Sete dias no Deserto

capítulo 43

Eu ainda me sentia meio atordoada em saber que a casa que os meus pais vieram a maior parte dos seus dias ainda em vida tinha pegado fogo mas o meu medo era se tivesse alguém dentro da casa eu não queria que ninguém se ferice sinto um aperto forte em minha mão e aos poucos vou abrindo os meus olhos e olho tudo à minha volta tentando me situar para saber onde estou até que eu me lembro que estamos em um jatinho indo para Los Angeles ainda sinto o aperto em minha mão olho e vejo Zayed apertando fortemente a minha mão me dando conforto e segurança fica olhando para o seu belo rosto depois de tudo o passamos ainda e meio inacreditável de acreditar que estamos tão confortável um com o outro eu olho para ele sorrindo com timidez até que o mesmo abre seus olhos com caramelo intensos me faz ficar com as bochechas coradas de vergonha por ser pega vigiando seu sono nem parece que passamos dessa fase de timidez faz tempo pois toda vez que eu estou com ele me sinto assim tímida esquecendo a intimidade que já temos um com o outro quando sua voz rouca eco em meus ouvidos sinto meu corpo se arrepiar.

— Dormiu bem? – ele pergunta preocupado tocando meu rosto com carinho.

— Na medida do possível – responde para ele sendo sincera.

Quando ele ia abrir a boca para falar mais alguma coisa é interrompido pela aeromoça que avisa que já pousamos ele agradece e rapidamente todos nós nos levantamos e caminhamos para fora da aeronave assim que boto os meus pés para fora do jatinho sinto o clima agradável de Los Angeles beijando a minha pele e para ser sincera eu me sinto estranha de estar aqui era como se eu não reconhecesse mais como minha casa vejo que havia dois carros nos esperando então ficou dividido assim eu e Zayed fomos em um e Kylie, Acácio, Naim e Aisha fora no outro assim que entramos no carro logo passo o endereço da minha casa ou o que restou dela para o motorista que coloca o carro em movimento fico o tempo todo olhando para a paisagem até que sinto a mão de Zayed em minha coxa me fazendo olhar para ele que me olha com preocupação.

— Você está realmente bem? – ele pergunta para mim calmamente.

Respiro fundo olhando para o teto do carro por alguns segundos e depois volto a olhar para ele.

— E difícil dizer que estou bem depois de saber que a casa em que passei a minha infância pegou fogo – digo para ele sendo totalmente sincera e sentindo o choro vir.

Coloco a mão em meus rosto e começo a chorar até que eu sinto os braços fortes de Zayed me puxando para mais perto dele e me acalentando ficamos assim por alguns segundos até o motorista avisar que chegamos respiro fundo algumas vezes controlando o me choro me afasto dele e o mesmo limpa as minhas lágrimas logo em seguida saimos do carro e seguimos lentamente até chegar perto da minha casa eu queria que tudo não passasse de um pesadelo e que quando eu olhasse para a casa que os meus país construíram colocando o seu total amor em cada tijolo levantado estivesse intacta mais o que eu vejo em minha frente quebra o meu coração em milhões de pedaços a casa que era o meu lar agora não passava de um amontoado de alvenaria queimada antes que eu caia de joelhos no chão sinto os braços de Zayed em minha volta me amparando me deixando colocar para fora toda a minha dor eu não consigo nem olhar para os restos da casa que já foi meu lar um dia sinto alguém perto de mim olho entre as lágrimas e vejo que e Aisha, Naim, Acácio e Kylie as chegam mais perto de mim e me abraçam juntas me prestando solidariedade e ficamos assim por alguns segundos até eu me afastar delas me viro olhando para todos e meus olhos caem na senhora que foi como uma avó para mim ela vem em minha direção e nos duas nos abraçamos e ficamos assim por um tempo até que eu me afastar dela e olhar vendo a tristeza em seus olhos ela considerava essa como o seu segundo lar.