Capítulo 32

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Boa Leitura🐨


Enquanto me decidia se realmente o respondia ou não, pensei que seria melhor assim, então tratei de começar a digitar

"Boa noite Nam, desculpe por ter sumido assim de repente, mas eu tinha que resolver algo urgente.
Não se preocupe, eu estou bem, mas talvez não nos veremos por um tempo.
Peça para que os meninos não se preocupem comigo e que eu agradeço por tudo que fizeram por mim, mas não posso mais meter vocês em minhas confusões.
Peço também que não fale nada com eles sobre o fato de eu estar trabalhando na empresa e diga ao Jimin para guardar esse segredo por mais um tempo.
Prometo resolver isso assim que puder, mas precisarei de um tempo."

Após mandar a mensagem para Namjoon resolvi tentar nem que por um pouco dormi e eu até que consegui... porém não por muito tempo

'Não chegue perto de mim, e-eu... eu, eu não quero ver você, s-sai daqui, SAIIII, n-não, não, não... NÃOOOOOOO' - acordei assustada, suando, com meu corpo todo tremendo e novamente sentindo como se tivesse faltando ar nos meus pulmões, a mesma sensação de antes

– Tina! - disse Theo ao entrar desesperado no quarto e ao ver o meu estado veio correndo até a cama onde eu estava – Tudo bem, tudo bem, eu estou aqui, respira, respira - falava enquanto me abraçava e tentava me acalmar e eu só chorava desesperada – Está tudo bem, foi apenas um pesadelo, nada aconteceu, tá tudo bem, eu estou aqui, estou aqui, fica tranquila - eu estava aos prantos, mas aquele abraço fez eu senti protegida e me acalmou um pouco.

***

— Tome, vai te ajudar a se acalmar mais - falou me entregando um copo com água e então eu o peguei

— obrigado - disse enquanto bebia a água — obrigado também por me ajudar com isso, se não fosse você não saberia como me acalmar dessa vez - nesse momento eu lembrei da minha mãe era ela que sempre me acalmava quando tinha esses pesadelos.
Quando Theo fez tudo aquilo pude senti como se estivesse com ela. Então abracei com força minhas pernas pensando na saudade que eu estou sentindo dela então Theo se sentou ao meu lado na cama

— Isso ocorre constantemente? Ou é a primeira vez? - disse pegando o copo da minha mão e colocando na mesinha que tinha ao seu lado

— Não, é a primeira vez desde que cheguei aqui, na verdade é a primeira vez desde muito tempo - fazia bastante tempo que não tinha esses pesadelos.

Quando voltei ao Brasil passei uns quatro meses tendo esses tipos de pesadelos, minha mãe passou noites acordadas comigo até aprender a lidar com a situação, mas após quatro meses eu estava bastante concentrada no meu trabalho na empresa o que mantinha minha cabeça cheia com outras coisas e esses pesadelos foram sendo menos constantes até não tê-los mais.

Mas como você sabia exatamente o que fazer? Minha mãe demorou algum tempo para saber como agir, normalmente ela entrava em desespero e não sabia como me ajudar, porém, você já sabia o que fazer, como? - perguntei curiosa e surpresa com a forma como ele tinha agido com tanta tranquilidade ao me ver naquele estado

— Minha irmã mais nova tinha crises de pânico constantes então tive que aprender a lidar com esse tipo de situação - explicou ele — Mas, ela tinha um motivo e o seu qual é? - eu sabia o motivo, mas não estava pronta para falar sobre isso com outra pessoa nem mesmo minha mãe sabia o por quê.

— Eu não sei, começou a acontecer quando voltei para o Brasil após a morte do meu pai, foi uma época difícil - abracei com mais força minhas pernas ao falar disso

— Entendo, porém suas palavras não soavam como se tivesse perdido alguém, e sim como se algo tivesse lhe atacando, talvez um cachorro? Gato feroz? Algum bicho perigoso? Ou até mesmo uma barata voadora? - falava enquanto mexia seus dedos na minha frente demostrando como se fosse uma barata voando em minha direção, sentia que fazia isso para me animar e até que deu certo, pois, ri com o seu ato e ele também

— Não foi nada disso, seu bobo - falava entre risos e lhe dando um tapinha leve

— entendi, não precisa falar se não quiser - falou se ajeitando na cama — mas não vou deixar você sozinha hoje então deite-se e vamos dormir que amanhã eu tenho que acordar cedo para ir trabalhar - disse ajeitando o travesseiro e estendendo o braço para o lado — vem, pode deitar - falava enquanto dava leves batidas na cama para que deitasse minha cabeça em seu braço — pode ficar tranquila não farei nada, a não ser que queira, você quer? - as vezes as piadas que Theo fazia ultrapassava os limites

— Claro que não, engraçadinho, vamos dormir - e então deitei a cabeça em seu braço, me aconcheguei e assim ele me abraçou e só assim pude dormir tranquila até o dia amanhecer.

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Espero que tenham gostado

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𝑨 𝑵𝒆𝒘 𝑩𝒆𝒈𝒊𝒏𝒏𝒊𝒏𝒈Onde as histórias ganham vida. Descobre agora