Beautiful Love • Jikook •

17.1 - Neve, estrelas e clima de romance

— Bom, estamos aqui para esquecer do resto do mundo... me fala, você consegue identificar as constelações?

— Consigo. Acho que acabei de encontrar a estrela mais brilhante de todas. Sírius.

— Não consigo identificar, todas são brilhantes.

— Vem cá. Aqui, olha na direção do meu dedo.

Hoseok puxou Taehyung para ficar coladinho e passou o braço ao redor do ombro dele. Os dois estavam em clima de romance, uma intimidade que eles, de alguma forma, escondiam na frente dos outros, mas que só entre eles era algo palpável.

— O céu é tão lindo, não acha?

— Muito lindo. Hoseok, preciso te dizer uma coisa. Sobre nós.

— Nós?

— Eu não te esqueci. Desde que nós nos conhecemos e nos beijamos. Não tiro da cabeça aquele tempo em que ficávamos. Sei que vivemos em pé de guerra, mas, sinceramente, morro de saudade do que tínhamos.

— O que nós tínhamos?

— A gente se curtia pra caralho.

— Acha que temos que dar uma chance para nós dois?

— Acho. Mas você sabe como minha vida é uma confusão, Hoseok.

— Sei e... quero mesmo assim.

Hoseok respondeu olhando para ele, que se aproximou mais e, finalmente, para a minha felicidade, os dois se beijaram.

Eles estavam me fazendo de vela sem nem saberem, mas eu nem ligava. Sentia meus olhos já enchendo de lágrimas só pela felicidade que eu estava sentindo por eles.

— O que você está bisbilhotando, hm?

Jimin sussurrou ao meu ouvido, me assustando. Segurei o grito e tapei a boca dele com minhas duas mãos.

— Shhh... fala baixo. Não estou bisbilhotando, só estou admirando a paisagem — eu disse, baixinho.

— Admirando a paisagem... sei. Está é fofocando! — brincou Jimin mantendo a voz baixa.

— Não estou fofocando! — falei indignado, me afastando de onde meus amigos estavam.

— Eu sabia que se deixasse eles sozinhos aqui ia rolar beijo...

— Pelo menos alguém está beijando — retruquei de modo dramático. — Quisera eu, pois língua é o que está faltando na minha vida. Felizes são os meus amigos que se beijam de língua... sei mais nem como que se beija desse jeito...

Jimin segurou o riso e me puxou pelo braço.

— Seu besta! Vem, vamos dar uma volta, deixa os dois se curtirem em paz.

Descemos por toda a estrada até chegarmos em um lugar bem tranquilo, cercado de neve e longe da movimentação. Segurei a mão dele e percebi que ele estava com uma sacola.

— O que é isso?

— Ah, comprei umas bebidas quentes. Quer? — Ele ofereceu.

— Quero é me esquentar com você, meu lindo.

— Aish, garoto! Para de ser assim!

Ele me deu tapinhas de brincadeira. Quando nos sentamos no banco, encarei a bebida e imediatamente senti as lágrimas escorrerem ao me lembrar da conversa dos meus amigos.

— Jun? O que houve?

— Você sabia que o Tae sofre em casa?

Jimin ficou calado por um tempo, mordeu o lábio e assentiu.