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Melissa Peterson

20:00 pm

-Esse é o uniforme?! -perguntei incrédula a Matilde, a minha nova patroa.

-Sim, algum problema? Quer desistir? -ela levanta uma sobrancelha.

Na verdade quero muito. Só pelo fato de ter que usar essa roupa. Um uniforme de empregada doméstica só que bem sexy. (Foto na multimídia) 
Mas necessito muito desse emprego. Respiro fundo e respondi:

-Não! Não há nenhum problema. -sorri.

-Foi oque eu pensei. -ela ri e traga o seu cigarro. -Se vista boneca, você tem muito trabalho hoje.

Matilde sai do camarim e fica apenas eu. Tiro minhas roupas e visto o meu uniforme.
Me olho no espelho. Pelo fato do tecido ser renda, a minha bunda está amostra. Céus! Eu nunca vesti algo tão curto.

A roupa ficou bem apertada marcando bem o meu corpo. Esse uniforme é pior que o do restaurante que eu trabalhava.
Calço os saltos altos de cor preta. Coloco na cabeça a tiara com orelhas de Coelho. Estou parecendo uma atriz pornô!

Respondo fundo e saio do camarim. A boate está lotada. Por sorte as luzes são néons, acho que ninguém vai me ver tão pelada assim. Avisto as outras garotas vestidas como eu.

-Aí está você! Pega, leve para a mesa dez. -uma garota com fantasia de oncinha me entrega uma bandeja com bebidas.

Pego a bandeja e saio a procura da mesa dez. Por onde passo ganho olhares dos homens. Eles me olham com luxúria nos olhos. Sinto repulsa.
Avisto de longe uma mesa com uma plaquinha escrito "10".
Suspiro aliviada. Sigo para a mesa. A medida que eu me aproximo da mesa vejo que tem quatro homens sentados.

-Mas que droga! -sussurrei. -Suas bebidas. -Sorri gentil.

Coloquei os copos na mesa.

-É nova aqui princesa? -um deles perguntou.

-Sim. -falei de cabeça baixa. Sai de perto deles o mais rápido que pude.

. . .

00:10 am

Meu turno acabou. Tirei aquela roupa minúscula e aquele salto apertado as pressas. Saio da boate e sigo para o meu carro. Entro no mesmo e dou a partida indo para casa.

Amanhã irei procurar uma terapeuta. Quero me tratar. Esquecer meus traumas. É isso!

Assim que chego ao prédio deixo o meu carro no estacionamento e saio.
Abro o portão e entro. Estou morta de sono.

-Como foi no trabalho? -a voz de Charles me assusta.

-Foi bem. -respondi com sono. -Vou dormir. Tenha uma boa noite senhor Charles.

-Para Você também!

Passo pelo elevador. Abro a porta da minha residência e entro me jogando no sofá. Estou com tanto sono que dormi aqui mesmo. Antes de cair no sono notei a presença de alguém saindo do meu quarto, não liguei. Pode ser mais uma das minhas alucinações!

│OBSERVADA LIVRO 2 ││BILL SKARSGARD│Where stories live. Discover now