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𝗥𝗔𝗙𝗘

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𝗥𝗔𝗙𝗘.

Paro meu carro bem em frente aos portões enferrujados do enorme local público. Respiro fundo, tomo mais um gole da minha garrafa d'água e respondo as mensagens de Avery, dizendo que ela e as meninas poderiam enrolar mais um pouco, porque eu demoraria até voltar pra casa. Hoje é dia vinte e cinco de dezembro, também conhecido como o Natal. Eu literalmente não tive tempo pra decifrar sozinho que dia era hoje. Acordei com minha namorada em cima de mim, me chacoalhando e me enchendo de beijos completamente alegre, me dizendo que o melhor dia do ano chegou. Talvez eu tenha descoberto o feriado preferido de Avery da forma mais inusitada possível.

Pope ficou com Avery, Sarah e Kiara na cozinha, preparando as coisas do jeito que só ele sabia fazer. Kiara bateu os pés que sua comida era tão boa quanto, mas sendo franco, eu duvido muito que algum tempero ultrapasse o de Pope. Juro por Deus que nunca comi pratos tão bons quanto os dele. Quer dizer, acima dos mesmos, apenas os que minha mãe preparava pra mim quando eu era mais novo. Após isso, não me lembro de outra culinária que me impressionou tanto quando a dele. John B e Topper provavelmente estavam no mercado, comprando coisas pra decoração e mais pro resto dos pratos e sobremesas.

Queria ter ficado em casa e os ajudado como pudesse, mas eu não conseguiria seguir o dia tão entusiasmados quanto eles se não fizesse do jeito certo.

Após trancar o meu carro e caminhar sobre as minhas pernas tremendo até as portas do cemitério, penso no quão louco esse ano foi. Num período de praticamente seis meses, conheci uma pessoa que eu achava estupidamente irritante e me apaixonei por ela, fui proibido de viver como um jovem normal fazendo merda, perdi o meu melhor amigo, quase perdi a mulher dos meus sonhos e quase perdi a minha irmã. Saí do controle, venci o Frozen Four com os caras e consegui ainda mais visibilidade no esporte da minha vida. Pedi a mulher dos meus sonhos em namoro e agora estou aqui, com a vida estabilizada e com a cabeça completamente diferente do que era do início do ano.

Eu só percebi como mudanças afetam as pessoas depois do turbilhão de coisas que aconteceram comigo num curto período de tempo. Minha única preocupação era zelar pela minha reputação e me gabar por ser o cara mais foda daquela merda de faculdade. Hoje, só quero estar sossegado comigo mesmo e fazer minha namorada feliz. Ter meus amigos por perto também é um privilégio.

E a maior diferença da minha vida antes pra minha vida de agora é a ausência de JJ, algo que eu não imaginaria acontecer antes dos nossos setenta anos.

Quer dizer, eu sempre pensei que JJ morreria de velhice. A saúde do cara era blindada, apesar de cometer loucuras quando ingeria álcool demais. Sua ousadia em se meter nas piores situações de perigo possíveis era hilária, mas incrivelmente, ele sempre conseguia se safar. Por isso que nunca passou pela minha cabeça que uma fatalidade poderia tirar sua vida tão de repente.

𝐓𝐎𝐗𝐈𝐂, 𝗰𝗮𝗺𝗲𝗿𝗼𝗻. ✓Onde as histórias ganham vida. Descobre agora