21 | A beira dø (A)MORte

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Obrigada àqueles que participaram da call ontem e obrigada à todes por lerem e gostarem de TDAB. E como sabeem (ou não) eu reeescrevi esse cap no dia seguinte a quando postei e acabei adicionando e melhorando muuuuitas coisas importantes (nota: o cap ficou com 9k de palavrinhas! Pasmem), então peço para que releiam o cap todo e que comentem muuuuuuito também, pq o wattpad tira os coments quando mudo algo do cap. #Tristesah. ksksksksk mas ok! Amo vocês muito muito muitoooo e até a próxima atualização?

Contém cenas fortes! ❎

Contém cenas fortes! ❎

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#JungkookDaltônico

Jimin deixou a água escorrer por seu corpo e levar embora o suor grudado à pele depois de todo aquele sol que recebeu nas três horas em que ficou fora de casa, a adaga na mão e o foco tão fixo no alvo encravado na árvore de casca escura que não notara quando Yoongi e os demais chegaram no local e começaram a treinar, alguns com Yoongi em luta e outros — como Taehyung — com Jennie.

Fechou os olhos e se colocou embaixo do chuveiro dando um passo para frente, a água molhando seus cabelos e esquentando ainda mais seu corpo enquanto as mãos estavam contorcidas e apoiadas na parede de azulejo branco, os nervos levando ao cérebro os arrepios que percorriam a palma de pele fervente vindas do frio gélido da parede.

Jimin franziu os lábios e forçou mais os olhos fechados em um impulso de raiva ao que aquela imagem voltava, tão visível que sua mente entrava em alerta, uma, duas, três vezes antes do Park levantar o rosto em direção a fonte d'água, deixando que seus pensamentos se fossem, que a pouca água que restava na caixa levasse os pensamentos feitos do mais puro caos, como a própria água do mar deveria ter levado os corpos de Kyung e Byung e de outros, dos mortos que vagavam pela areia sem destino e de outros que deveriam ter morrido na beira da água salgada, seus corpos puxados pela maré e decompostos mesmo que estivessem estranhamente vivos e mortos ao mesmo tempo.

E ainda havia treinado naquele dia, Mika o ensinando mais um pouco de como chegar perto de um morto e finalmente silenciá-lo, a adaga precisando ser fincada no cérebro com força e contorcida antes de ser retirada com agilidade, quando deveria ser limpa e guardada novamente junto às outras. Jimin ainda conseguia sentir seu corpo ainda dolorido depois dos exercícios com Jennie — poucos pelo fato de Jimin já estar em forma e também precisar focar mais no treino com Mikaela —, o treino rápido com Yoongi de apenas alguns minutos já que Jimin também havia treinado artes marciais na infância, e as longas horas em que empunhou aquelas facas e atirou, apenas duas tendo se fincado na árvore, nem um pouco perto do círculo que Mika traçou.

Suspirou, a longa rajada de ar chegando quente contra suas mãos e alguns respingos de água fervente sendo levadas a boca, molhando e acalmando os lábios secos e rachados.

Devia treinar mais.

Jimin piscou forte, a escuridão lhe envolvendo com cuidado mesmo que Jimin ainda conseguisse às vezes, exergar entre os lumes, a areia branca e o céu escuro da madrugada junto ao som das ondas se quebrando e de sua família conversando e comemorando seu último dia como humanos. Segundos depois, abriu os olhos e passou a língua pelos lábios, desligando o chuveiro e abrindo o box, as mãos vasculhando o espaço antes de alcançarem a toalha branca que havia selecionado anteriormente, e se secando com calma. Quando já estava praticamente seco, vagou a atenção pelo box até o pequeno armário verde claro e encarou as roupas dobradas em cima deste — as suas roupas — com um olhar amargo, o gosto ruim tomando sua saliva e o fazendo contorceu o rosto em uma expressão de infelicidade, a mente maldosa remoendo situações que Jimin não poderia mais recordar, não sem se sentir mal ou que o pavor lhe subisse à garganta como se estivesse prestes a vomitar.

THE DEAD ARE BACKOnde as histórias ganham vida. Descobre agora