Capítulo 8

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(mais um capítulo, desculpem quaisquer erro, amo vocês.
Boa leitura❤️)

Estava em um péssimo mal humor. Um mês depois de ter terminado com Fábio, e adivinha quem ainda não tinha arranjado um/a ficante? Euzinha!

Eu estou completamente tarada. Tudo me deixa excitada, e acho que isso não é normal. Vi uma menina muito gata na rua e quase sentei no chão e abri as pernas para ela.

E não sou dessas que se masturba, então isso está fora de cogitação. Eu só preciso de uma transa boa, uma noite. Mas tenho medo de pegar uma doença ou sei lá.

E são com esses pensamentos que eu entro em casa naquela quinta feira a noite. Sai espalhando minhas coisas pelo apartamento, tirando tudo que havia me incomodado o dia inteiro. Tomei um banho longo e quente, com direito a sais de banho e tudo, mas só ajudou um pouquinho no meu péssimo humor.

Nem me preocupei em catar minhas coisas, estava mal comida demais para pensar nisso. Quando Zule chegou, logo veio com suas piadas, mas não estava no clima:

-Como vai minha Malévola preferida? -ela fez dois chifres com os dedos. Eu revirei os olhos.

-Já faz um mês ok? Não tem mais graça, querida.

-Pra mim tem, muita graça. -ela dá um sorriso debochado.

-Ou para de falar de mim ou me deixa em paz, valeu? Quem sabe tentar chupar a própria buceta? -lhe lancei um olhar maldoso, mas ela pareceu achar um pouco engraçado. Mas foi uma pontada de vergonha que vi em seus olhos?

-Tá bom, não precisa me dar coice! -ela pareceu arrependida- Também não falo mais. Estava louca pra chegar em casa e ver minha melhor amiga, mas sei lá né?

-Desculpa, é que...- eu suspiro, passando a mão pelo cabelo- estou tendo um dia dificil.

-O que foi? -ela tira o casaco e me olha preocupada.

-Você não vai querer saber. -eu dei de ombros, dando uma volta na poltrona.

-Então por que perguntei? -ela arqueia as sobrancelhas para mim e cruza os braços.

Hesito por um momento. Deveria mesmo? Zule me encara, e sei que não vai desistir. Bufo:

-Tudo bem. Mas é muito constrangedor.

-Vai logo! -ela insiste, se acomodando com a bunda encostada na bancada.

-Certo... Você sabe que eu e Fábio terminamos tem um tempo...

-Um mês desde que você aceitou o chifre. -ela assente.

-Obrigada. -debocho- E desde antes de terminarmos, não estávamos nos dando bem... sexualmente.

-Você está na seca. -ela assente.

-Cara, você não está ajudando. -ela faz sinal de rendição e eu continuo- E por falta disso, eu tenho me sentido... Como posso dizer?Eroticamente carregada.

-Isso é um eufemismo para "com tesão"? -ela provoca, se recostando de frente no balcão da cozinha.

Eu assinto lentamente, constrangida. Me aproximo do outro lado do balcão de frente para ela, contando:

-É, então, sabe, eu tenho todos esses
sentimentos e não sei o que fazer com eles! -começo a andar de uma ponta a outra da bancada- Porque não posso namorar como uma pessoa normal, não agora, por que estou psicologicamente ferrada graças ao meu ex namorado. E tudo bem, por que não preciso de um relacionamento. Só o que eu quero é uma ótima noite. Só sexo. Sabe? Sem pressão, sem namoro. Com alguém com quem me sinta confortável e
saiba o que está fazendo! -então paro lentamente de frente para ela- Só por uma noite... É assim tão dificil? -choramingo, me dobrando contra a
bancada, cada vez mais próxima de Zule. E então que me toco. Por que não ela?

Ela é minha amiga, a conheço, me sinto confortável com ela, e ela é tão, tão gata. Gostosa mesmo. E, na distância em que estávamos, conseguia sentir sua respiração. Mais poucos milimetros e eu a beijava.

Seria tão ruim ou errado uma noite com ela?

Acho que Zule leu minha mente, por que se afastou abruptamente. Eu também pulo para longe, afastando os pensamentos impróprios da minha cabeça.

-Então, como, como foi seu dia? -eu ando pela sala.

-Bom, hum, eu... vi um pássaro enorme na rua hoje. -ela conta, nervosa. Eu prendo meu cabelo em um rabo de cavalo.

O clima estava péssimo. Precisava sair dali:

-Bom eu, eu tenho que acordar cedo
amanhã e... -olho o relógio- Já são sete horas... -sete? Que merda!- é melhor eu ir para a cama. -começo a andar
nervosamente até o quarto.

-Eu também tenho que ir para o meu quarto. -ela qndou até a porta- Boa noite.

-Boa noite. -me fecho. Mas então penso novamente nela, e em como estávamos próximos. Senti um calor percorrer meu corpo.

Não! Ela é minha melhor amiga, porra! Não vai rolar. Preciso fazer as coisas direito.

A porta dela se abriu no mesmo momento em que abri a minha:

-Não posso fazer isso! -ela brigou.

-Eu não pedi! -saio marchando no quarto. Nós duas falávamos alto.

-Você é a Maca! -ela fala como se fosse
uma doença.

-Você é a Zule! -adoto o mesmo tom.

-Você é minha melhor amiga!

-E você a minha!

-Ei!

-Ei!

Ficamos em um silêncio constrangedor por um momento, nos encarando. Ela geme de frustração e agita os braços:

-E mais, ia ser errado, ruim e estranho! -ela quase grita.

-Muito ruim. -assinto exageradamente - E nem sei do que você está falando. Não te perguntei nada!

-Eu sei!

Mais um momento de silêncio constrangedor. Ela desvia o olhar de mim e olha ao redor, as mãos na
cintura. Então me olhou de cima a baixo rapidamente. Eu continuava encarando seu rosto, mas desviei o olhar para seu suéter cinza, que destacava seu peito. Ela subiu o olhar:

-Quer transar?

-Não! -eu brigo.

-Nem eu! Eu estava só te testando! -ela assente para mim acusadoramente.

-Chega dessa conversa. -eu termino, brigando.

-Essa conversa nunca aconteceu. -ela assente seguindo para o próprio quarto.

-Nunca aconteceu. -eu concordo, indo até meu.

-Boa noite! -ela bate a porta.

-Boa noite! -bato a minha.

Me encosto na porta e suspiro. Ela propôs. Será que ela quer? Eu quero? Sim, eu quero. Eu quero.

Comecei a abrir a porta lentamente, quando escutei:

-Volte para o quarto! -ela gritou, e eu voltei para dentro e bati a porta.

...

Roommates - ZURENA (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora