Capítulo 75

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Lily Pritchett Jackson
Mansão James Jackson
13 de agosto de 2007
15:19

– Papai! - aceno freneticamente para ele com um enorme sorriso no rosto. Ele esta sentado em uma das cadeiras do jardim com Léo. Ele me presenteia com um sorriso lindo e se levanta. Ando até ele pelo gramado. Ele esta protegido pela sombra de uma enorme árvore

 Abraço meu pai com carinho. Ele tem o melhor abraço do mundo. Não importa quanto tempo passe, os braços dele sempre vão ser o meu porto seguro. Meu pai é tudo para mim. Ele é o melhor pai do mundo inteiro

– Quero falar com Anely, pensei melhor sobre o casamento e ela pode sem dúvida me ajudar! O senhor estava certo, merece dar uma festa de casamento para a sua filha. Dylan é com quem quero me casar, ele é o escolhido! - ele faz um biquinho e logo após sorri novamente. Ele ama quando admitimos que ele esta certo

– Ela foi ver Joana no hospital mais cedo, mas, ela já está em casa. Esta indisposta coitadinha. Ela me disse que era apenas enjoos e como ela quase não teve enjoos nas primeiras semanas de gravidez pensei que talvez agora ela os tivesse, enfim, você vai a encontrar em nosso quarto - ele diz enquanto se senta novamente e volta a brincar com Léo. Dou um beijinho na testa dele e um beijo no rosto de Léo

 Com um pé diante do outro ando devagar até a casa. Não posso dar nenhuma dica de que não estou bem. Meu pai consegue de alguma forma descobrir que estou mal. Ele é um perigo. É muito sensível e pessoas sensíveis costumam sentir tudo. Subo as escadarias. Entro

 Agora que já estou aqui finalmente posso correr. Corro até as escadas e subo o mais rápido que consigo. Eu espero que ela esteja bem. Eu demorei muito para dar os primeiros passos para resolver isso

 Eu estava cuidando para que o corpo de tia Patrice fosse devolvido. Tivemos que escolher um caixão novo. Meu pessoal esta agora mesmo o colocando no devido lugar. Se tio Daniel pelo menos saber que isso aconteceu, sem dúvida ele pessoalmente mata Joana

 Pelo corredor corro. Chego até a última porta do corredor. O quarto do meu pai sempre é na última porta do corredor. Era a melhor coisa do mundo para ele quando eu era criança e o chamava no início do corredor

 Eu começava a chamar ele do início do corredor e corria até a porta do quarto dele. Passava o percurso todo gritando "papai" e ele sempre amou ser chamado de pai. Ele nasceu para esse papel. Ninguém nesse mundo merece mais um monte de filhos que ele

 Bato duas vezes e abro sem esperar resposta. Anely esta deitada na cama que fica frente a porta. Ela está olhando para o teto e com às duas mãos sobre a barriga. Fecho a porta devagar. Em passos lentos me aproximo da lateral da cama. Seu rosto esta vermelho e ela esta soluçando muito

– Anely, preciso que me conte tudo! Tudo! - digo enquanto me sento na cama de costas para a porta. Com as pernas esticadas ela se senta na cama e encara seus próprios pés

– Me cercaram, tentaram tirar a minha roupa... Eu os arranhei e corri o mais rápido que eu consegui - ela chora escandalosamente. Subo na cama e me sento ao seu lado. A abraço. Tento a acalmar. Ela precisa ficar calma para me contar tudo do início, com detalhes

– Anely, conseguiram fazer algo com você? Onde tudo isso aconteceu minha linda? Me conte com riqueza de detalhes - digo calmamente. Ela suspira e se prepara para falar

– Foi na frente do hospital de Santa Barbara! Eram Russos, eles falavam comigo em Russo. Eram subordinados da minha mãe. Joana, ela é meio que uma chefe da máfia Russa. É algo estupido passado de geração em geração. Por isso ela sempre me tratou feito, merda, quando eu era criança, esse é o jeito de ela me preparar para assumir o lugar dela

 Ah que maravilha. Era muito mais fácil quando ela não envolvia o pessoal dela. Droga. Droga. Droga. Como eu vou resolver isso? Eu não consigo sozinha. Mas, o que Joana realmente quer? Se fosse a intenção dela matar Anely, ela já teria o feito

– Eu reconheci a voz de um deles, foi ele quem falou comigo no telefone. Ele se passou por médico, me disse que se eu não fosse eles iriam desligar os aparelhos dentro de não sei quantas horas e a enterrar como uma ninguém... Eu, eu quis ser como ela, mas eu não consigo. Esses hormônios estão me mudando de um jeito... - ela volta a chorar

– Esta tudo bem meu amor, não se culpe. Os hormônios e viver com meu pai falando sobre salvar o mundo deixa qualquer um com coração mole, ele tem esse poder - digo entre risos para ela – Mas, agora me conta. O que eles conseguiram fazer com você? - acaricio seu couro cabeludo para tentar a acalmar

– Nada, eu lutei com unhas e dentes! O cara que se identificou como médico no telefone, ele que me jogou no chão. Mas eu lutei. Lutei! Não deixei que me tocassem! - ela diz entre dentes. Espera, ele a jogou no chão?

– Anely, você esta sentindo alguma dor? O bebê desde que você chegou, pelo menos se mexeu? - pergunto a ela que arregala os olhos para mim e acena negativamente com a cabeça. Abro um sorriso para ela

– O que... - ela respira fundo – Não, nenhuma dor e ele ou ela também não mexeu ainda. Ele se mexe toda vez que escuta o pai cantar ou até quando ele esta apenas falando e falando - ela me encara esperando algo positivo

– Não deve ser nada de mais. Eu li um artigo onde fala que os bebês dormem, alguns dormem muito! - digo enquanto acaricio seus cabelos. Dou um beijo em sua testa e saio da cama – Anely, quero que você tome mais um banho. Passe uma loção corporal bem gostosa. Peça para o meu pai massagear os seus pés. Esta tudo muito bem! Não se preocupe com nada - ela da um sorriso aliviado, como se ela já soubesse o que vou fazer. Bem, ela viu minha mãe em ação. Sem dúvida deve imaginar do que sou capaz.

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