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Pov Guilherme:

Levantei da cama na força do ódio, não estava preparado para ver a cara da Luciana hoje, não estava a fim de ter que ficar o dia todo com Júlia grudada do meu lado, ela era insuportável, vive me atrapalhando minhas coisas com outras garotas.

Agradeço por está na fraternidade hoje, também não estava a fim de escutar como baboseiras do meu pai falando das coisas da empresa, se eu estou me dando bem em ADM, porra, ele sabe que eu não gosto de ADM, sempre quis fazer engenharia, meu pai consegue ser mais puto que eu.

Desci as escadas e já dei de cara com a Júlia, ela não me deixa respirar nem por um segundo. Ela estava na cozinha fazendo café para mim, queria muito falar com ela que ela não precisava me dar toda essa atenção já que não temos absolutamente nada, mas da última vez que entrei nesse assunto com ela, ela fez o maior piti, desde então venho procurando outra maneira de falar com ela sem que ela surte de novo.

-Bom dia meu lindo, hoje não temos aula, mas os garotos estão te chamando para ir jogar bola, e eu vou com você. - Júlia disse, e eu sinceramente estava de saco cheio da voz irritante dela, parecia que ela mudava para falar comigo, então nem respondi nada.

Tomamos o café em silencio e depois subi para o meu quarto para poder me trocar. Coloquei uma bermuda de jogar bola, e uma regata preta e fui de chinelo mesmo, porque minha fiel chuteira estava na bolsa.

Passei pela Julia e fui em direção ao jetta que estava na garagem, dei partida e estacionei de frente a fraternidade para esperar a mesma que estava falando com os meus amigos. Assim que ela entrou no carro já foi esticando os pés com os tênis sujos pra cima do painel, a não.

-Julia tira o pé dai fazendo o favor.- Tentei ao máximo ser gentil.

-Ah para né Gui esse carro já esta todo sujo mesmo, falando nisso, quando você vai trocar de carro? - Nem fodendo que ela disse isso.

-Julia eu não vou trocar de carro, e vou ignorar você falando que o meu carro esta sujo pra evitar estresse. E tira logo o pé sujo dai

-As vezes você é tão chato Guilherme.- Diz bufando.

-Então porque você não me larga? - Uma pontinha de esperança me preenche.

- Eu gosto de você mesmo assim Gui.

porra.

Não respondo ela e estaciono na minha vaga de sempre. Solto uma risada fraca quando me Lembro do dia que eu deixei aquela tal de Carol puta da vida por ter fechado ela quando estava dando ré.

-Está rindo do que Guilherme? - Julia franze o cenho pra mim.

-Nada não. -Caminhamos até o campo com a Julia fuzilando como meninas que me olhava e eu desviando das suas funções de andar de mãos dadas comigo.

Me despedi dando um selinho de qualquer jeito em Julia e me virei procurar os meninos que estavam do outro lado da quadra conversando, menos o Lucas que estava de graça com uma Mariana, esses dois tem uma relação que eu não entendo, eles não tem sentimentos um pelo outro e nem pretendem ter são exatamente a relação aberta que deu certo.

Mas o que me chamou atenção foi a Carol que estava ao lado da Mariana distraída e quando percebi que eu estou olhando pra ela eu lanço uma piscadela para a mesma que me olha com .. Desprezo ?? Qual é o problema dessa garota?

-Fala ai zé, demorou ein, estava dando uma rapidinha com a Ju? - Disse o Lucas me fazendo desviar o olhar da Carol que estava falando algo com a Mariana que fez a mesma berrar e explodir em risadas.

-Deus me livre, estou tentando me livrar dela. Mas enfim vamos logo tirar o time porque hoje eu acordei atacante.

-Se você cair contra mim você vai perder por goleada amigão.

Caminhamos até os meninos que tiraram o tempo infelizmente cai no mesmo tempo que o Lucas então não vai ter como fazer ele engolir as palavras dele.

O jogo começa e eu já vou direto para perto do gol pronto para receber a bola do Lucas e chutar com força para a rede, mas assim que eu recebo a bola o maldito do Henrique vem me dar uma canelada, me rouba a bola mandando para o Pedro que marca o primeiro gol do tempo deles. Levanto puto da vida e com canela sangrando. Henrique Cardoso vai ser o próximo nome escupido em uma lapide.

Quando a bola rola pela segunda vez ela cai direto nos pés do Pedro e ao resultar de eu seguir a minha tática de me manter próximo ao gol apenas esperando para marcar ponto, vou pra cima dele sem dó e pego a bola já passando na mesma hora para o Matheus que também esta no meu tempo, sem nem ao menos piscar escuto lucas gritando. Sinal que foi a nossa vez de fazer o gol.

O jogo já estava no chão e ninguém estava conseguindo avançar no ataque até que escuto um grito de Leonardo que estava no chão com Lucas gritando que era pênalti. Escuto um grito desesperado da arquibancada e me viro para ver.

-CACETE FOI PÊNALTI.- Carol grita enfurecida e eu tenho vontade de dar risada de sua cara de brava.

-Guilherme você que vai cobrar o pênalti.- Lucas Diz traçando a linha da onde eu iria chutar.

-Já pode se preparar pra gritar gol então.- Me posiciono pronto para chutar, olho para o Rodrigo que estava de goleiro, isso vai ser fácil.

-GOLLL PORRRAAAA CHUPA HENRIQUE SEU LOIRO NOJENTO- Lucas grita comemorando e me puxando para um abraço.

Lucas me solta e eu vejo a bola do Henrique no chão moscando tasco a bica com toda força que eu tenho e nem vejo para onde ela foi parar só para dar trabalho para ele ir buscar. Escuto um grito e vejo em quem acertei a bolada, Puta merda.

Corro pela arquibancada até chegar na Carol que estava com a mão no rosto e xingando baixo enquanto a Mariana caminhava como se fosse explodir minha cara.

-Você é um babaca, fez isso de propósito né? - Mariana berra pra mim.

-Realmente não foi de proposito.- Passo por ela indo atrás da Carol que estava saindo pelos corredores em passos rápidos.

Entre DesavençasWhere stories live. Discover now