EM ANDAMENTO - Jikook | apocalipse zumbi | terror | +18
A virada do ano de 2019 teria tudo para ser a comemoração decisiva da vida de Park Jimin, jovem hiperativo que iniciaria a faculdade de educação física no ano seguinte. No entanto, tudo com o q...
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#JungkookDaltônico
Jimin sentiu o ar fugir de seus pulmões com força, como se alguém tivesse lhe dado um soco forte no estômago, esmagando seus órgãos e os engolindo inteiros.
Namjoon falava alto, mas Jimin e Rosé se entreolhavam pasmos, ambos duvidando que a imagem um do outro era realmente real ou talvez, que estavam tão loucos que suas mentes malignas imaginaram a figura um do outro, os mesmos olhos, o mesmo rosto, o mesmo cabelo e a mesma alma.
— Loira! — Namjoon advertiu, encarando a Park com a feição angustiada, mas a outra não se mexia e em alguns instantes, seus olhos ficaram molhados e lágrimas grossas escorregaram de sua pupila pela bochecha até o queixo, onde recaíram na roupa preta que usava. No entanto, nenhum som saiu por entre seus lábios, ela apenas ficou em silêncio mesmo que Namjoon pudesse vê-la gritando internamente, chorando e berrando — Rosé! Vamos! Eles estão vindo!
Jimin abriu a boca minimamente e puxou o ar lentamente e com calma, os olhos ardendo ao que vasculharam o rosto à sua frente, o par de olhos iguais aos seus, o nariz pequeno e arrebitado, os lábios volumosos e rosados.
E tudo desmoronou quando a loira sussurrou, a voz entrecortada e falha, como se ela também não acreditasse, como se estudasse seu rosto em busca de algo que lhe desse a certeza de estar sonhando, uma falha, um erro cometido por sua mente que buscava o mais velho com toda sua alma e dor, que o procurava em cada canto e não o encontrava; e agora ele estava ali:
— Ji-jimmy?
Jimin piscou, voltando a realidade quando o tom harmonioso daquela voz que conhecia tão bem chegou a consciência, batendo contra a bolha que o rondava, que o fazia aceitar que a loira estava morta.
Mas, então... como?
Como ela estava ali?
— Rosé! — Namjoon falou, encarando os mortos que já haviam chegado do outro lado da rua. — Park Roseanne! — gritou e a loira desviou os olhos minimamente para si e Namjoon enxergou a dor presa nas íris caramelas que antes haviam se encolhido no interior, mas que agora pareciam ter sido pregadas de volta aos lumes com pregos grossos.
E estavam sendo retirados naquele exato momento e, um por um, caiam por terra.
— Hmm? — ela conseguiu articular com um movimento simples e Namjoon apontou para os mortos que vinham em sua direção.
— Dirija, Rosé — a loira ficou estática quando aquela voz bateu contra si com força, o tom alto e intenso. Jimin estava calmo, mas a loira o conhecia mais do que conhecia a si mesma, e ambos se conheciam o suficiente para conseguirem enxergar mais do que apenas a pele.
