Eventos do passado

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Curiosamente, uma das características que Nightmare possuí deis de sua infância seria seu interesse por livros. Eles eram curiosos, informativos, as vezes até mesmo divertidos, e o conhecimento adquirido dos mesmos nunca lhe traiu, devido a esses e outros motivos, o guardião da negatividade sempre preferiu a companhia de livros do que outras pessoas.

A biblioteca era a parte mais calma do castelo devido ao fato que além do dono, ninguém mais que morava neste lugar tinha interesse no conhecimento que este local possuía. Portanto era o ambiente perfeito para pensar em silêncio sem ser incomodado por alguém. Ou era assim na maioria das vezes.

- Chefe! Horror quebrou o cadeado da dispensa de novo, eu tentei parar ele e quase perdi a cabeça quando ele jogou o machado dele em mim, você não vai fazer alguma coisa? – O silêncio e calmaria que os livros traziam foi quebrado quando Killer entrou correndo e abrindo a porta bruscamente.

- Tenho certeza que ele teve um bom motivo para isso. - Enquanto se questionava se essa era a sensação que um pai solteiro com filhos sentia, Nightmare guardou o livro em mãos, pois sabia que sua tão querida paz havia acabado.

- Bem, eu o ataquei primeiro, mas eu tenho o direito de me defender quando ele retaliou.

- Você não acabou de dizer que atacou ele primeiro? – Massageando sua têmpora com um dedo, Nightmare precisava respirar fundo para não destruir seu local de lazer.

- Sim, mas eu tive que me defender da defesa dele.

- Faça um favor a nós dois e cale a boca. Agora sente-se, há algo que gostaria de discutir com você. - A partir da gosma que cobria seu corpo, um tabuleiro de xadrez surgiu em cima de mesa.

- Tem certeza? Ele vai ficar mais abusado se fizer vista grossa... e por que você armazena um tabuleiro dentro de você? Na verdade, quantas outras coisas estranhas você consegue estocar? E eu nunca entendi como isso funciona, não incomoda andar com um inventário tão cheio no bolso? E deis de quando você joga xadrez? Eu nunca vi você jogar.

- Você nunca viu pois eu matei meu último parceiro que fazia tantas perguntas, faça outro questionamento idiota e eu quebro suas pernas.

- Sim chefe, então o que vamos apostar? – Com um sorriso descontraído e debochado, Killer praticava seu passatempo preferido de irritar seu chefe.

- Apostar? Você ao menos sabe jogar isso?

- Eu sei as regras se é o que está me perguntando, então vamos apostar o seguinte. Se eu ganhar, você me responde uma pergunta com sinceridade, não vale mentir.

- E se eu ganhar? – Perguntou Nightmare com um sorriso malicioso. Sua proposta inicial de jogar era apenas um pretexto para discutir um determinado assunto, mas tal surpresa não era algo ruim.

- Eu não causo mais problemas tanto em casa quanto nas missões por um mês inteiro.

- Fechado. – Sem nem tentar negociar ou pensar melhor na proposta, Nightmare aceitou em prol de sua saúde mental ao não ter que se preocupar com os incontáveis inconvenientes que o mais problemático de seus rapazes causava.

Uma vez que o jogo foi iniciado, o sempre presente sorriso presunçoso de Killer inesperadamente desapareceu, e seu rosto foi substituído por uma expressão séria.

- E então, o que queria falar exatamente? – Indagou Killer conforme realizava o primeiro movimento com as peças brancas.

- Você sabe qual é o meu principal objetivo certo? – Respondeu Nightmare ao começar a mover as peças pretas no tabuleiro.

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