Nossa Emergência

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Elas entraram e subiram as escadas. Observei a luz do quarto e em cinco minutos já estava apagada. Marcos e Juliana duraram mais meia hora.

- Vamos ter que arrasta-los. - Laura disse revirando os olhos. - Vou subir com Marcos.

- E eu com Juliana. Antes, vou apagar a fogueira. Pode subir.

Laura subiu com Marcos e eu apaguei a fogueira enquanto Juliana tentava limpar a sujeira. Depois subi com ela até o quarto, vesti uma camisola em mim e coloquei o hobby por cima. Juliana apenas caiu na cama e dormiu.

Desci as escadas e fechei tudo. Arrumei um pouco da cozinha e voltei para o quarto, onde fiquei na varanda observando o céu estrelado.

Tempinho depois, cerca de 1:30 da manhã, entediada com o céu, desci as escadas e resolvi fazer um outro drink para mim. Mesmo tendo um pai alcoólatra, eu bebia de vez em quando, e tentava aproveitar essas raras vezes. Peguei minha taça de gin que havia feito e provei, estava muito boa.

- Quem está aí? - Laura apareceu na cozinha e me encarou. - Escutei um barulho e resolvi ver o que era.

- Derrubei o negocio aí. - Falei ignorando o saleiro quebrado no chão. - Insônia?

- O Marcos está roncando muito, acho que vou dormir em outro quarto, tem problema?

- Nenhum, tem um bem ao lado do dele.

- Sim, sim, acho que vou ficar lá. - Nos encaramos por alguns segundos em silêncio. - Vou pegar um copo de água e ir dormir.

Fiquei bebendo meu drink em grandes goles enquanto ela pegava um copo cheio de água.

- Vou dormir, boa noite, tia Manu. - Ela disse sorrindo e subiu.

Fiz ainda mais duas bebidas. O sorriso de Laura estava me matando, a forma que ela me provocava, o seu jeito teimoso me puxava muito. Ela era a mulher mais nova que eu já tinha sentido atração e era tão errado, ainda sendo uma amiga de Marcos.

- Você está louca. Vá dormir que é melhor. - Terminei meu copo de olhos fechados e veio a imagem de Laura na praia. - Porra.

Coloquei a taça na pia, apaguei as luzes e subi as escadas com um pouco mais de dificuldade. Parei em frente ao quarto de Mariah e verifiquei se estavam dormindo. Fiz a mesma coisa no quarto de Marcos e no meu quarto, com Juliana.

Segui até o último quarto, onde Laura estava dormindo. Abri a porta devagar e a encontrei deitada de costas para a porta, com o abajur aceso, tornando o quarto pouco iluminado. Fechei a porta devagar e me aproximei da cama.

Laura estava dormindo apenas de calcinha, talvez, já que suas costas estavam nuas debaixo do fino lençol branco. Senti ficar molhada e fechei os olhos. Merda.

Desisti. Dei meia volta e caminhei até a porta, antes de abrir, senti alguém me puxando e me colocando contra a parede.

Laura estava apenas de calcinha na minha frente, me encarando de forma safada. Quando me aproximou, para me beijar, acordei. Era a merda de um sonho.

Juliana estava dormindo ao meu lado e ainda eram 3 da manhã. Eu subi e não passei em seu quarto, ela sequer deve ter aparecido na cozinha, deve ter sido minha imaginação ou sonho. Mas eu continuava molhada e Juliana morta ao meu lado.

Me levantei e fiquei sentada na varanda até o Sol amanhecer. Quando o Sol bateu mais forte em meu rosto, troquei de roupa, desci, fiz um café e fui para a beira da piscina.

- Hoje sou eu quem dou bom dia. - Laura se aproximou e sentou ao meu lado. - Dormi super mal.

- Por que? - Perguntei encarando a piscina.

- Fui dormir e não ganhei nenhum beijo seu. - Ela disse e lhe encarei.

- Está brincando?

- Não sou mulher de brincar, Manoela. - Ela sorriu e mergulhou na piscina só de lingerie. - Vem dar um mergulho.

Ela me chamou e me belisquei, disfarçadamente, para ver se era realmente real. Parecia que sim. Tirei minha saída de praia e fiquei apenas de biquíni.

Mergulhei e fui em sentido a ela.

- Fiquei tão bêbada ontem e nada aconteceu. - Ela disse com um sorriso de lado.

- Eu passei a noite inteira acordada. Pensando em você. - Respondi bem próxima e segurei sua cintura.

- Tenho medo de me envolver e magoar Marcos. - Ela disse baixo.

- Quem disse que ele precisa saber?

Coloco-a contra a borda da piscina e colo nossos lábios. Puta que pariu, era isso que eu queria.