22| Lua cheia

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O fim do ano sempre é regido por correria

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O fim do ano sempre é regido por correria. Não só pela comemoração da virada do ano cristã em mais da metade dos países do globo, como também pelas comemorações religiosas, como o natal.

Na Coréia do Sul, o natal apenas vem sendo comemorado com mais frequência e por uma parte maior de pessoas, nos últimos anos. Meu país vem de uma cultura historicamente budista, então o natal ainda não é a comemoração mais importante do ano, mas já o cristianismo hoje alcança cerca de 30% da população coreana, o que já muda bastante as coisas.

De qualquer modo, isso justifica o porquê as comemorações natalinas serem tão desgostosas para pessoas solteiras. Por não ser tão tradicional assim, o natal coreano é passado entre casais, primeiramente. Então quando você passa o natal na casa dos seus pais, bem... é óbvio que você tá largado e abandonado, sem nenhuma boquinha pra rolar uns beijos, compreende?

E se em algum momento passou pela minha cabeça, que meus pais fariam um grande caso sobre a descoberta de minha sexualidade, bem... Eles simplesmente evitavam tocar no assunto, como o diabo foge da cruz. E eu não reclamei. Era melhor fingir que nada tinha acontecido, realmente. Dava menos dor de cabeça.

Mas não foi como se o natal não tivesse sido bem divertido. Taehyung e minha mãe beberam tanto que dormiram no chão da cozinha. Meu pai acabou comendo demais e passou a noite sentado no vaso da própria suíte, liberando todo aquele espaço no estômago. Já eu e Jin ficamos sentados na porta de entrada, comendo restos de sobremesas ocidentais, enquanto fazíamos carinho em Yeontan e observávamos as estrelas.

É claro, eu devia estar com mais cara de coitado que o próprio cachorrinho pequeno que balançava como um bebê em meus braços, porque a primeira coisa que SeokJin disse após minutos em um silêncio calmo, foi:

— Você está sentindo muita falta dele, não é?

Eu não precisava perguntar sobre quem meu irmão estava falando.

Era sobre Jimin. Sempre ele.

Pisquei os olhos lentamente antes de sacudir e responder meio aéreo que sim, e mudar de assunto logo após isso. Eu realmente não queria passar pelo típico natal deprimente de pessoas solteiras ou que tomaram um pé na bunda. Até porque eu não me enquadrava nessas opções.

Então em que infernos eu me enquadrava? Eu estava "dando um tempo" no meu namoro, porque meu fogo incandescente no rabo havia transformado Jimin em um demônio do sexo, que se alimenta de energia vital? É, algo assim, certo? Que grande merda me meti.

Nesse meio tempo andei pesquisando mais sobre a coisa dos incubus/succubus e... Cara, as coisas não parecem nada boas. Tipo, tem gente que morre após um longo período de "ataques" íncubus em sonhos durante a noite. A energia vital é sugada aos poucos e a pessoa simplesmente desfalece. Assustador, você sabe.

E foi assim que mais algumas semanas se passaram. A formatura de Taehyung. O aniversário dele. E aí o aniversário de minha mãe. O primeiro julgamento de Lee Taemin. Mas nada, nada de Jimin. Mesmo depois de ter dito em alto e bom som, que eu precisava fazer alguma tramóia infernal para trazê-lo de volta para este plano.

ASSOMBRADO x ENDIABRADO || jikook || ConcluídaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora