Lembranças - (2° TEMPORADA)

- Ódio, dor -

Neji on.

Quando voltamos para o apartamento de Temari e Shika, Ino parecia pior do que quando saímos.
Ela não conseguia parar de chorar, e quando chegou, apenas se trancou no banheiro e só podíamos ouvir o som do seu choro sem fim.

Tenten: O que vamos fazer? Gente, só temos dois dias... É muito pouco para pensarmos em como vamos resolver isso.

Eu também odiava a idéia de fazer parte de qualquer coisa que incluía Itachi, mas eles, nesse momento, eram a nossa única esperança.
Mesmo que as coisas que aquela tal gangue esteja envolvida sejam péssimas, eles possuem acessos a armas, já é bem mais do que a gente.

Shikamaru: Fazer um acordo com eles, agora, e ainda mais doloroso para Ino.

Tenten: Pois é. Não tenho idéia de como ela deve estar se sentindo... — Ela abraçou a minha cintura, com aquela expressão tristonha.

Shikamaru: Mas... Não temos outra escolha, de qualquer forma. Precisamos fazer isso. vocês sabem.

Passei os olhos para todos naquela sala, que se mantiveram calados. É, nós sabíamos bem.
Mas nem sabemos como Sakura e Sasuke vão reagir sobre isso. Nem mesmo como vamos protegê-los, com eles estando do hospital.

Tudo isso é tão... Cansativo, chato. Péssimo de lidar.
Nunca imaginei que acabaríamos em tal ponto. Com as escolhas que Sasori e os outros imbecis nos deram, temos que basicamente escolher entre a vida das meninas e dos meninos.
E não estamos afim de fazer nenhuma dessas escolhas.

Sasori está dando as cartas a muito tempo, está na hora de inverter essa merda.

Neji: Vamos aceitar, então?

Hinata: É sério que a gente fez toda aquela saída dramática, para decidir isso aqui?

Naruto: Você não quer fazer esse acordo, Hina?

Ela respirou fundo, desviando o olhar.

Hinata: Sinceramente? Não. Não quero. Não quero ter que olhar na cara daquele desgraçado do Itachi, não quero contar para Sasuke e Sakura que vamos fazer um acordo com esse imbecil, e não quero fazer a Ino ter que encarar o irmão dela de novo. Mas... — Ela voltou os olhos para cada um de nós, parecia com receio de dizer o restante do que queria. — mas nós precisamos.

O silêncio se fez presente, mais uma vez.
Na realidade, todo mundo sabia que precisamos aceitar, já que não temos nenhuma outra escolha. Mas, ainda assim, parece doloroso para cada um de nós admitir isso.

Deidara on.

Depois que Hidan voltou, Pain fez uma reunião de emergência, chamando todos os membros da gangue, que deveriam estar entregando as drogas nesse momento.
Mas, bem pelo contrário, estamos na sala de Pain. Com ele mais do que puto, querendo esganar Itachi.

Pain: Eu falei que era para você esperar! Falei que não era para aparecer, mas você me ouviu?! — Ele bateu as mãos na mesa, fazendo um estrondo. Eu suspirei, sem o mínimo de vontade de participar dessa reunião. Sinceramente, eu queria ir numa ponte qualquer e me jogar lá de cima, me sinto um lixo. — Itachi, me fala, qual é o seu planinho agora! Me da, pelo menos, uma razão para não atirar na sua cabeça.

Com o silêncio de Itachi, Pain sacou a arma da cintura e andou até Itachi, encostando a ponta da arma em sua cabeça.

Itachi: Nós tínhamos um acordo—

Pain: Acordo?! Você desobedeceu uma ordem direta minha, seu imbecil! Você acha que aqui é a sua casa? Que chega e faz o que quer? Não. Sou eu quem mando aqui.