A lua brilhava no céu, e a moça sentiu um arrepio de frio percorrer seu corpo. Desirè abriu os olhos e se viu em meio a densas e escuras árvores, deitada no chão gelado do que parecia ser uma floresta. Estava usando uma camisola fina e um casaco por cima, que em nada ajudava na noite fria, nos pés apenas seu par de chinelos. Ela se levantou assustada e saiu correndo, sem nem saber para onde.
A moça diminui o ritmo para respirar, mas continuou caminhando depressa, o vento açoitando as árvores ao seu redor, que pareciam cada vez maiores, bagunçando seus cabelos, e seu único pensamento coerente era: "como vim parar aqui?"
Ao ouvir o som de galhos se quebrando ela parou. Tentou controlar sua respiração ofegante para que pudesse descobrir de onde partia o som. Pareciam passos, e logo atrás dela. Desirè pôs a mão na boca para abafar um grito e se pôs de novo a correr, o mais rápido que conseguia, desviando dos galhos das árvores.
Correu durante bastante tempo, até perceber que parecia correr em círculos, sempre voltando ao mesmo lugar, e o som de passos tinha desaparecido. Desirè parou e respirou fundo, o pânico ameaçando dominá-la, o frio cortante doendo em sua pele.
Começou a chorar baixinho e abraçou a si mesma, fechando os olhos. A moça se lembrou de uma oração que sua mãe rezava quando ela era criança e começou a repeti-la, em voz baixa, pensando estar em meio a um pesadelo.
"Now I lay me down to sleep
(Agora me deito para dormir)
Pray the Lord my soul to keep
(Peço ao Senhor para a minha alma guardar)
If I die before I wake
(Se eu morrer antes de acordar)
Pray the Lord my soul to take
(Peço ao Senhor para a minha alma levar)"
Quando Desirè achou que tinha descansado e se acalmado o suficiente, voltou a caminhar. Os passos recomeçaram e ela prendeu a respiração. Desta vez eles pareciam ainda mais próximos e ela correu, o máximo que pôde, para longe deles.
A moça corria, tropeçava nas raízes das árvores, caía e se levantava rapidamente, e continuava correndo. Ela parou de repente, ao se deparar com uma casa, grande demais, que nem parecia pertencer a floresta.
Desirè correu na direção dos portões, pensando em pedir ajuda, mas logo percebeu que tudo estava escuro, a casa parecia vazia. A construção bonita se destacava no meio das árvores. O gramado crescido e as inúmeras folhas secas pelo quintal faziam parecer que, há muito tempo, não morava ninguém ali.
Desirè recomeçou a chorar e se sentou no chão da varanda, na frente da porta de entrada. Pouco tempo depois, a porta se abriu de repente, fazendo-a cair. Ela deu um grito de susto.
Homem:_ Quem é você?
Desirè se levantou rapidamente, dando alguns passos para trás, sem tirar os olhos da figura que surgira nas sombras.
Desirè:_ Eu... me desculpe. Pensei que a casa estivesse vazia.
O homem se aproximou e Desirè prendeu o fôlego. Ela não pôde deixar de notar o quanto ele era lindo, não era muito alto, mas o rosto era muito bonito, olhos escuros, sobrancelhas retas, lábios cheios e sensuais.
Baixando os olhos ela viu que ele estava sem camisa. Desirè desviou o olhar do físico perfeito, envergonhada.
Desirè:_ Me perdoe. Eu já estou de saída. Peço desculpas por incomodá-lo, mas como sabia que eu estava aqui?
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FOREST SECRETS (Segredos da floresta)
FanfictionDesirè era uma moça tímida, que morava em Seoul dividindo um apartamento com uma amiga, ambas estrangeiras vivendo na Coréia há algum tempo. Uma noite ela se descobre em meio a uma enrascada da qual não se lembra de ter se envolvido. Sete rapazes, n...