"Torre de astronomia"

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Acordei sentindo um peso sobre minhas pernas, me remexi sobre a cama e com muita dificuldade abri meus olhos, Pansy estava o corpo jogado sobre minhas pernas.

— Se você queria tanto dormir comigo, bastava pedir Parkinson. - Falei sonolenta para a morena que levantava a cabeça para me encarar.

— Você tem noção do tanto que eu te chamei? - perguntou — Você nem ao menos se mexeu Mel...- Levantou arrumando o uniforme amassado. 

— E como derrota você resolveu se juntar a mim, em meu belíssimo sono? - Perguntei também me levantando.

— Se arrume logo, estamos atrasadas. - Pansy diz me fazendo olhar ao relógio. Droga, estávamos muito atrasadas!

Me arrumo rapidamente e prendo meu cabelo em um coque, apenas para que não caísse sobre meu rosto, pego minha mochila e nos dirigimos até o salão principal.

Draco, Zabini e Adrian estavam sentados ao final da mesa. Me sento ao lado de Adrian, que coloca seus braços em volta dos meus ombros.

— Achávamos que vocês não viriam tomar café da manhã.- Adrian diz e eu aproveito para encher meu copo com suco de abóbora.

— Alguém aqui resolveu dormir demais... - Pansy resmunga me encarando.

— E você resolveu se juntar a mim, não é mesmo? Afinal acordei com você sobre minhas pernas...- Dou um sorrio de canto e posso ver Zabini abrir a boca, Adrian tossir e Draco olhar com um sorriso de canto.

— Estou gostando desse assunto... - Zabini diz com um sorriso sacana — Então Pansy... Como é dormir com a princesinha? - Pergunta recebendo um tapa de Parkinson, dou risada.

— Não seja pervertido Zabini - A morena diz.- Mas já que quer tanto saber, foi bem...prazeroso. - Sussurra pausadamente tirando sarro do garoto a nossa frente que se afogava com o próprio suco.

Draco apenas ouvia toda a conversa com atenção, mas não disse nada, na verdade ele mal olhou para mim durante todo o café. Convenhamos que eu já esperava isso dele, me beijar ontem e hoje fingir que nada aconteceu, típico.

As aulas seguiram normalmente e ao final do dia eu estava realmente exausta, sentada no sofá da comunal. Pansy chegou e se sentou ao meu lado, olho para ela e meus olhos vão até sua capa onde um pequeno broche prateado brilhava.

— O que é isso? - Pergunto curiosa, apontado para o objeto.

— Brigada Inquisitória. - Responde m dando de ombros.

— O QUE? você só pode está brincado... - Ela me olha. — Você realmente se juntou aquela megera?

— Eu também não gosto de Umbridge LeClair, mas se for para ganhar pontos, sim, eu me juntarei a ela...- Olho incrédula, sem acreditar.

Mas por fim escolho ficar em silêncio, sem saber o que responder. Umbridge havia me pedido para se juntar a brigada, mas neguei firmemente o convite, não iria me juntar ao seu pequeno grupo de massacre.

— Você realmente ficará brava comigo Melinda? - A voz carregada com um tom de preocupação.

— Não, mas essa foi a escolha mais estúpida que você já fez...

— Escolher ser sua amiga não conta? - Um sorriso escapa de seus lábios, me fazendo dá-la um pequeno tapa — Aí, era brincadeira...

— Quem mais faz parte disso? - Olho para frente, encostando minha cabeça sobre o sofá.

— Draco, Adrian e alguns outros sonserinos...- Malfoy, é claro que ele aceitaria penso. - Zabini não aceitou o convite, assim como você.

— Zabini é sensato Parkinson, diferente de outras pessoas... - A morena apenas me lança o dedo do meio.

1 semana, hoje faz uma semana desde que eu e Draco nos beijamos e ele mal olha na minha cara, falando apenas o básico quando é preciso. Sempre que o vejo ele está se atracando com alguma garota pelos cantos de Hogwarts, não que eu me importasse afinal.

Contei a Pansy sobre o beijo. Mas não por livre e espontânea vontade, ela me pegou fuzilando Malfoy com os olhos enquanto ele estava agarrado a Emília Bulstrode e não parou de me perseguir até que eu falasse o que havia acontecido.

Estava indo até a torre de astronomia, eu tinha ido poucas vezes até lá sem contar com as aulas, Pansy havia me dito que era um dos lugares mais bonitos de Hogwarts durante a noite. Enquanto eu caminhava apertava o casaco sobre meu corpo por conta da noite fria, subindo tranquilamente os degraus da torre.

"Merlin, era realmente necessário tantos degraus?" Pergunto a mim mesma.

— Merlin não tem culpa da sua falta de competência para subir uma escada... - Ouço uma voz grossa dizer ao fundo da torre, aparentemente eu havia falado um pouco alto.

Olho para trás e vejo Mattheo sentado, enquanto um cigarro brincava em seus lábios, em suas mãos havia uma pequena garrafa, mas que reconheci como Whisky de fogo.

Resolvo apenas ignorar seu comentário e me viro para frente me apoiando sobre o parapeito, não iria lhe dar o gosto de ir embora.

— Não me recordo de pedir sua companhia. - Sua voz parece se aproxima.

— Não estou lhe fazendo companhia. - Dou de ombros ignorando sua presença.

Sinto seu corpo próximo ao meu, ao meu lado, mas não tenho coragem de encara-ló. Ele repousa garrafa sobre o parapeito e acende o cigarro que estava em sua boca.

— Bom, eu estava aqui antes... - Solta a fumaça. — Vá embora.

— Foi você quem veio para meu lado. - Respondo o olhando — Volte para onde você estava, assim cada um fica no seu canto, lhe garanto que não quero sua companhia...- Digo tentando soar tão fria quanto ele.

Ele sorri, então me olha pela primeira vez enquanto eu aperto ainda mais o casaco em meu corpo.

— Não abuse da minha boa vontade LeClair. - Agarra meu braço. — Eu não costumo ser benevolente.

— Qual é o seu problema Riddle!? Solte meu braço.- Digo irritada com a sua falta de educação.

— Ora, então você sabe meu nome afinal...- Sorri, ainda com a mão em meu braço. —Andou pesquisando srta LeClair?

—N-não... - Por que diabos me faltavam palavras?

O garoto solta meu braço e pega a garrafa que estava em cima do parapeito me oferecendo a bebida, enquanto olhava com descrença para o vidro em suas mãos.

— Não se preocupe, não irei lhe envenenar... - traga o cigarro, e então sem dizer nada, pego a garrafa de suas mãos e dou um gole. — Ao menos não agora. - Me afogo com aquelas palavras, ele acabou de dizer que me envenenaria?

— Você é louco Riddle.- Deixo a garrafa sobre o parapeito e saio o mais rápido possível dali, enquanto o garoto me observava.

Entro na comunal, sento-me no sofá e fecho meus olhos, o whisky ainda queimava em minha garganta.

— Melinda - Ouço alguém me chamar e abro meus olhos, encarando o loiro parado a minha frente.

Ótimo, nem um segundo de paz.

Be with me - Mattheo Riddle Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin