- Pesadelo -

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Ino on.

No relógio, eram marcada as exatas 19:44 da noite.
Está chegando.
De alguma forma, eu sentia que Sai estava naquele apartamento comigo, eu sentia que ele estava ali. Apenas esperando para dar meia noite.

Todo movimento, qualquer som, era um susto que eu levava.
Gaara estava tomando banho, e eu fiquei praticamente sozinha.
Eu não conseguia não ficar nervosa com cada suposição, com tudo que pode acontecer hoje.
Eu não consigo sentir nem fome, para vocês terem uma ideia.

No celular, eu e as meninas trocávamos mensagens. Falávamos como se... Como se nada fosse acontecer hoje.
Hinata contava do seu atual relacionamento com o Naruto, e que estava feliz pela própria decisão.
Eu estava feliz por ela, sinceramente. Me admira que ela tenha escolhido acreditar no Naruto, quando eu dormi com o Gaara e ainda acho que ele me traiu.

Meu Deus...
Eu dormi com o Gaara.

Sim, essa sou eu, no meio de diversas possíveis mortes, ainda não me caiu a ficha de que eu dormi com o Gaara.
Eu dormi com ele.
Eu.
Depois disso tudo.

Parabéns Ino, você é uma imbecil.

Respirei fundo, deitando no sofá e deixando o meu celular de lado. Eu não queria mais conversar, não queria mais forçar a minha cabeça para nada.
Nesse momento, queria acordar e descobrir que tudo não se passou de um terrível pesadelo.
Descobrir que nada disso está acontecendo, que Sakura não foi sequestrada, que ela não perdeu o bebê, que Sasuke não sofreu um acidente.
Tudo isso seria apenas fruto da minha imaginação, depois de uma noite na balada. Apenas um pesadelo.

Mas...
Isso não é possível. Porque é tudo realidade. Sakura foi sequestrada, Sasuke está em coma induzido.
Eu, as meninas, os meninos, Gaara... todos podemos morrer essa noite.
A minha louca realidade.
Ainda assim, é doloroso demais para acreditar.

De repente, eu escutei batidas na porta. Me levantei graças ao susto, olhando para o banheiro no qual Gaara estava. Este, ainda tomava banho.
Com o coração acelerado e a respiração quase falhando, eu andei em passos leves até a porta. Devagar, sutil.
Olhei pelo olho mágico, morrendo de medo da pessoa que eu poderia ver ali.
Mas, quem eu vi, me surpreendeu da cabeça aos pés.
Totalmente sem reação, eu abri a porta devagar, encontrando-o com uma expressão chateada.

É, no meio de todos os meus pensamentos anteriores, eu não pensei em uma pessoa.
O meu irmão.
Esse, que estava na minha frente.

Deidara: Nós precisamos conversar.

Ino: É... precisamos.

Respirei fundo, preparada para olhar nos olhos do meu irmão.
Sendo sincera, nesse momento, eu não seria capaz de gritar, surtar ou chorar. Eu estou com tanto medo do que pode acontecer, que caso eu vá morrer, eu só quero ficar bem com as pessoas que eu amo. E isso inclui, sem dúvidas, Deidara.

Deidara: Olha, ino-

Ino: Dei, deixa eu falar por favor. —Ele ficou quieto diante disso, eu o surpreendi.— Eu amo você. Me desculpa por ter surtado aquele dia. Eu só fiquei chateada por tudo que você estava envolvido, aquilo me partiu o coração.

Ele suspirou, tão triste quanto eu, naquele momento.

Ino: Mas... É a sua vida. Eu não vou interferir em nada, mas eu ainda não apoio. Não apoio, mas quero que você seja feliz, quero que faça o que bem entender.

Deidara: Isso significa... Que estamos bem?

Ino: Estamos. Eu fiquei triste porque senti que você não confiava em mim, mas não posso te obrigar ou te cobrar isso. Não posso esperar que qualquer pessoa tenha a mesma consideração que eu tenho. Parece horrível, mas é verdade.

Lembranças - (2° TEMPORADA)Where stories live. Discover now