- Eu não te amo -

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Sakura on.

Um som.

Tão distante, mas tão perto. Tão alto,  tão baixo.
Era como se tivesse no meu lado, mas ao mesmo tempo, a milhares de quilômetros.

Era como como se uma lâmina velha estivesse sendo arrastada por um chão de pedra. Vindo, talvez, na minha direção, cada vez mais próximo
Eu podia ouvir. Sentir.
Mas não conseguia ver. Tudo era uma completa escuridão,
Mas eu também sentia olhares. Centenas, milhares.
E então, sussurros. Estavam me observando e falando sobre mim.
Como se, em cinco anos, eles nunca tenham parado de me observar. Sempre, constante.
Mas eles quem? Quem se aproximava, quem me olhava e quem falava?
Quem são essas pessoas? Por que estão aqui?

De repente, senti um corte na barriga.
Profundo. Mesmo que eu não pudesse ver o meu corpo, eu sentia. A dor.
Era a mesma daquele maldito dia.
O dia em que ele arrancou o meu filho de mim.
E então, mais um corte. A dor era tão real, e ainda conseguia parecer pior.

Itachi: fica calma, meu amor...

Um ódio tomou conta de mim ao ouvir àquela voz.

Itachi: Sabe, se tivéssemos usado camisinha tudo seria diferente. Mas eu vou te livrar disso.

Eu queria matar Itachi naquele momento.
Por que eu preciso ouvir sua voz?
Por que você não desaparece?
Por que precisa ficar voltando e voltando? 
Eu queria que você sumisse. Queria nunca mais saber de você.
tirou o meu filho de mim, por que ainda insiste em ficar aqui

O choro veio graças ao ódio e a dor, e eu senti as lágrimas descerem pelo rosto que eu não conseguia ver, e a dor em um corpo que sequer parecia ser meu.

E então, sem aviso, sem anúncio, senti uma mão tocar em meu ombro, e toda a paisagem mudou.
Aquela completa escuridão se transformou em uma linda praça
Uma praça.
Eu conheço esse lugar... Eu...

*****: Mamãe.

Ao ouvir o som daquela voz, uma brisa quente bateu contra o meu corpo. Um corpo que agora eu conseguia ver. A dor, junto com as lágrimas de ódio, desaparecerem.

*****: Mamãe? 

Então, a pessoa que eu mais amei na minha vida apareceu na minha frente. O meu filho.
Com aquela feição feliz, sorridente e calma. Agora, eu acho que ele puxou mais o tio. Sasuke.

*****: Mamãe, você está chorando de novo?

Sakura: E-eu...

*****: Tudo bem. Não precisa chorar. Meu papai não me queria, mas eu sei que você me amava.

Sakura: E eu continuo te amando, meu amor, para todo o sempre.

Ele sorriu. O meu filho sorriu para mim.

*****: Mamãe, eu sei que o meu papai fez um dodói no seu coração. - O meu sorriso morreu. - mas eu estou bem.

Aquilo doeu mais do que tudo. Tudo.

*****: eu te amo, e quero que você fique bem, mamãe. A dor está vencendo, você não pode perder.

A dor... a dor está vencendo...

Em um susto, eu acordei.
De cara, senti correntes presas as minhas mãos e pés me prensarem contra um colchão.

O que...?

Uma dor forte me invadiu na cabeça e na barriga, me fazendo fechar os olhos. Quando os abri, me vi com a roupa do hospital, mas sentindo o meus machucados doerem constantemente.
Com a respiração pesada, eu fiz esforço para olhar em volta, e sinceramente, preferia não ter o feito.

Naquele quarto enorme, podre e se não fosse pelo colchão estaria vazio, vi um ser humano ruivo encostado na parede, longe de mim. Do lado da única janela que existia no cômodo, e a mesma estava tampada por inúmeras tábuas pregadas.

Meu coração acelerou junto ao medo,  e vê-lo ali me fez esquecer até do meu sonho.

Sasori: Teve bons sonhos? - Ele perguntou, vindo em passos lentos até mim.

Meu peito subia e descia descontroladamente, e eu me lembrei das últimas palavras que escutei no hospital. "Tenha bons sonhos"
Eu sabia. Sabia que tinha um dedo de Sasori nessa merda.
Senhor, por que ele não pode desaparecer? Sumir da minha vida, de uma vez por todas?

Sasori: Sabe, nesses últimos anos, eu me preparei bastante para esse momento. Cada detalhe pensado com precisão, contatos até mesmo dentro da polícia. Vê até onde eu cheguei por você, Sakura? Reconhece o meu esforço?

Sakura: Você é um sociopata doente! -Gritei, com as poucas forças que restavam em mim.- Reconhecer? Você me sequestrou, Sasori, eu te disse não 1 milhão de vezes.

Sasori: Ah, esse seu não. Esse é o problema.

Sasori andou mais, até parar do meu lado, e agachar para ficar ainda mais perto de mim. Encarar aqueles olhos vazios e sem vida era difícil, e assustador.
Em pensar que, um dia, eu fui apaixonada por eles.

Sasori: Se você nunca tivesse dito não,  nada disso estaria acontecendo meu amor. Se você tivesse entendido o meu amor por você...-

Sakura: Amor? Você chama isso de amor?! Você não não me ama, e sabe disso! Você quer me ter, como um objeto, uma boneca. Você não aceita que eu não quero mais você! Não aceita que eu superei!

Sasori abriu um sorriso sombrio, onde era possível ver o seu ódio.

Sakura: Não aceita que eu não te amo mais! Que eu nunca mais vou te amar!!

Sasori levantou em passos pesados e saiu, batendo e trancando a porta.
Respirei fundo com os olhos cheios d'água com o medo, o ódio, tudo em uma só mistura.
E, e a preocupação. Sasuke.
Sasuke... Os meus amigos... meu Deus...

Sasori on.

Quando sai e bati a porta atrás de mim, o ódio me subiu a cabeça, e eu comecei a socar a parede.
Até o sangue começar a aparecer na parede, e as forças sumirem.

Ela acha que tem direito de dizer isso? Acha que pode não me amar?
Ah. Mas eu vou mostrar para ela, vou mostrar que ela é minha. É minha, ela me pertence. Eu serei o seu dono, eu a manterei sob o meu controle.

Sakura vai ver, todos irão ver.
O plano já está quase completo, tudo finalmente irá se cumprir.

Heeeyy babys!!
Felizes por que não demorei tanto para postar? E com o ódio subindo a cabeça por causa do Sasori?
Tudo bem, eu entendo, ele é um belo desgraçado.
Enfim, o que acharam?
Já estamos entrando nos últimos capítulos gente, o final está chegando...
Aaa, não vou ter forças para dizer adeus...

E... que tal uma nova fanfic? 
Se acalmem, ainda estou pensando, mas talvez aconteça.

É isso babys,
Até a próxima ♡

Lembranças - (2° TEMPORADA)Where stories live. Discover now