Capítulo 28

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(Bom dia, boa tarde ou boa noite (não sei em que horário está sendo postado) enfim, para a alegria de vocês, eu voltei.
E tenho uma questão pra vocês resolverem:
3x²-5x³= 24+67.5
Tô brincando.
Bom, espero que gostem, boa leitura, e mesmo que vocês me odeiem eu ainda amo vocês.❤️)
...

-Não tem mais casa, é, Zulema? -foi a primeira coisa que Macarena Ferreiro me disse quando abri a porta do minúsculo apartamento que dividíamos.

Bom, dividíamos virgula, porque nos últimos um mês e duas semanas, ela esteve fora. E nesse tempo, muita coisa aconteceu.

-Eu que não tenho mais casa, Loira? -perguntei casualmente, com um sorriso arrogante que mostrava o contrário do que eu sentia naquele momento: segurança.

Estava tremendo. Nervosa. Não conseguia respirar direito. Depois de ver a expressão de Maca ao descobrir que Cachinhos estava grávida e estávamos noivas. Algo que parecia impossível, já que não nos falávamos haviam dois anos e meio.

Mas aconteceu. E ela descobriu.

E sua reação partiu meu coração.

-Eu estava trabalhando, Zulema. -ela falou, se virando para arrumar uma almofada. Mas consegui escutar ela sussurrar- E não fodendo a ex que até então me odiava. -Eu soltei uma risada contida, e me virei para a geladeira antes que ela pudesse ver o sorriso que se formou em meu rosto.

-Você não vai me contar sobre essa história de noiva grávida não? Porque estou bem interessada. -ela cruzou os braços, se sentando na mesinha de centro. Peguei na geladeira (onde segundos antes havia enfiado o rosto para esconder o sorriso debochado). duas cervejas e caminhei até o sofá, me sentando de frente para a loira.

Estiquei uma cerveja para a garota, que a aceitou e deu um grande gole.

Ela estava sentada de perna de "índio", uma mão segurava a garrafa e a outra apoiada na mesa. Usava shorts de moletom e uma regata branca, o cabelo preso em um rabo de cavalo descabelado.

-O que aconteceu com toda a maquiagem que você usava quando
chegou?-perguntei, e pude notar que ela enrijeceu os ombros.

-Tirei, ué. -fingiu casualidade.

-Porque estava tão arrumada para pegar um avião?-continuei o interrogatório.

-la encontrar minha chefe para um café para falar sobre a sede de Paris.

-Reunião em um domingo? Você acha que eu sou trouxa, Macarena?

-Precisavamos colocar as coisas em dia para a reunião que teremos amanhã.

-Ah, é? Porque não fizeram isso em uma call?

-Porque achamos que seria mais prático trocar planilhas e anotações.

-É pra isso que serve o e-mail. -zombei e ela bufou.

-Caguei. Queríamos fazer isso de forma mais informal.

-Então se era algo informal, porque foi tão arrumada? -a menina bateu a mão na mesa, irritada com minha insistência e protestou:

-Ai, qual é a do interrogatório, Zulema?! Porra, eu tava arrumada,
não tô mais, beleza?! Eu que devia estar perguntando as coisas, não acha?? Afinal, eu chego em casa depois de pouquíssimo tempo e você está noiva. De uma garota que eu achava que te odiava. Mas que conto sem pé nem cabeça, não? Gostaria de verdade de entender essa história direito.

-Bom, até onde eu sei a escolha de sumir foi sua. E não foi pouquíssimos tempo como você disse. -levantei o olhar para seus olhos e me perdi naqueles olhos claros- Foi muito tempo, tá. Muita coisa aconteceu nesse tempo. Eu, eu senti sua falta Maca.

Roommates - ZURENA (CONCLUÍDA)Where stories live. Discover now