│34│

3.2K 285 128
                                    


Melissa

23:10 pm

Tivemos que vir embora, pois o Bill arrumou confusão. Tudo só por causa que um homem me elogiou. Eija e Jason teve que separar a briga.

Saio do banheiro e entro no closet. Escolho um pijama confortável e visto. Prendo o cabelo em um coque desajeitado e saio do quarto.

Ao descer as escadas vejo Bill sentado no sofá. Em sua mão direita ele segura uma garrafa de bebida e na esquerda um cigarro.

Me aproximo sentando do seu lado. Noto a pequena mesa na sua frente cheia de filas de pó. Odeio quando ele usa drogas!

-Está tudo bem? -pergunto e ele me olha.

Só então noto seus olhos vermelhos e inchados. Seus cílios molhados denunciam seu choro.

-Tenho saudades da minha mãe. -falou com a voz embargada.

Como uma criança carente ele deita sua cabeça no meu colo. Começo a fazer carinho no seu cabelo liso e macio.

-Vai ficar tudo bem. -é tudo que consigo dizer.

-Lembra de quando eu te falei que matei a minha primeira vítima aos dezoito anos? -perguntou.

Franzi a testa e a boca.

-Acho que lembro.

-Não foi aos dezoito, foi aos dez anos. -Arregalo os olhos. -Eu tinha um amigo que gostava de ir na minha casa. Um dia estávamos brincando de correr pela casa, o garoto bateu sem querer no vaso preferido da minha mãe.

-E Oque aconteceu depois? -pergunto curiosa.

-A minha mãe pegou uma faca para matar ele. -disse naturalmente.

-A sua mãe?! -sem perceber a minha voz se alterou.

-Eu não deixei, e então ela me obrigou a mata-lo.

-E Você matou o garotinho?

-Eu não tive escolhas. Ela me obrigou. Matei ele com várias e várias facadas. E sabe o pior disso? -virou o rosto me olhando. -Eu não senti culpa, pelo contrário, eu amei.

Pisco os olhos perplexa. Como uma criança de dez anos mata outra pessoa e não sente nada?

-E Oque aconteceu depois disso tudo? -pergunto alisando suas bochechas.

-Eu e a minha mãe cortamos o corpo dele em pedaços, colocamos em sacos plásticos e jogamos em um lago distante.

Bill diz tudo friamente.

-Eu não sabia que a sua mãe era assim. -digo incrédula.

-Meu pai nunca me ensinou a matar, sempre foi ela.
Sinto falta de quando nós dois saía juntos para matar. -falou sorrindo.

Mãe e filho matando pessoas juntos? Que bizarro!

-Isso é bem... Estranho. -sussurro.

│OBSERVADA LIVRO 2 ││BILL SKARSGARD│Where stories live. Discover now