𝗖𝗵𝗮𝗻𝗴𝗲 𝗢𝗳 𝗣𝗹𝗮𝗻𝘀 ↯ Beauany ✓

𝗖𝗮𝗽𝗶́𝘁𝘂𝗹𝗼 𝗩𝗶𝗻𝘁𝗲 𝗘 𝗨𝗺

Any: Espera só um pouquinho pai, eu já volto! — digo rápida e deixo meu celular no sofá.

— LIGAÇÃO OFF —

   Segurei ele firme nos meus dois braços e corri pro quarto da minha mãe deixando ele no tapete junto com alguns ursos. Me ajoelhei no seu lado e seguros seu rosto com cuidado e ele parou de chorar:

Any: É rápido 'ta? Só uns minutos! — digo nervosa e ele fica confuso apenas com as leviana escorrendo.

   Fechei a porta do quarto e corri até a sala escutando escutando seu choro baixo. Peguei meu celular vendo que a chamada ainda rolava e suspirei aliviada.

— LIGAÇÃO ON —

Any: Pai? Voltei. — digo me deitando no sofá esperando sua resposta.

Silvio: Finalmente! — diz ríspido e o sorriso que
Estava no meu rosto sumiu — Preciso de dinheiro
Para o aluguel deste mês e para a pensão do Gui — diz meio embolado. Ele está bebado.

Any: Só me ligou para isso? — pergunto me sentando no sofá desanimada.

Silvio: Sim — diz e escuto ele se servir de alguma coisa — achou que eu ia te ligar e te paparicar? você já é bem grandinha para isso. — diz seco e respiro fundo prendendo as lágrimas.

Any: nossa... — digo em um sussurro brincando com uma linha solta na almofada.

Silvio: Preciso de uns mil e quinhentos para hoje
de noite. Você pode trazer aqui no meu apartamento? — pergunta calmo, mas com a voz grossa.

Any: Não sou seu banco pai. Você pode ter me usado como quando eu era uma criança, mas não vou ficar de dando dinheiro! E por favor... — mordo o lábio inferior segurando as lágrimas — Não me liga mais. — digo e desligo a chamada.

— LIGAÇÃO OFF —

Peguei a almofada que estava no meu coloco a forçando contra meu rosto e grito contra ela. Grito de raiva por ter deixado ele voltar para a minha vida, por ter me apegado a ele sendo que era só eu ter uma vida melhor com a carreira para o desgraçado voltar para os jogos!

Ele tem um filho de sete anos que precisa dele! Ele não merece passar pelo o que passei nessa idade, ser feita de objeto apenas para ele usar o dinheiro da pensão nos jogos enquanto eu passava fome longe da minha mãe. Sem perceber comecei a chorar agarrada aquela almofada almofada.

Idiota, idiota, idiota! ~

É claro que ele não se importava comigo... toda aquela conversa de que me amava, de que eu era a princesinha dela, dos pedidos de desculpas, das saídas no shopping comprando tudo que pedia quando era menor, era tudo parte de um plano... TUDO!

Me deitei em posição fetal no sofá ainda chorando enquanto encarava meu fundo de bloqueio que era eu e ele em Paris. Deixei meu celular cair no chão e fechei meus olhos desejando que todo aquele sentimento saísse do meu peito.

(•••)

Acordei com o barulho da porta se fechando e da minha mãe mandando a Belinha para o quarto e se aproximar de mim com uma cara estranha. Passei a mão em meu rosto coçando os olhos e me sentei no sofá.