Capítulo 9

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(Mais um capítulo pra vocês. Espero que gostem. Boa leitura.❤️
Obs: desculpem quaisquer erro. Como estão cansados de saber, é uma adaptação, então terá alguns pronomes ou nomes que eu irei esquecer de trocar, prometo prestar mais atenção aos detalhes.
Kissessss!)

Pov: Zulema

Depois da proposta de Maca, minha cabeça ficou doida.

Tudo que Maca fazia antes e eu achava normal agora me deixa excitada. E eu digo tudo. Por exemplo, ela estava lavando a louça e tudo o que eu queria era colocar ela de contas para mim contra o balcão, prender os dedos no cabelo loiro dela e mandar ver. Muito doentio? Eu também acho.

Eu não falei nada para ela, mas isso está me corroendo por dentro. Tipo, ontem estávamos assistindo televisão e ela se esticou sobre mim pra pegar uma almofada. Coisa normal, certo? Mas a mini Zulema não entendeu o recado.

Agora, eu a encaro feito uma pervertida, o tempo todo. Ela abaixa para pegar alguma coisa: grudo os olhos na bunda dela. Ela se curva para dar risada: perco a concentração no seu decote.

Um dia desses, ela chutou a quina da bancada e soltou um gemido, e eu quase gemi de volta! Eu devo ter algum problema realmente fodido.

E o pior é que perdi o tesão em outras mulheres! Tipo, sábado a noite, numa festa, chegou uma ruiva gata demais, e eu a rejeitei. Isso quer dizer que eu tenho um problema sério aqui!

A única parte boa é que eu também a vejo me encarando de vez em quando agora. Apesar de ambas terem dito que isso seria errado, sei que ela também está imaginando como seria. Na minha imaginação, é bom pra cacete.

Por exemplo, neste exato momento, Maca está devorando um temaki na minha frente, enquanto eu brinco com os palitos japoneses. Como é que se chamam mesmo? Não importa.

O único problema na situação é que, enquanto ela come, eu estou encarando seus peitos feito uma tarada! E apesar de mandar meus olhos subirem para o rosto dela, eles não obedecem.

- Zule? -ela chama com uma risada, e eu saio do transe.

-Hum?-pergunto, inocente.

-Você está encarando meu peito. -ela dá um sorriso maroto e arqueia uma sobrancelha. Merda!

-Não estava não, desculpa... é que eu estava pensando. -minto. Ela assente.

-Relaxa. Tá tudo bem? Você parece meio distante nos últimos tempos.

Eu engulo em seco.

"Estou estranha por que não consigo controlar minha vontade de transar com você", penso.

-Trabalho. -faço uma careta- Sabe como é.

-Sei. -ela revira os olhos com a boca semi aberta, tentando demonstrar desgosto, mas que só deixou a mini
Zulema bem animada.

"Ela é sua melhor amiga. Aquieta esse fogo." repreendo.

-E aí, o que vamos fazer mais tarde? -ela pergunta, colocando mais shoyu no potinho, e afundando o sushi.

-Greys Anatomy? -eu balanço as sobrancelhas. Em uma maratona alguns dias atrás eu e ela acabamos "TWD", e começamos "GA", e parece ser bem legal.

-Topo! -ela sorriu largo, e eu sorri também.

"Viu cérebro? Ela é sua amiga. A-M-I-G-A." Brigo.

Só que assim que ela lambe os lábios,
meu corpo se enrijece.

"O cérebro entendeu, quem não entendeu ainda foi minha parte de baixo." eu zoo a mim mesmo.

-Podemos passar em alguma loja de conveniência no caminho para casa e comprar muitos doces e muita bebida, o que acha? -eu pergunto. Ela dá um sorriso.

-Já providenciei nosso estoque de açúcar e álcool mais cedo. Saindo daqui vamos direto para o Mic. -ela piscou para mim. Eu assenti com um sorriso, dando um enorme gole da minha coca cola.

-Partiu noitada então. -rimos.Q

Na volta para casa, ela veio com o braço dado no meu, rindo alto junto a mim. Estávamos falando mal de todos do trabalho dela, e zoando a todos na minha empresa também.

Houve um momento em que demos as mãos. Sempre fizemos isso, mas agora parecia diferente. Não para ela, que estava agindo normalmente, mas eu não conseguia para de focar no contato da pele dela na minha.

Quando ela me chamou para dividir alguma piada ou ideia maluca, afastei aqueles pensamentos, e segui como se eles nunca tivessem passado pela minha cabeça.

Chegamos no prédio e começamos a subir as escadas, conversando e rindo, separadas por alguns centímetros. Era só mais uma conversa com minha melhor amiga.

Só que a cada sorriso que ela dava, eu imaginava como seria beijar seus lábios. O gosto deles. Como ela reagiria se os beijasse.

Não dá mais para aguentar. Eu preciso pelo menos tentar, sabe? O não eu já tenho. Mas se ela também quiser, aí...

Eu não sabia o que fazer. Fechei a porta e fiquei parada em frente a ela, enquanto Maca tirava os sapatos e os jogava em um canto. Se a conhecia bem, na hora em que começasse a falar (se eu falasse) ela iria começar a organizar suas coisas, iniciando por pegar os sapatos no chão. Dei um risinho.

Ela andou até o banheiro e soltou o cabelo, e o escovou. A assistia se desarrumar, e quando saiu do banheiro e fechou a porta, eu limpei a garganta, e ela se virou para mim:

- Maca, -eu engulo em seco antes de seguir- precisamos conversar.

Roommates - ZURENA (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora