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 Pov :Guilherme 

Eu estava tentando ignorar os barulhos vindos da sala colocando o travesseiro na cabeça para tentar evitar escutar os gritos do Henrique falando sobre a festa que iria ter hoje aqui na fraternidade como sempre.

Já virou rotina as festas de todo sábado e sem falar das quartas de bebida, por que tem as quartas de bebida? simplesmente porque os jogos passam as quartas ou isso é só mais uma desculpa pra encher a cara no meio da semana já que eles nem assistem os jogos direito.

Aqui na fraternidade "moramos" todos juntos digo moramos porque eu tenho um quarto que seria de hospedes só pra mim, sempre venho pra cá pra evitar as brigas com o meu pai ou porque a companhia desses idiotas é melhor que o clima pesado de casa. A fraternidade é grande considerando os alojamentos em conjunto que um pessoal da facul divide, logo na entrada já se da de cara com a sala que tem dois enormes sofás e uns pufes, da sala temos a cozinha que é pequena com decoração moderna que foi feita pela Mari já que pelos caras essa casa seria uma maloca, na cozinha tem uma porta para a pequena dispensa que fica ao lado da geladeira, o corredor da sala para a cozinha tem as escadas para os quartos que ficam um ao lado do outro entre dois corredores sendo quatro de cada lado, tendo no fim um banheiro, todos os quartos tem um banheiro nem usamos direito o do fim do corredor.   

-HOJE TEM FESTA CARAMBA NÃO QUERO SABER DE NADA SÓ DE FICAR INCONSCIENTE- Escuto o berro do Henrique de trás da minha porta e eu tenho certeza que se a mãe dele ouvisse o que ele disse ela estaria com o coração quentinho em saber do tipo de homem que ela colocou no mundo já que ela é crente daquelas que te julgam com o olhar.

-Levanta minha princesa, você tem que comprar as coisas para hoje a noite já que todo mundo ta arrumando tudo enquanto você ronca e baba nessa cama.- Ele fala entrando e sentando na minha cama ao meu lado passando as mãos no meu cabelo e eu continuo fingindo que estou dormindo a esperança dele sumir daqui e ir encher o saco de outro, coisa que eu sei que não vai acontecer mas é como a senhora Cardoso diz, tenha fé que milagres acontecem.  

-Não finge que ta dormindo não delicia se não eu vou te dar um beijinho pra Cinderela acordar. -Levanto em um pulo sentindo minha vista escurecer mas logo clarear de novo, sigo para o banheiro e deixo o loiro sentado na minha cama dando risada.

-É bela adormecida imbecil e sai do meu quarto que eu já desço.- Pego a escova para escovar os dentes e fico olhando para a porta para ver se o individuo já saiu.

-Desculpa se eu não entendo de contos de fadas senhor Ferrero e vai logo se não eu venho te puxar a força. -Diz me olhando pela ultima vez antes de sair do quarto.

- VAI SE FODER CARDOSO. -Grito para ele ouvir, ele sabe que eu odeio que me chamem assim.

Termino de tomar meu banho e visto a primeira camiseta que eu acho que no caso estava em uma pilha de roupas bagunçadas em cima da minha mesinha de computador, visto a camiseta vermelha e uma calça jeans preta coloco meu tênis e desço as escadas vendo a todo mundo menos a Mari sentado no sofá me esperando com certeza.

-Até que enfim ein Guilherme vamos logo que vamos passar no tio Paulinho antes de ir para o mercado.- Pedro fala pegando as chaves do carro.

-Bom dia pra vocês também cadê a Mari?- Pergunto pegando duas maças no balcão pra comer no caminho.

-Foi ver a nova amiga gostosa dela.-Lucas diz sem dar importância, no fundo eu acho que ele teria alguma coisa com a Mari só que ele não assume e mesmo se assumisse a Mari sempre deixa bem claro que não quer nenhum envolvimento serio com ninguém.

-Aquela tal de Carol?- Ele assente- Não acho ela tudo isso não.- Pura mentira, mas ele não precisa saber disso.

-Fale por você já até falei com o Henrique, se ele não pegar ela hoje eu pego.-  Nem fudendo que ela pegaria ele do jeito que ela é chatinha, mas que se foda não tenho nada com isso.

- Boa sorte. -digo simples passando por ele e indo para o carro.

[...] 

Entro na adega do tio Paulinho que nem é nosso tio mas a gente já comprou tanta bebida e desabafou tanto com ele que ele já nos considera sobrinhos, a gente adora falar com ele porque ele sempre entende a gente,desde que o Leonardo conheceu ele comprando bebidas pra um after de madrugada chorando por que tava com dor de chifre da querida ex dele Samara uma das amiga da Julia nunca mais abandonamos ele.

-AAOBA Paulin separa a cerveja e a tequila que hoje é dia de beber gasolina e gritar que é opala.- Pedro grita na adega sem nem se importar com todo mundo olhando, era pra gente estar comprando gelo mas o Matheus pediu pra gente pegar as bebidas porque ele ia no mercado fazer compras com o Lucas no caminho e já comprava o gelo pra festa e pra já adiantar tudo a gente veio na adega.

-Olá meninos as bebidas de vocês já estão separadas, mas antes eu quero saber como estão vocês os outros e a Mariana.- Ele fala apontando para dois caras colocarem as bebidas no Jetta que já esta com o porta malas aberto.

-Estamos todos bem tio menos o Guilherme que ta cada dia mais rabugento. -Pedro diz como se eu não estivesse aqui.

-Cala boca babaca.- dou um tapa fraco na nuca dele e ele vira pra mim e da os ombros.

-Me falem, como está o coração, e o Léo ainda tem sentimentos por aquela louca?- Pergunta para nos dois enquanto arruma uma pratilheira de Whisky. 

- Meu coração ta geladinho ninguém entra e o Gui não esta diferente tenho certeza- Pedro diz indiferente.

-Exatamente e o Léo já superou totalmente a Samara e fora isso todos estamos sem ninguém menos o Lucas e a Mari que tem uma relação aberta digamos assim.-  Digo para ele sem tirar os olhos do Jetta.

-Eu tenho certeza que um de vocês vai namorar com a Mariana, tenho minhas suspeitas mas eu sei que não vai ser o Lucas não.- Tio Paulinho fala fazendo eu virar pra ele com cara de nojo.

-Deus que me livre a Mari é nossa irmã caçula e fora que ela nos conhece bem o bastante pra não querer ficar com a gente.- Falo de imediato.

-Ela é linda mas tem muita consideração na nossa amizade o Lucas foi o único que viu mais que amizade nela e o único que ela não deu um passa fora porque antes de ter toda essa consideração por ela todos já tentaram pelo menos uma vez.-Pedro diz concordando comigo.

-Não estou falando de vocês mas tudo bem, vão indo lá que eu vou ficar por aqui trabalhando, mandem um abraço pra todos e se cuidem não exagerem na bebida seus desgraçados.- Ele diz como se soubesse que a gente só para de beber depois que o ultimo litro esta seco.

-Pode deixar que faremos um bom uso do seu produto tio.- Digo me despedindo dele junto com o pedro e indo pro Jetta.

Entre DesavençasWhere stories live. Discover now