Altivez | Michael Jackson

Capítulo 145

Anely James Jackson
Recanto Pritchett
13 de janeiro de 2010 | 15:53

 Sonho com esse dia desde os meus 11 anos. Ele supostamente morreu alguns meses antes de eu fazer 10 anos e eu só percebi que ele realmente não iria mais voltar um ano depois. Meu pai nunca ficava mais de um ano fora. Sempre voltava meses depois e sempre foi assim. E quando ele não voltava, sempre ligava ele sempre ligava

 Eu nunca soube direito o que ele fazia e nunca tive curiosidade. Eu apenas descobri que o meu pai era médico quando fucei nas coisas dele que ficava no quarto da minha mãe e encontrei o diploma dele, formado em Harvard. Então, sem dúvida deve ter sido lá que ele conheceu a Petra

 Realmente comecei a ficar muito preocupada com ele porque, não havia corpo, mas, a minha mãe havia dito que ele havia morrido. Anos depois eu acabei aceitando que de fato ele havia morrido. Foi doloroso e algo dentro de mim, continuou o esperando secretamente

 Nesse momento eu estou me sentindo uma criança de 10 anos novamente. A criança que viu joana Barkoff chorar como nunca. Ela já não tinha a cabeça no lugar, quando meu pai morreu, ela ficou bem pior. Tudo piorou, na verdade, não só para ela como para mim. Virou um inferno conviver com ela porque, ela ficou bem mais violenta e insuportável. Ela nunca foi de levar outros homens para casa, só Dimitri. Antes de levar Dimitri em casa ela me disse que

 Agora a garotinha de 10 anos dentro de mim, está pulando e gritando como nunca. A garotinha dentro de mim, está tão feliz. O meu pai voltou, meu papai está de volta e por mais que eu já me sinta segura com Michael, agora, sinto que nada nem ninguém pode me atingir. Meu pai vai me proteger

– Criou filhos muito educados – ele murmura – Eu adorei o Leonel ele é tão doce e sensível. Você precisava ver a festa que ele fez quando me viu. Nossa agora eu tenho dois avôs! – ele diz entre risos – Amy é uma doçura também, ela me chama de bôbô! – ele beija o topo da minha cabeça

– Você decidiu ir embora. Nunca pensou em voltar e me ver novamente? Não sei, depois de eu completar meus 16! – murmuro, ele suspira e se senta na cama. Também me sento e o encaro. Ele me contou tudo, tudo mesmo

– Creio que você já saiba, mas, sua mãe é filha do chefe da máfia russa Anelyzinha. Parece muito com aquelas series que o seu marido produz, mas, é a realidade, é a sua realidade. Chegar perto da sua casa não era fácil, eu tentei tanto – leva a mão até meu queixo e seus olhos se enchem – É nítido que você puxou a minha beleza olha que gata! – ele diz convencido me tirando uma gargalhada

– Nós realmente somos mais parecidos do que eu pensava – digo entre risos – Você já deve saber tudo sobre mim e Michael, não é? Voaram por horas juntos até aqui – digo enquanto me sento em pose de yoga. Estou usando um vestido confortável e muito comportado, mas só porque está um pouco frio

– Sim, ele me contou que foi amor à primeira vista. Quando ele olhou para você já sabia que você daria trabalho – ele diz entre risos – Eu não queria ter entendido a parte de dar trabalho – ele diz enquanto faz uma careta engraçada

– Acredito que ele não deve ter te contado tudo – sussurro para ele que faz uma careta – Eu após procurar bastante por emprego, decidi me cadastrar em um site de sugar baby e daddy. Lá conheci Michael e a Petra. Não que a Petra estivesse lá para ser sugar mommy, ela estava lá para investigar e eu creio, que ela estava me investigando por ser filha da Joana porque, ela e Michael não se falam direito desde o divórcio! Então, não havia chance de ela saber de mim ou que ele estava interessado no meu perfil! – ele faz uma careta e me encara mais sério

– Deixa eu entender. Você era sugar baby dele e agora é esposa? Você é burra? – ele pergunta em um tom indignado – Ser sugar baby é muito melhor! Você tem sua liberdade e fica com quem quiser! Mas, ainda bem que se casaram porque só assim para eu ganhar meus netinhos – nesse momento um orgulho me atinge, eu sabia que ele era incrível, mas, nesse nível?

– Você é algum tipo de Daniel? – pergunto para ele que ri – Na verdade, a melhor coisa que eu fiz foi ter sido precipitada e ter aceitado me casar com ele! Ah! Só tivemos nosso primeiro filho depois de dois anos casados! E eu nem queria, eu estava apavorada! Mas, quando Leonel nasceu, senti meu coração se encher de um amor que eu jamais pensei que um dia sentiria! Nada mais importava, só meu filho e aí de quem encostasse nele! Por ele eu dou a minha vida! – ele cruza os braços e me olha orgulhoso

– Eu sempre acreditei mesmo que você seria uma mãe daquelas bem bravas, que ninguém poderia encostar em seus filhos que você quebraria a pessoa! – ele diz com um orgulho notável em sua voz

– Falando em quebrar – digo em um tom cômico – Uma vez precisei de baba e ela não era de confiança, mas, eu pensei ser. Eu juro que não deixei meus filhos completamente nas mãos dela! Eu a ajudei como se eu nem estivesse a pagando sabe? Eu realmente estive ali o tempo todo a auxiliando, etc. E então, em uma tarde decidi deixá-la com as crianças e fui tomar um ar sem choro, sem gritos histéricos porque a Amy pegou o boneco do homem aranha! Depois de um tempo de silêncio escutei um grito e corri para casa! Quando eu cheguei o Léo estava no chão chorando muito. Depois descobri que a baba tinha quebrado o braço dele. Enquanto ele e o pai ainda estavam no hospital eu cuidei da baba! Eu quebrei o braço dela a martelada porque eu não tenho toda essa força para quebrar um braço de uma adulta! Mas, se eu tivesse tentado quebrar com minhas próprias mãos talvez eu houvesse conseguido porque eu estava com tanta raiva! – ele me escuta atentamente, sem esboçar nenhuma cara feia ou sequer julgamentos.