Capítulo 10

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(Voltei de novoooo.
Espero que gostem, boa leitura, kissesss.
Obs: tem hot nesse capítulo, e tá péssimo, desculpem.)

Eu tinha percebido que Zule estava estranha. Acho que ela havia percebido o quanto tinha a encarado ultimamente. Mas é que, desde aquela noite, ela não me saía da minha cabeça.

Naquela segunda feira em especial, estava ainda mais estranha. Quieta, pensativa... e foi por isso que gelei quando, ao chegar em casa, Zule falou:

-Maca, precisamos conversar.

Eu ando lentamente até o meio da sala:

-Fala. -dou um sorrisinho, assustada.

-Lembra aquilo que você disse aquela noite?

Eu cruzei os braços, fingindo não saber do que se tratava:

-Bem específico, Zule.

-Aquilo sobre nós duas transarmos.

-Eu não falei nada. Foi você que entendeu isso. Não coloque palavras na minha boca...

-Macarena. -ela corta- Para. Você e eu sabemos o significado daquela conversa, não importa quem iniciou o tópico. O que importa é: eu tenho pensado muito nela.

"Eu também", omito.

-E... - ela olha fundo nos meus olhos - acho que seria legal.

-Hum? -eu quase engasgo. Ela está
falando sério?

-Vai, pensa só: você é gata, eu também não sou de se jogar fora... ia ser legal. - Eu começo a ficar nervosa, e organizo as almofadas do sofá:

-Ah, sei lá é que... -as almofadas acabaram. O que faço agora?!- e aquela história de namorar sério?

-Você meio que acabou minhas chances com a única garota que eu gostei... -ela solta um ar ressentido, e eu bufo:

-Eu já pedi desculpa! -briguei- Mas não vai rolar, Zule!

-Maca, você que deu a ideia, nem uma semana atrás, lembra disso? -se exaltou. Eu olho ao redor procurando algo para arrumar, e vejo meus sapatos recém tirados.

Eu cato meus sapatos no chão, os jogando para dentro do quarto:

-Eu sei, mas é por que estava na seca, Zulema! Estava desesperada.

-Você ainda está na seca, caso não se lembre, Macarena. -ela põe as mãos na cintura, arqueando a testa com orgulho do argumento. Eu bufo. É verdade, eu ainda estou na seca.

Paro no meio da sala, contrariada. Ela dá um curto passo para mais perto.

-Loira, pensa comigo. Vamos lá: você quer só um caso. Mas não quer um estranho, por que acha isso nojento, e tal, e não sabe a história dessa pessoa e você não come comida que não sabe a origem. Eu entendo. Mas, segue meu raciocínio, eu não sou uma estranha. -ela aponta.

-Não, não é.- eu abro um sorriso debochado- Mas, transa com a cidade inteira. Deve ter milhões de doenças sexualmente transmissiveis. Tem aids? Talvez herpes genitais?

Ela solta uma gargalhada alta, se divertindo com a briga. Dá um passo para mais perto:

-Eu sou saudável, juro. -ela estende os braços em rendição- Faço todos os exames com frequência. -me encarou sério por um momento, para mostrar que não era piada. Então adotou um tom metido- Mas foi um bom ponto você citar minha vida sexual ativa. Como sabe, durmo com várias meninas. E todas as meninas dizem a mesma coisa. -fez uma pausa, antes de me puxar para perto, pela cintura- Eu transo bem pra porra. -sua voz é um sussurro rouco, enquanto me puxa ainda mais.

Roommates - ZURENA (CONCLUÍDA)Where stories live. Discover now