenas um objetivo, um que eu não consigo saber qual é.

De repente, em um piscar de olhos, a chuva para.

Eu estou deitada no chão olhando para um céu estrelado enquanto minha cabeça descansa no peito de alguém. Consigo sentir a calmaria que só aqueles braços são capazes de me trazer e o som que vem através das batidas apaixonadas do seu coração é música para os meus ouvidos.

Ergo o meu rosto em busca da identidade da pessoa que é capaz de me fazer sentir tão bem e os olhos castanhos me olham relaxados, tão em paz quanto eu.

— Juntos e para sempre? — Seu tom é esperançoso e apaixonado.

Não consigo responder.

Sou arrastada para a imensidão escura novamente.

Não consigo ver muito bem onde estou até quase ficar cega com a claridade imensa que vem em minha direção.

Não sinto dor.

Não sinto nada.

Mas eu grito, grito tão alto como sentisse a pior das dores.

— Clarke! — Acordei sentindo o meu corpo sendo chacoalhado.

Quando abro os meus olhos encontro o rosto de Nathan me encarando com preocupação.

Eu havia tido outro pesadelo.

— Ei, você está bem? — Nathan perguntou, tocando o meu rosto e secando as minhas lágrimas.

Dessa vez eu havia chorado.

Senti tanto as emoções dentro daquele sonho que se não estivesse dormindo teria achado que foi real.

— Desculpa, eu não quis acordar você.

— Não se desculpe por isso. — Ele se levantou e entendi que queria se deitar ao meu lado quando se sentou na cama.

Dei espaço para que ele fizesse isso. Não deveria, mas queria sentir seu corpo próximo ao meu pelo menos naquela noite.

Nathan tampou seu corpo com a coberta fina que também me tampava, e estendeu o braço em minha direção. Eu fui sem discutir, deitei minha cabeça em seu peito, sentindo seu braço me apertar bem contra o seu corpo e sua mão acariciar a minha cintura.

— Quer me contar sobre o pesadelo?

— Não sei se foi um pesadelo...

— Você gritou.

FatalWhere stories live. Discover now