11. a saudade pode machucar às vezes

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Olá, meus amores! Como vocês estão nessa quinta linda? Muito ansiosas? 

Esse capítulo entrega tudoooo com o ensaio de dança! Amooo!

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Nathaniel Blossom

Clarke não queria uma coreografia simples.

Ela queria algo tão elaborado que eu não sei se seria capaz de ser seu parceiro, talvez eu errasse mais do que planejava no meu plano anterior de errar a ponto de cansá-la e fazê-la desistir desse festival.

E por que eu não segui com o maldito plano? Por que fiz um acordo com alguém que não merecia nem um bom dia da minha parte?

Eu sou mesmo um idiota!

Não sei o que havia acontecido com ela nesse tempo que passamos distante um do outro, além do acidente, estava completamente no escuro em relação ao seu passado.

Mas havia alguma coisa no seu olhar quando disse que preferia a vida aqui em Campbell ao invés de voltar para Los Angeles, uma angústia e um medo que nunca estiveram naquelas íris verdes antes.

Eu provavelmente seria zombado pelo resto da minha vida por ter dito em um dia que faria a vida da minha ex-namorada um inferno e no outro ter feito um acordo com ela, indo contra tudo que eu pensava no início da semana.

Mas existia formas de fazer com que Clarke ainda me detestasse, essa trégua entre nós dois só aconteceria enquanto estivéssemos dançando. Eu só precisava manter meus pensamentos em ordem e não deixar que esses sentimentos confusos voltassem a tomar conta de mim.

— Sem chances — foi o que eu disse ao terminar de assistir a coreografia pela segunda vez. — Isso não vai dar certo.

— É uma dança simples.

— Suas definições de simples estão muito erradas — falei ao olhar o vídeo pausado da dança de fire on fire de Sam Smith.

Essa música também não me agradava muito. Ela era muito sugestiva.

Clarke levantou da cadeira e estendeu a mão para mim. A olhei sem entender o que queria com aquilo.

— Vamos dançar.

— Agora?

Ela riu, provavelmente achando graça da minha cara.

Acontece que eu ainda não estava preparado para dançar com a minha ex-namorada. Pela primeira vez estava me sentindo como Caleb na presença de Skyller quando ainda não eram namorados.

E era estranho pra caralho.

— Precisamos treinar e não podemos desperdiçar nenhum minuto — lembrou. — Já temos a coreografia, agora precisamos conhecer nossa sintonia enquanto dançamos.

Eu já sabia a nossa sintonia, mas ela não.

Me levantei da cadeira e segurei a sua mão, ignorando a maciez e o arrepio que subiu pelo meu braço ao sentir o calor da sua pele.

Clarke pegou o telefone e conectou no som da sala uma música que reconheci ser Wow de Zara Larsson.

Ela largou a minha mão quando a música começou a tocar e continuou posicionada ao meu lado até a voz de Zara preencher o salão, em seguida começou a caminhar ao meu redor lentamente. Tentei ignorar suas roupas que não impossibilitavam minha mente de viajar em pensamentos e foquei nos seus passos.

Eu não era um leigo na dança.

Clarke havia me ensinado muitas coisas e por muito tempo nossas danças eram as suas preferidas.

FatalWhere stories live. Discover now