"St.mungus"

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Pierre havia voltado algumas horas depois do seu encontro com Susane, sorrindo até mesmo para as paredes, carregando consigo diversas mudas de plantas, provavelmente dadas pela lufana.

Eu estava tão feliz por ele ter encontrado alguém que compartilhava dos mesmos gostos que ele. Por muito tempo me senti horrível por não corresponder os sentimentos de Pierre, eu o amei de verdade e ainda amo, mas não dá forma como ele havia me amado.

— Ficaram ótimas. — Pierre se referia as paredes pintadas, havíamos usado um feitiço para nos ajudar com isso, já que havíamos perdido horas e horas na cama. — Demorou muito?

Mattheo me olhou de canto, com aquele sorriso de canto, pronto para soltar algo para Pierre.

— Ah, sim. — Respondi antes que Mattheo pudesse. — Praticamente a tarde toda.

Mattheo deu risada me fazendo torcer os dedos em sua costela, gruindo com o beliscão.

— Sim, foi bem exaustivo, não foi LeClair?

Desvia os meus olhos dos olhos castanhos que esperavam ansiosamente me ver corar.

— Que tal um lanche? — Puxei os dois pelos braços mudando de assunto.

Descemos as escadas até a cozinha e não foi preciso esforço algum para preparar algo para comermos, já que minha mãe havia deixando um delicioso bolo de chocolate sobre o balcão.

Nitidamente estávamos famintos já que metade do bolo havia sumido da travessa onde estava, entre uma conversa e outra, até mesmo Mattheo arriscou sorrir e interagir algumas vezes.

— Ah, mel... — Pierre chamou minha atenção enquanto limpava o canto da boca onde havia resquícios da cobertura de chocolate. — Anne me mandou uma carta, eles pretendem vim para uma visita, agora que tudo acabou...

— Eu adoraria. — Respondi sorrindo. — Estou com saudade, principalmente da comida da Tia Grace, mas não contem isso para Agnes.

Me levantei com o prato em minhas mãos, mas logo senti uma tontura me desequilibrando. Mattheo não perdeu tempo antes de saltar da sua cadeira para me segurar.

— Mel, o que houve? — Perguntou.

— Nada, estou bem. — Respondi me apoiando no balcão. — Apenas levantei muito rápido.

Dei um sorriso para os dois garotos preocupados quando ouvi a campainha tocar.

— Eu atendo. — Deixei o prato sobre a pia, me dirigindo até a porta de entrada.

Minhas mãos giraram a maçaneta e meus olhos brilharam ao ver a pessoa que estava em minha frente, não demorei muito para entrelaçar meus braços em seu pescoço afim de abraçá-lo.

— Céus, você está bem. — Disse ainda agarrada em seu pescoço.

— E você não seguiu minhas instruções de ficar em segurança.

— Desculpe Draco. — Afastei meu corpo do seu para olhar em seu rosto. — Eu não sei como te agradecer, primeiro pelo o que você fez por mim, depois pelo que fez pelos meus pais. Obrigada.

— Não foi nada. — Draco disse apertando o antebraço com uma das mãos.

Automaticamente meu olhar recaiu sobre seu braço, sua camisa estava levemente dobrada deixando aparecer um pequeno pedaço da marca que ainda estava em sua pele.

— Bom, eu só vim checar se você estava bem. — Disse abaixando a camisa, me fazendo desviar o olhar. — Até logo.

Draco virou as costas para sair, mas antes que ele fizesse puxei sua mão, encontrando seus olhos azuis, que agora estavam escuros, não de raiva ou medo, mas algo parecido com vergonha.

Be with me - Mattheo Riddle Where stories live. Discover now