fourteen.

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Fourteen

A gestação de Harry ia muito bem, obrigado. Ele estava com dois meses e meio agora, ainda vomitava bastante e enjoava com qualquer cheiro mais forte. E quem sofria com isso era Draco, porque Harry estava enjoando o cheiro de alfa do marido. Era o alfa se aproximar do ômega e o mesmo sentia um embrulho no estômago necessitando correr para o banheiro mais próximo. Mas a médica tinha passado um remédio para enjoo além das vitaminas pré-natais, e parecia que estava surtindo efeito.

Draco ainda estava indo a várias reuniões e conferências, porque os ataques rebeldes ainda continuavam. Harry estava dormindo e já passava das onze da noite, ele estava dormindo mais cedo do que o normal, devido a gravidez, é claro.

Porém, ele acordou sentindo sede. Não tinha mais água na sua jarra que ficava na mesa de cabeceira, então — infelizmente — ele teria que descer e ir até a cozinha. Bocejou, espreguiçou-se e vestiu seu roupão. Calçou as pantufas e verificou as horas.

11:42 pm.

Ele suspirou, Draco ainda não tinha voltado. Harry saiu de seu quarto e calmamente andou pelo corredor. Ele estava distraído em seus próprios pensamentos, quando ouviu vozes e as mesmas estavam alteradas.

Eu não quero saber! — era a voz de um homem e Harry a conhecia?

Harry foi parando de andar, sua curiosidade falando mais alto.

Meu filho tem um herdeiro agora, não está sabendo?

Era o rei Lucius?

O ômega deu mais alguns passos pra frente, para tentar escutar melhor.

Nossos planos saíram pela culatra, eu não quero esse herdeiro vivo, está me entendendo?

O quê?!

Porque eu vou perder tudo! Eu quis esse casamento desde o início porque queria a unificação da Inglaterra para poder comandar tudo!

Oh. Meu. Deus.

Harry não esperou ser descoberto. Seu coração estava tão acelerado que saltaria pela boca a qualquer instante. Apressadamente, correu em direção ao seu quarto, esquecendo-se de que estava com sede.

Mas antes que chegasse ao seu quarto, acabou esbarrando em alguém. Levantou a cabeça e encontrou o par de olhos azuis que tanto amava. Draco sorria, mas quando percebeu o semblante assustado do marido, sua expressão mudou.

— O que aconteceu, Hazz? — ele perguntou.

— N-nada. — Harry desconversou.

Como ele contaria para o marido o que tinha acabado de escutar?

— Tem certeza, baby? — Draco insistiu. — Você parece muito assustado, é algo com o bebê? — uma das suas grandes mãos foi parar no ventre do menor.

— N-não, Dray... — Harry suspirou. — Eu só... Me levantei pra beber água e escutei um barulho estranho... — ele tentou desconversar. — Fiquei com medo e resolvi correr de volta para o quarto.

— Aw, baby... — Draco sorriu. — Acho que você deve ter ouvido um dos empregados, porque se não o barulho tinha persistido. — o maior abraçou o ômega. — Vai para o quarto que eu vou buscar a sua água, yeah?

Harry apenas assentiu com a cabeça, Draco lhe deu um beijo rápido e sumiu pelo corredor, deixando-o confuso ali.

O ômega voltou para o quarto com a cabeça a mil. Seu sogro queria seu bebê morto? Como ele contaria isso para Draco? Ele tinha que contar, isso era fato. Mas como? Lucius era pai de Draco, como contar a alguém que seu pai não queria seu neto vivo?

Royals | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora