Capítulo 72 :

1.8K 79 61
                                    


Beatriz: Então você precisa procurá-la e tentar resolver a situação de uma vez.

Arthur: Eu vou....

E eu tentei. A procurei novamente no seu apartamento, fui no projac, eu fui na globo atrás dela, fui ao bar que frequentava com os amigos e até na academia. Só não tive coragem de ir à casa do Ronan.

O fato é que não a encontrei em lugar algum. Já sem ter onde procurar e começando a me preocupar que ela tivesse ido embora para do Rio de Janeiro com o tal primo, liguei para o Ronan.

Ele me informou, depois de eu quase implorar, que a Carla havia tirado umas férias e viajado. O babaca não me disse para onde.

Arthur: Pelo amor de Deus, Ronan! Me diz que não foi com o primo dela — supliquei, pouco me importando sobre o quanto aquilo soava patético. Foi então que a jararaca da mulher dele pegou o telefone e disse com todas as letras que a minha pitica havia viajado com o babaca sim.

Pocah: Esquece a minha amiga, seu galinha! Você já a fez sofrer demais! — Ainda me ofendeu, antes de desligar o telefone na minha cara.

O cretino do Ronan tinha deixado a esposa ouvir nossa conversa, e presenciando meu desespero.

Ele era o pior amigo que um homem poderia ter.

Senti a esperança de que a Carla pudesse assumir que me amava se esvair do meu corpo. Se ela tinha mesmo viajado com outro cara, nada mais eu poderia fazer.

A batalha estava perdida antes mesmo que eu tivesse a chance de começar a lutá-la.

É, Arthur Picoli de Conduru, você cagou tão bem cagado no pau, que nem em mil anos a merda toda será limpa, meu subconsciente traíra ria da minha cara.

Nunca senti uma dor como aquela. Nem quando peguei a Larissa na cama com outro doeu tanto quanto a dor de perder a Carla, pois, atrelada a dor, estava a certeza de que a culpa era toda minha.

Depois de chorar de novo e de novo — já estava virando hábito —, me senti traído e a ficha realmente caiu. Carla nunca me amou, ou ela nunca teria ido viajar com o primo.

O último pensamento que tive antes de desabar derrotado na cama foi que a melhor coisa a se fazer era tentar seguir em frente.

Carla Diaz

Um mês havia se passado desde o dia em que o Arthur aparecera bêbado na minha porta.

Mais uma vez, ele tinha conseguido me irritar e, de certa forma, me humilhar, quando disse que eu já havia colocado outro na minha cama.

O que aquele cafajeste crossfiteiro tinha com isso? Não fora ele que tinha me dispensado? Quem eu levava para a minha cama depois disso era problema meu.

Nem isso consegui fazer, para ser sincera. Mal sabia ele que tinha acabado com toda a minha coragem de ir para a cama com meu primo gato.

Depois da confusão toda que o maluco causou, só me restou seguir o conselho da Pocah. Tirei umas merecidas férias e fiquei longe dele.

Aproveitei para descansar e pensar mais em mim, nos projetos que tinha para a minha vida e que acabaram ficando de lado depois da minha obsessão pelo Arthur.

Precisava focar em alguma coisa, filmes, novelas futuras. Que não fosse certo cara de barba loira.

Poquita ofereceu a casa dela em Angra e, como amava aquele lugar, nem hesitei em aceitar, já que o Bil iria embora na semana seguinte mesmo, e eu não teria mais sua companhia.

Assim que o primo voltou para o Espirito Santo, parti para a casa de praia dos meus amigos.

Foi muito bom poder acordar sem me preocupar com nada, poder tomar sol numa praia particular, caminhar na areia e comer porcarias o dia todo, sem ninguém para me importunar.

Acordava e dormia na hora que eu queria. Até peguei um bronze bacana e turistei muito.  Amava o carinho dos meus fãs, sempre aparecia um pedindo para tirar fotos discretamente, eles sempre respeitavam o meu espaço.

Passei dois dias em Parati, só comprando bugigangas e fazendo passeios de escuna pelas praias maravilhosas da região.

Estava tudo indo às mil maravilhas. Tudo bem, nem tão mil maravilhas assim, já que o coitadinho do meu coração começou a sentir a falta do Arthur Picoli de Conduru, ao invés de continuar o odiando.

Só que, na última noite naquele lugar paradisíaco, descobri algo que mudaria para sempre a minha vida.

Aproveitei que a noite estava agradável e saí para jantar em um restaurante perto da casa.

Comentários.

O Crossfiteiro Irresistível.Where stories live. Discover now