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Pov: Carol

Acordei com uma dor de cabeça extremamente insuportável, a claridade do sol que invadia aquela janela era terrível.

Fui abrindo os olhos devagar até reconhecer aquele lugar que eu estava disponível, não era possível, pelo o que eu me lembrei ontem e Guilherme não passamos dos beijos, então que caralhos eu estava fazendo aquela hora da manhã na maldita cama dele ???

Fiquei ali por longos minutos tentando lembrar de como vim parar no quarto de Guilherme, só não consegui pensar mais quando captei um movimento no porta do banheiro, girei o rosto em direção à porta.

Guilherme estava ali parado, sem camisa com uma toalha branca jogada no seu ombro direito, e seu típico shorts de jogar bola da nike, observando a mim, bem aqui, solicite em sua cama.

Droga, ele estava um verdadeiro gostoso ali.

Meus olhos arregalados se frequentam com os dele completamente focados em mim. Da porta do banheiro, não havia muita distância, porém, fiquei pensando se ele sabia que ontem durante nosso beijo eu estava totalmente sóbria, parecia que ele sabia de exatamente tudo.

Duvidosa e meio nervosa por isso, acabei soltando a coisa mais óbvia e idiota que eu poderia dizer como cumprimento:

-Ai está você.

Guilherme deus seu quase-sorriso, malditamente gostoso com a cara de quem não presta.

-Aqui estou eu. -Respondeu.

-Espero q Júlia não tenha ficado brava por ontem pela situação. -Disse cinicamente.

Guilherme soltou um riso seco. - Quem tinha que ficar puto era eu, porque ela chegou antes que pudesse continuar te beijando.

Tive que esconder o sorriso e desviar o olhar, se não era capaz de repuxar os lábios de orelha a orelha pela forma que falou ele.

-Pega leve. Ela não sabia - Falei tentando aliviar a barra de Júlia. No entanto, a barra do Guilherme, por algum motivo oculto, eu não estava afim de aliviar, por isso soltei: - E foi só um beijo, não foi, Guilherme ....?

Guilherme estava vindo em minha direção até que parou de caminhar, e por reflexo, franzi o cenho para ele.

O quase-sorriso ocupou o seu rosto outra vez, assim como a certeira provocação do olhar.

- Se Júlia não tinha aparecido, Carolina ... Você sabe o que aquele beijo teria feito com a gente. - Foi sua resposta.

Eu sabia que ele seria direto. Com Guilherme, até agora, tinha entendido que os rodeios eram perda de tempo e de verdade.

Porém, vê-lo botando as cartas na mesa assim, tão explícito, me deixou impressionada.

Porque Guilherme falou sobre nós dois da mesma forma que os meus pensamentos insistiam em me conduzir para ele.

Levada por esse tipo de pensamento, envolvida demais, não pude arredar:

-O quê? -Perguntei levantando da cama e dando um passo à frente, para que ficássemos ainda mais próximos. Guilherme abaixou mais a cabeça para acompanhamento meu olhar fixo, mas não olhei firme por muito tempo.

Entre DesavençasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora