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"Não há como fugir do que
Existe dentro de você"

Melissa

Horas antes...

15:24 da tarde.

-Preciso de um favor seu. -A mulher que me xinga o dia inteiro, agora quer um favor meu. -Por favor.

Fecho o livro que eu estava lendo e encaro ela.

-Que tipo de favor? -pergunto cruzando os braços.

-Um sobrinho meu acabou de chegar de viagem, ele tem uma doença incurável e precisa dos remédios dele urgentemente!

-E oque tenho haver com isso? -franzi o cenho.

-Nessa mala está os remédios dele. Quero que vá entregar para ele neste endereço. -ela me entrega a pequena mala e um papel. -Não posso ir, pois estou de saída.

Olho para a mala desconfiada. Não confio nenhum pouco nessa mulher.

-Pode abrir. -ela diz. -Vai ver que não estou mentindo.

Abro a mala vendo apenas alguns vidros de remédios, seringas e cartelas de comprimidos. Fecho de volta olhando para ela que me olha com um sorriso estranho.

-Tudo bem. Mas só estou indo por causa do seu sobrinho que precisa dos remédios. -falo revirando os olhos.

-Obrigada!

Levanto do sofá segurando a mala pequena. Guardo o papel com o endereço no bolso.

-Pode ir no meu carro, ele está lá fora. -ela diz alto.

Saio para fora e abro a porta do carro dela. Coloco a mala no banco do passageiro.

Olho para o papel onde está escrito o endereço. Canlis Restaurant? Em um restaurante?

Dou de ombros e ligo o carro dando a partida. Sei oque fica esse restaurante. Não fica muito longe, só alguns minutos e logo chego.

. . .

Saio do carro assim que chego em frente ao restaurante. Há mesas do lado de fora e dentro. Olho para os lados procurando quem seja o sobrinho dela.

Escolho uma mesa afastada das outras. Coloco a mala no chão e espero por ele.

-Oi? É a Melissa não é? -um homem de cabelos cacheados e de aparência jovem senta na minha frente.

-Sim, sou. -sorri.

-A minha tia me avisou que você vinha deixar meus remédios. Muito obrigado! -diz sorrindo.

-Não precisa agradecer. -Pego a mala do chão e entrego para ele. -Aqui está. Agora já estou indo.

-Tchau. -falou ele acenando com a mão.

Entro no carro dirigindo em direção a farmácia.

Tontura, e ânsia de vômito? Se não for gravidez, é outra coisa.

Eu já estava pensando em comprar um teste de gravidez. Não sei se quero ter um bebê agora, mas se vier, irei amar com todo o amor do mundo.

Bill

Atualmente...

-Gra...Grávida? Você tá grávida?! -pergunto incrédulo.

Em sua mão ela segura o teste.

│OBSERVADA LIVRO 2 ││BILL SKARSGARD│Onde histórias criam vida. Descubra agora