Capítulo 11

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Cal estava jogando conversa fora com seus amigos na mesa do salão quando viu seu criado se aproximar da mesa e gesticular que queria falar com o mesmo.

— Companheiros, podem me dar licença? - pediu ao se levantar da mesa.

— Nenhum dos comissários a viu - o criado falou assim que se afastaram da mesa.

— Isso é um absurdo, é um navio - ele sussurrou entre os dentes - há um espaço limitado onde ela pode estar, Lovejoy, encontre-a.

A noite estava fria como nunca naquele dia, o capitão estava na cabine e olhava ao horizonte, a noite calma e silenciosa.

— Está claro - falou ao capitão.

— Sim - o homem respondeu - acho que nunca vi o mar tão calmo...

— Como uma piscina - comentou o capitão sorrindo - totalmente sem vento...

— Será mais difícil ver os icebergs, sem ver a água quebrando na base - observou.

— Bem, vou me retirar - o capitão mexia sua xícara de chá - mantenha a velocidade e o curso Sr. Lightoller.

Camila estava na janela do quarto de Lauren e saiu logo em seguida, levou as mãos em concha até a boca e soprou algumas vezes e as passou uma na outra no intuito de diminuir o frio que estava sentindo.

— Está esfriando - falou com a voz um pouco trêmula - você está bonita.

— Senhorita Lauren? - se assustaram com alguém chamando na porta e Lauren agarrou a mão de Camila e saiu a puxando pelo quarto.

— Meus desenhos - Camila falou olhando para trás.

Sr. Lovejoy entrou no quarto e deu uma olhada no lugar, ouviu o barulho de porta do outro lado do corredor e foi em sua direção, Lauren e Camila saiam por outra por tentando fazer o máximo de silêncio possível, já estavam no corredor de mãos dadas, olharam para trás e deram de cara com Lovejoy saindo dm quarto e as vendo.

— Vamos, Camila - Lauren a puxei pelo corredor e saíram correndo, encontraram o elevador - espere, espere - entraram no elevador - para baixo, rápido.

Lovejoy chegou tarde e os viu descendo o elevador pelas grades, ele bateu nas mesmas e Lauren encolheu os ombros e mostrou o dedo do meio para o homem, fazendo Camila cair em uma risada gostosa que ela fez questão de acompanhar. Elas saíram correndo sem rumo por entre os corredores e esbarrando em quem passava na frente das mesmas.

— Esse cara é forte demais para um criado - Camila falou ofegante - parece mais um policial.

— Acho que era - Lauren falou com a mão no peito tentando regular sua respiração.

— Oh, droga - Camila falou assim que viu o homem pela janela redonda de vidro da porta - vai, vai.

Voltaram a correr mais uma vez e acabaram em um corredor sem saída e tiveram que entrar na única porta que tinha ali, era uma sala pequena com uma escada que dava para a parte de baixo do navio, o barulho era tão alto que Lauren levou as duas mãos até às orelhas e as tapou.

— E agora? - gritou.

— O quê? - Camila gritou de volta.

Desceram a escada e foram parar na sala das máquinas do navio, o calor ali era palpável, enquanto lá em cima estava frio, aqui em baixo estava calor por conta das fornalhas.

— Mais carvão no número um, colega - o homem gritava - o que estão fazendo aqui? - perguntou ao ver as duas mulheres ali dentro - não deveriam estar aqui, é perigoso!

Titanic - Camren Where stories live. Discover now